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Face as ameaças dos trabalhadores da Kenmar, maior projecto de exploração
mineira em Nampula de paralisar o decurso normal das actividades para dar lugar
a um greve geral por tempo indeterminado em reivindicação a uma série de
violações da lei do trabalho, a direcção da empresa desdobra-se para alcançar
um consenso.
Face as ameaças dos trabalhadores da Kenmar, maior projecto de exploração
mineira em Nampula de paralisar o decurso normal das actividades para dar lugar
a um greve geral por tempo indeterminado em reivindicação a uma série de
violações da lei do trabalho, a direcção da empresa desdobra-se para alcançar
um consenso.
Gareth Clifton, director da Kenmar, em Moçambique, falando em exclusivo à VOA
diz que a empresa tomou conhecimento da referida pretensão dos trabalhadores,
mas afirma haver ainda tempo suficiente para se alcançar consenso.
“Nós achamos que não estão esgotados todos os meios para esse incidente dos
trabalhadores. Vamos trabalhar com eles para alcançarmos um consenso comum que
satisfaça todas as partes”, disse o director da Kenmar.
Uma das exigências dos trabalhadores daquela mineradora é o aumento salarial em 40 porcento, sob alegação de que a empresa produz o bastante para tal. Entretanto, Gareth Clifton diz que a percentagem exigida não é justa, mas citamos, “achamos que é necessário dar mais”.
Recorde-se que na última conversação entre a direcção e o comité sindical dos
trabalhadores, a Kenmar manteve a posição de aumento salarial na ordem dos 0,5
por cento.
Paulo Oliveira, secretário do Comité Sindical dos
Trabalhadores da Kenmar confirma ter recebido um comunicado oficial da direcção
manifestando o interesse de retomar as negociações. Contudo, o sindicalista
reitera a posição dos trabalhadores de paralisar os trabalhos na próxima
segunda-feira, caso as novas negociações não produzam resultados almejados.
“ Se a empresa nos der alguma resposta satisfatória, algo que satisfaça os trabalhadores,
nós iremos levantar a greve. Caso não, a greve continua marcada e na
segunda-feira, paralisamos as actividades”, disse Paulo Oliveira falando à VOA.
Para além do aumento salarial em 40 porcento, os trabalhadores da Kenmar
exigem entre outros, um plano de ubstituição da mão de obra estrangeira
com vista a valorização do trabalhador nacional através da formação no local de
trabalho, um compromisso de desenvolvimento da sua força de trabalho
local, a introdução do 13º salário e o aumento da assistência medica
medicamentosa que actualmente é paga no valor de mil meticais, (cerca de 35
dólares americanos).
Fonte: Voz da América – 26.07.2012
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