terça-feira, janeiro 31, 2017

INVESTIGAÇÃO SOBRE “CASO EMBRAER” 'ESTÁ NUMA FASE AVANÇADA

O Gabinete Central do Combate à Corrupção (GCCC) revelou hoje que já solicitou, do Brasil, documentos que relatam a investigação sobre pagamentos ilegais feitos pela Embraer a dirigentes das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), sublinhando que a investigação 'está numa fase avançada'.
É preciso mencionar que estão aqui, em causa, factos que ocorreram em quatro Estados. Neste momento estamos numa fase bastante avançada e de forma positiva os países tem respondido as nossas solicitações, disse o Porta-voz do GCCC, Eduardo Sumana.
Falando hoje, em Maputo, durante uma conferência de imprensa para anunciar as actividades do GCCC referentes a 2016, Sumana disse que, actualmente, decorrem investigações a todos os funcionários da LAM entre 2008 e 2009.
Estão a ser investigados todos funcionários desta época, bem como terceiros que têm vínculo com a mesma e que, entre 2008 e 2009, procederam a aquisição de aeronaves da empresa Brasileira Embraer, havendo suspeitas de os mesmos terem recebido suborno de 800 mil dólares, como forma de viabilizar o negócio com aquela empresa, disse a fonte.
Segundo o Porta-voz, no mesmo processo, há indício de gestão danosa de fundos provenientes da venda de aeronaves efectuados pela LAM, assim como de pagamentos efectuados pela mesma empresa no âmbito do aumento da sua frota.
Este escândalo foi despoletado pelo departamento de Justiça dos EUA, ao divulgar um caso envolvendo a Embraer, a fabricante brasileira de aviões, que tera pago subornos na ordem de 800 mil dólares ao antigo PCA das Linhas Aéreas de Moçambique, José Viegas, e a Mateus Zimba, o antigo Director da Petrolífera Sasol em Moçambique, que actuou como consultor no negócio de venda de duas aeronaves (Embraer) à LAM.
Segundo o departamento de Justiça dos Estados Unidos da América, eles teriam pedido 1 milhão de dólares, mas só receberam 800 mil dólares de comissão da empresa Embraer para adjudicarem a compra de duas aeronaves.


Fonte: AIM – 31.01.2017

Governo de Moçambique condena apoio internacional à descentralização

MDM diz que instituições internacionais ajudam diretamente os municípios, colmatando fraquezas resultantes da centralização, em nome da transparência. Governo fala numa violação dos princípios diplomáticos.
Os municípios geridos pelo MDM têm tido os melhores desempenhos do país, com destaque para as boas práticas ambientais e a gestão de infra-estruturas. Este ano, a cidade da Beira recebeu o Prémio de ‪Prata pelo reforço e desenvolvimento de Infra-estruturas da Professional Management Review-Africa, uma revista publicada na África Austral. ‪
Os casos de sucesso devem-se também à ajuda de instituições internacionais que dão apoio direto aos cofres dos municípios. Por exemplo, o banco do Governo alemão para o Desenvolvimento, KFW, deu recentemente 11 milhões de euros para a execução das atividades do município da Beira.
Se o Governo central pretender boicotar a oposição, dificultando a atribuição de fundos aos seus municípios, os organismos internacionais podem tirá-los do “sufoco”. Daviz Simango frisa, no entanto, que não se trata “de salvar ou não a oposição”. O problema, segundo o edil da Beira, é a garantia de transparência por parte das instituições.
“Ao fazerem o investimento direto, essas instituições estão a assegurar a transparência. Neste país, temos problemas sérios de corrupção e de dívidas não autorizadas”, sublinha Simango. Ler mais (Deutsche Welle, 06.09.2016)

Preocupações sobre novo chefe da secreta de Moçambique

A nomeação de Lagos Lidimo para chefe dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) deixou políticos e analistas perplexos e inquietados. É que ele arrasta consigo um passado militar conotado com a violência.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou a nomeação de Lagos Lidimo para o cargo de diretor-geral do SISE na segunda-feira (30.01).
O novo homem forte da secreta moçambicana substitui Gregório Leão José, cujo nome ficou associado às chamadas "dívidas ocultas" da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), de que a SISE é acionista. Mas Lidimo também entra para a secreta com uma fama que não abona a seu favor, que remonta aos tempos em que foi comandante da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
"Ele foi sobretudo um operacional da guerra de guerrilha, da guerra pós-independência contra a Resistência Nacional Moçambicana", a RENAMO, recorda o jornalista e analista moçambicano Fernando Lima. O novo diretor-geral do SISE "dirigiu a contra-inteligência militar, um serviço que tinha mão dura e pesada em relação aos seus opositores do ponto de vista operacional."
Não é só o jornalista que tem más recordações associadas a Lagos Lidimo, que também foi Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
"A nomeação surpreendeu-nos de forma negativa, tomando em conta que o general Lagos Lidimo está ligado a todo o processo de violação dos direitos humanos a que se assistiu em Moçambique a seguir à independência; está ligado a todo o processo de violência que se viveu no país", afirma Lutero Simango, chefe da bancada parlamentar da segunda maior força da oposição, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Ler mais (Deutsche Welle - 31.01.2017)

NOMES DE MOÇAMBICANOS QUE RECEBERAM SUBORNOS DA ODEBRECHT APRESENTADOS EM MAIO

As autoridades moçambicanas esperam receber, em Maio do corrente ano, as identidades dos funcionários do Governo que receberam, entre 2011 e 2014, subornos na ordem 900 mil dólares americanos da empresa brasileira Odebrecht, anunciou hoje o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).
Acreditamos que em Maio teremos as identidades das pessoas envolvidas, cá deste lado, disse o Porta - Voz do GCCC, Eduardo Sumana, durante uma conferência de imprensa para anunciar as actividades do gabinete referentes ao ano de 2016.
Sumana explicou à imprensa que o GCCC teve conhecimento da informação através de uma comunicação, às entidades moçambicanas, efectuada pelo Brasil, relatando o envolvimento de moçambicanos num acto de suborno.
A Odebrecht subornou funcionários do Governo moçambicano, durante o mandato do antigo presidente Armando Guebuza, para ser adjudicada as obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala, Norte de Moçambique, avaliadas em mais de 200 milhões de dólares. Este foi o primeiro aeroporto construído de raiz desde a independência nacional (1975). O mesmo começou a funcionar em Dezembro de 2014 e tem capacidade para atender 500 mil passageiros e receber cinco mil toneladas de carga por ano.
Este caso foi despoletado pelo departamento de Justiça dos EUA, depois de divulgar um caso envolvendo a Embraer, a fabricante brasileira de aviões que pagou subornos na ordem de 800 mil dólares ao antigo PCA das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), José Viegas, e a Mateus Zimba, que actuou como consultor no negócio de venda de duas aeronaves (Embraer) à LAM.
Os EUA revelaram, na ocasião, que a Odebrecht pagou subornos para garantir contractos em mais de 100 projectos que executou em países como Moçambique, Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Panamá, Peru e Venezuela.
Para além das obras do aeroporto de Nacala, a empresa tinha sido seleccionada para executar o BRT, na cidade de Maputo, um projecto avaliado em 225 milhões de dólares e que consiste na construção de corredores para o rápido escoamento de autocarros de passageiros. Mas o projecto está sendo reavaliado.
Por este caso ilícito, a Odebrecht deverá pagar uma avultada soma em multas. Porém, a empresa diz que apenas será capaz de pagar 2,6 bilhões de dólares.
Ano passado, o Governo anunciou que o aeroporto de Nacala seria entregue à gestão privada, no âmbito do projecto de reestruturação da empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM).


Fonte: AIM - 31.01.2017

segunda-feira, janeiro 30, 2017

A Verdade sobre o Canal do Chiveve

NYUSI NOMEIA LAGOS LIDIMO PARA O CARGO DE DIRECTOR-GERAL DO SISE

O Presidente da República, Filipe Nyusi, nomeou hoje Lagos Henriques Lidimo para exercer o cargo de Director-Geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).
A informação consta de um comunicado de imprensa da Presidência da Republica recebido hoje pela AIM.
Segundo a nota, Lagos Henriques Lidimo substitui Gregório Leão José, que ocupava aquele cargo há mais de dez anos.
Num outro dispositivo legal, o Presidente Nyusi nomeou Sérgio Nathú Cabá para o cargo de Director-geral Adjunto do Serviço de Informação e Segurança do Estado.
Até a data da sua nomeação, Lagos Henriques Lidimo era General na reserva, depois de ter sido Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Fonte: AIM – 30.01.2017

domingo, janeiro 29, 2017

Líderes políticos reagem a decisão de Trump

Um porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel disse neste Domingo, 29 de Janeiro, que Merkel “está convencida de que nem o necessário para combater o terrorismo justifica colocar pessoas de origem específica ou de uma religião em particular sob suspeição”.

Entretanto, a primeira-ministra britânica, Theresa May, foi enxovalhada pelos seus colegas políticos por não ter condenado a decisão de Trump. May estava em Ankara, para uma reunião com Recep Tayyip Erdogan, quando a decisão foi tornada pública e comentou que os Estados Unidos são responsáveis pela sua política sobre os refugiados e o Reino Unido é responsável pela sua política sobre os refugiados.

Já na Inglaterra, May disse que o Reino Unido não concorda com a proibição de Trump em relação a muçulmanos, acrescentando que a abordagem americana não vai ser usada pelo Reino Unido.

May levou contudo com a reacção de alguns legisladores, como Heidi Allen que publicou na media social que “liderança forte é não ter medo de dizer a alguém poderoso que não está certo… eu não quero saber o quão especial a relação é – algumas linhas não deviam ser atravessadas”.

Outro legislador, Jeremy Corbyn disse que "Theresa May devia ter defendido o Reino Unido e os seus valores condenando as acções de Trump. O nosso país devia entristecer-se por ela não o ter feito… Depois das horríveis acções de Trump e a fraqueza de May falhando em não condená-las é mais importante do que nunca para nós dizer aos refugiados que procuram um lugar seguro que eles vão ser sempre bem-vindos no Reino Unido.”

Trump deverá visitar o Reino Unido no fim deste, mas a parlamentar Sarah Wollston disse que o líder Americano não será convidado para falar no Parlamento, acrescentando que “aqueles que quiserem bajulá-lo podem encontrar outro lugar para fazê-lo”.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean Marc Ayrault condenou a decisão dizendo: "Receber refugiados que fogem da Guerra e da opressão é parte do nosso dever”

O homólogo de Ayrault na Alemanha, Sigmar Gabriel disse por sua vez que "Os Estados Unidos são um país onde as tradições cristãs têm um significado importante. Amar o ser vizinho é um valor cristão muito importante e isso inclui ajudar pessoas”.

Retno Marsudi, o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, que tem a maior população muçulamana do mundo, mas que não faz parte da lista dos países cujos cidadãos estão proibidos de entrar nos EUA, disse à Reuters que “lamenta profundamente esta política"

No Irão, o ministro das Relações Exteriores, Mohammas Java Zarif, já disse que o seu país não vai retaliar os Estados Unidos, dando as boas-vindas a todos os americanos que tiverem visto para entrar no Irão.

Do Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau também reagiu pelo Twitter, dizendo que “todos aqueles que fogem da perseguição, do terror e da guerra, são bem-vindos pelos canadianos, independentemente da sua fé. Diversidade é a nossa força”, escreveu Trudeau.


Fonte: Voz da América – 29.01.2017

sábado, janeiro 28, 2017

Funcionários do município de Nampula detidos por corrupção

O desvio deste dinheiro era feito através de um esquema de falsificação de recibos de pagamentos dos diferentes serviços oferecidos por aquela instituição.
O caso vem de 2014, quase um ano depois do início do mandato de Mahamudo Amurane, actual presidente municipal, dirigente do MDM.
Onze funcionários do Conselho Municipal da cidade moçambicana de Nampula afectos ao balcão único de atendimento municipal, entre eles o vereador das Finanças, Momade Rachad, são acusados de envolvimento no desvio de cerca de quase três milhões de meticais, aproximadamente 42 mil dólares.
Sete deles estão detidos e quatro encontram-se a monte.
O esquema era simples: os munícipes pagavam pelos serviços de licença de construção e os funcionários emitiam facturas, mas o dinheiro nunca era canalizado para os cofres da edilidade.
O Gabinete de Combate à Corrupção teve conhecimento do caso através de uma denúncia da própria edilidade depois de constatar irregularidades nas receitas municipais.

sexta-feira, janeiro 27, 2017

Academia quer o regresso de acentos, consoantes mudas e do hífen

O documento de aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), aprovado na quinta-feira pela Academia de Ciências de Lisboa (ACL), propõe o regresso de consoantes mudas, do acento gráfico, em alguns vocábulos, do circunflexo, noutros, assim como do hífen.
O estudo propõe o regresso das consoantes mudas em palavras como "recepção" e "espectador", ou seja, nos casos em que geram uma concordância absoluta de sons (homofonia) que podem causar "ambiguidade"
O documento "Sugestões para o aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa" de 1990 foi aprovado em plenário na quinta-feira por 18 votos, com cinco votos contra.
Segundo a proposta apresentada, deve regressar o acento agudo em palavras com pronúncia e grafia iguais, as denominadas palavras homógrafas, referindo, entre outras, "pára", forma do verbo parar, que se confunde com a preposição para, também "péla", nome e forma do verbo pelar, que se confunde com a preposição "pela", e ainda "pélo", nome e forma do verbo pelar, que se confunde com a preposição "pelo".

quinta-feira, janeiro 26, 2017

Rádio Moçambique cometeu infracções financeiras de dezenas de milhões de meticais

A Rádio Moçambique(RM), que não tem prestado serviço público aos moçambicanos dada a evidente primazia que confere ao partido Frelimo, cometeu infracções financeiras e usou indevidamente dezenas de milhões de meticais do erário. Além disso, e apesar não ter celebrado Contrato-Programa recebeu subsídios do Estado.

Durante o exercício económico de 2015 a RM celebrou 69 contratos com fornecedores de bens, prestadores de serviços, empreiteiros de obras públicas que não estão inscritos no cadastro único do Ministério da Economia e Finanças.

Dirigida por Faruco Sadique, desde Dezembro de 2013, a Rádio Moçambique gastou mais de 26 milhões de meticais em contratos fornecimento de bens sem o Visto obrigatório do Tribunal Administrativo(TA).

Contratou ainda seis prestadores de serviços, por mais de 4 milhões de meticais, também sem Visto do TA, assim como realizou três empreitadas orçadas em mais de 19,8 milhões de meticais. A rádio que se augura pública celebrou também 30 contratos de arrendamento sem o Visto obrigatório do Tribunal Administrativo, pelos quais pagou mais de 31,7 milhões de meticais. Ler mais ( @Verdade – 26.01.2017)

Pedido da Turquia divide opiniões sobre procedimento a seguir

O pedido de apoio deixado pelo Presidente da Turquia para que Moçambique ajude a neutralizar as chamadas células terroristas turcas que estão em Moçambique está a gerar uma onda de interpretações e, de certa forma, opiniões divergentes na sociedade nacional.
O antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Gilberto Correia, disse que o Governo moçambicano deve ser bastante cauteloso na análise do assunto. “Há que ter cuidados, tanto políticos como jurídicos, com este tipo de pedidos. É verdade que este pedido é feito de forma genérica e de forma pouco clara, que resulta talvez da conversa que houve entre os dois chefes de Estado. A questão que se coloca é: que tipo de apoio é esperado para neutralizar estas células terroristas?”, considerou Correia.
O perfil político de Erdogan é um dos aspectos que, segundo o antigo bastonário, deve ser tido em conta. “O presidente turco não é conhecido como campeão da democracia e respeito pelos direitos humanos”, afirmou Correia, recordando a ofensiva que Erdogan levou a cabo, depois da alegada tentativa de golpe de Estado contra o seu governo, em Junho do ano passado: “Mandou prender cerca de seis mil pessoas supostamente envolvidas na tentativa do golpe de Estado. Entre os detidos, a maioria eram pessoas ligadas às forças armadas, juízes e procuradores.  Todos os detidos eram acusados de pertencer ao movimento Gulen, que, segundo Erdogan, está por detrás do golpe de Estado na Turquia”.

INDICE SOBRE CORRUPÇÃO: MOÇAMBIQUE REGISTA MAIOR QUEDA DE SEMPRE

Moçambique registou uma queda significativa no índice da Transparência Internacional (TI) sobre corrupção 2016, tendo caído 32 lugares em relação à posição que ocupava no ano transacto.

Além da posição, Moçambique caiu ainda quatro pontos no que tange à pontuação.

O país situa-se, agora, na 144ª posição e com 27 pontos, numa avaliação feita com um universo de 177 países. Em 2015, onde foram avaliados 168 países, situou-se na posição 112 e com 31 pontos.

Esta é considerada a maior queda que o país já conheceu, desde que o índice TI começou a ser publicado, em 1995.

Um relatório divulgado hoje, em Maputo, pelo Centro de Integridade Pública (CIP) aponta como causas relacionadas com esta queda as dívidas ocultas e a corrupção de índole internacional envolvendo altos funcionários públicos e outros agentes moçambicanos, entre outros factores.

Terceiro maior partido diz que Governo deve reagir de forma dura e clara à Turquia

O presidente do MDM, terceiro maior partido, defendeu esta quinta-feira, 26 de Janeiro, que o governo deve reagir de forma dura e clara às afirmações do Presidente turco de que Moçambique alberga pessoas que pretendem derrubar o Governo de Ancara.
"[O Governo] deve reagir de forma dura e clara, porque a acusação de que Moçambique está a acomodar terroristas é grave", afirmou Daviz Simango, presidente do MDM, reagindo às declarações, na terça-feira em Maputo, de Recep Tayyip Erdogan.
Citado pelo diário O País, Simango disse que não se pode permitir que, de forma leviana, Moçambique seja considerado um país acolhedor de terroristas.
"Nós não somos acolhedores de terroristas. É preciso provas e há tribunais que podem julgar esse tipo de casos. Perseguir opositores num outro país, chamando-os terroristas, é extremamente grave", repisou o presidente do MDM, que é também edil da Beira, a segunda maior cidade do país.

quarta-feira, janeiro 25, 2017

Quando a fasquia moral é baixa numa sociedade. Assista o vídeo a partir de 38:00

Na sociedade moçambicana apostamos a defender actos imorais a todo o custo quando são praticados por familiares ao invés de combatê-los e condená-los desde em nossas casas.
Ora, em Nampula, sete funcionários são detidos por desvio de somas de dinheiro no BAU. A investigação vem desde Agosto de 2016 e nota-se que procuradoria fundamenta. Contudo, amigos e familiares fazem-se de advogados do diabo, defendendo que os indiciados são inocentes. Mais preocupante é que estes familiares acusam ao edil Amurane de desviar dinheiro e comprar casa em Portugal. O jornalista fez muito bem por imediatamente perguntar à Luísa se tinha provas. Estranho é ela também dizer que não tinha provas pelo que acusava ao Amurane.
Um outro caso recente foi do vereador da Matola, André Chacha, que acusou seus camaradas da Frelimo de ter comprado o MDM para lhe denegrir. Chacha que já foi julgado em dois tribunais, primeiro pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, e condenado a três anos, e recorreu para o Tribunal Superior de Recurso de Maputo, onde lhe foi agravada a pena para oito anos de prisão, tem ainda espaço de manobra de acusar outros pela sua prática de roubo – outros que eventualmente são uma reserva moral.
Sem me esquecer daquele polícia filmado, mas mesmo assim, as acusações são falsas.
A nossa fasquia moral está baixíssima, compatriotas.

Trump pode ser um perigo para o mundo inteiro

A ser verdade e sobretudo a ser prático o que Donald Trump escreve na sua conta Twister, os Estados Unidos da América devem ser das duas.

1. Um dos países menos democrático do mundo ou mesmo a pior ditadura que nenhum país africano hoje.

2. Nos Estados Unidos está-se perante um dos piores fascistas do mundo deste século. A Donald Trump só pode-se comparar a Augusto Pinochet do Chile, Idi Amin de Uganda, Francisco Franco da Espanha, Benito Mussolini da Itália, Adolf Hitler da Alemanha, entre outros ditadores, fascistas, nazistas ditadores do século 20.
Ora, desde que Trump ascendeu à Presidência dos EUA só leio e oiço que baniu isto e decidiu aquilo como por exemplo, banir o Obamacare, a versão em espanhol no site do governo dos EUA, contra casamentos de homossexuais, contra financiamento de abortos, decidir construção de muro na fronteira com o México, e em nenhum momento se fala de submeter nada ao Congresso (o parlamento dos EUA) e nem de decisão do Conselho de Ministros. Pior ainda é que parece que tudo o que lhe vem à cabeça é já lei dos EUA.
Democracia não começa e termina nas eleições o que parece ser com o Donald Trump.  Lembremo-nos que Hilter também havia sido eleito, mas para depois fazer o que fez. Desta maneira de Trump ser, não estaremos perante um indivíduo capaz de num abrir e fechar de olhos mandar lançar uma bomba atómica?

Falta de justiça de transição causou crise política em Moçambique - Liga Direitos Humanos

A presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique apontou hoje a falta de justiça na transição pós-guerra como a principal causa da crise política e militar e o respeito pelos direitos fundamentais como um "grande desafio". 
"Se nós temos este conflito hoje é porque não houve uma justiça de transição quando terminou o primeiro conflito em 1992 [a guerra civil de 16 anos] ", declarou Alice Mabota, durante uma conferência de imprensa realizada no âmbito da recepção a uma missão da organização Advogados Sem Fronteiras do Canadá em Maputo.
Para Alice Mabota, quando a guerra terminou em Moçambique, não houve atenção para a necessidade de reconciliação social, num processo que pudesse abrir espaço para integração civil de uma parte que, por muito tempo, foi tida como inimiga, numa referência a membros do braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição.
"Ninguém perguntou como olhar para uma pessoa a quem, durante muito tempo, foi imposta uma etiqueta. Não questionámos como poderíamos mudar isto", afirmou a presidente da Liga dos Direitos Humanos em Moçambique, lembrando que sem justiça social a paz é impossível

terça-feira, janeiro 24, 2017

Debate sobre a dívida oculta moçambicana no YouTube, amanhã dia 25, pelas 15 horas de Maputo

O debate sobre a dívida oculta está quente. E na sequência do recente incumprimento do Governo e da ameaça dos credores de exigirem uma indemnização pelo default, a coisa promete aquecer mais. Aliás, um consultor dos credores,Charles Blitzer, a propósito do default por Moçambique, disse à Bloomberg: o incumprimento “não foi motivado pela incapacidade de fazer o pagamento"; "esta estratégia não conduz a avanços” e “não leva a restaurar a confiança de futuros financiadores e investidores".
Depois de um despique entre Joseph Hanlon e Roberto Julio Tibana aqui neste espaço, o debate é agora levado para o YouTube por iniciativa da publicação ZITAMAR, em colaboração com o Africa Research Institute. Em directo (live stream), através do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=h62LLithnV4
A discussão vai colocar frente à frente as seguintes figuras:
Marco Ruijer, Lead Portfolio Manager, Emerging Markets Debt Hard Currency, at NN Investment Partners, The Netherlands
• Dr Roberto Tibana, Principal Consultant at Analitica-RJT, Maputo, Mozambique
• Anne Frühauf, Senior Vice President with Teneo Intelligence, Bogota, Colombia
• Dr Joseph Hanlon, Visiting Senior Fellow at the London School of Economics and at the Open University, based in London
E será moderado pelo editor do Zitamar, Tom Bowker. O acesso é gratuíto.

Presidente turco diz que golpistas controlam ampla rede de instituições em Moçambique

O Presidente da Turquia disse hoje em Maputo que pessoas alegadamente envolvidas na tentativa de golpe de Estado na Turquia têm uma ampla rede de instituições em Moçambique e pediu às autoridades locais apoio na sua neutralização.
"Nós sabemos que elementos deste grupo [supostamente envolvido na tentativa de golpe de Estado] estão presentes em Moçambique, infiltraram-se nas Forças Armadas da Turquia e estão a replicar a sua iniciativa, a sua agenda oculta, em várias partes do mundo. Têm uma rede vasta de escolas e associações em várias partes do mundo e têm uma rede muito ampla aqui em Moçambique", afirmou Recep Tayyip Erdogan, numa declaração à imprensa, no final das conversações entre as delegações dos governos turco e moçambicano.
Sem apontar nomes, o chefe de Estado turco disse que essas instituições vão tentar alcançar em Moçambique os mesmos objetivos que perseguem na Turquia.

HÁ CÉLULAS TERRORISTAS TURCAS EM MOÇAMBIQUE?


O Presidente da Turquia pediu hoje a cooperação de Filipe Nyusi para neutralizar células terroristas do seu país infiltradas em Moçambique. Recyp Erdogan alertou para a perigosidade dos referidos grupos e disse esperar que Moçambique colabore.
Foi durante um encontro a porta fechada com Filipe Nyusi, que Recyp Erdogan fez saber uma das principais agendas da sua visita a Moçambique. Durante cerca de 20 minutos, o presidente da Turquia pediu a Filipe Nyusi apoio para neutralizar células terroristas turcas que se encontram no país.
O estadista turco diz que as células terroristas escondem-se por trás de actividades empresariais e sociais ou mesmo de desenvolvimento. Erdogan alerta para o risco dos planos terroristas afectarem Moçambique.
Envolvida em conflitos regionais e nacionais, a Turquia tem sido palco de ataques de vários grupos. No dia 01 de Janeiro deste ano, um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico matou 39 pessoas numa discoteca em Istambul, uma das cidades mais importantes do país.
O homem que visita Moçambique sobreviveu a uma tentativa de golpe de Estado em Julho do ano passado, tendo mandado deter milhares de pessoas, entre juízes, jornalistas e elementos das forças armadas.

Fonte: O País – 24.01.2017

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Metro de Zucula custou 6,5 milhões de dólares ao povo moçambicano

O metro de superfície que iria acabar com o drama dos “chapas” nas cidades de Maputo e da Matola, mas que nunca irá circular, custou aos moçambicanos 6,5 milhões de dólares norte-americanos que o Governo pagou como indemnização a empresa italiana SALCEF Costruzioni Edili e Ferroviarie(SALCEF).
“Este é um dos processos mais dinâmicos que jamais liderei na minha carreira na função pública”, disse Paulo Zucula a 21 de Março de 2011, na altura ministro dos Transportes de Comunicações, após a assinatura de um memorando de entendimento, entre Moçambique e a Itália, para a realização de um estudo de viabilidade para a construção de um sistema de metro de superfície ligando os municípios de Maputo e da Matola.
A empresa italiana propunha-se, ao abrigo do acordo, a investir fundos próprios para o início do projecto que iria, segundo os políticos, acabar com o drama dos “chapas” e “my loves” na capital de Moçambique.

Gâmbia vai criar uma Comissão da Verdade e Reconciliação

O novo Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, diz que será criada uma Comissão da Verdade e Reconciliação para analisar as acusações de má governação durante os 22 anos em que Yahya Jammeh dirigiu o país.
Numa entrevista à VOA, Adama Barrow disse que 22 anos foi um longo período e o povo quer conhecer a verdade.
Um conselheiro de Adama Barrow disse à imprensa que antes de deixar o país, Yahya Jammeh roubou 11 milhões de dólares americanos e carros de luxo saíram de Banjul, a capital, num cargueiro.
Grupos de direitos humanos denunciaram abusos de Jammeh durante os anos em que esteve no poder, incluindo a prisão de opositores políticos e jornalistas.
Jammeh deixou a Gâmbia, no sábado, com destino a Guiné-Conacri, após várias rondas de negociações lideradas pela Comunidade Económica da África ocidental.
Nessas negociações, os líderes da África ocidental não concordaram em conceder imunidade a Jammeh, disse, ontem, o ministro dos negócios estrangeiros do Senegal, Mankeur Ndiaye.

Barrow promete reformas…

Após perder as eleições de 1 de Dezembro, Jammeh aceitou os resultados, mas uma semana depois alegou fraude para justificar a sua continuidade no poder.
O novo Presidente recusou um pedido de Jammeh continuar na Gâmbia baseado no facto de que não poderia garantir a sua segurança.
Barrow, de 51 anos, promete reformas eleitorais para garantir que os futuros presidentes não manipulem os seus mandatos.
Mas em relação aos mandatos que gostaria de ter na presidência, Barrow diz que o povo é que decidirá.
Outra promessa de Barrow é a profissionalização das forças de defesa e segurança.

Fonte: Voz da AMérica – 23.01.2017

Morte de delegado é "afronta política" para o MDM

Chefe da Mobilização e Propaganda Geraldo Carvalho reage ao assassinato do delegado do partido em Tambara.

O chefe da Mobilização e Propaganda do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Geraldo Carvalho, considerou nesta segunda-feira, 23, uma “afronta política ao partido” o assassinato do delegado politico distrital de Tambara, em Manica, centro de Moçambique, e alertou para a situação ser “ameaça” a democracia do país.
O também deputado da terceira força parlamentar, confirmou hoje que o corpo de Mateus Chiranga, delegado distrital de Tambara, que estava desaparecido há oito dias, após ser morto a tiros 15 de Janeiro, foi descoberto já em estado de decomposição, em Matsinho (Manica), a quase 500 quilómetros do local de execução.
“Nós, como partido, sentimo-nos muito chocados com a situação. Esta é uma afronta política ao partido MDM, um partido de paz, um partido que não tem armas”, disse Geraldo Carvalho, adiantando que pelo modus operandis, o assassinato do seu delegado tem motivações politicas.
Carvalho, que falava após reconhecer o corpo do finado na morgue do Hospital Provincial de Chimoio, frisou que “o país não pode continuar assim, o país têm que ter paz, o país têm que ter uma democracia de amar ao próximo e não uma democracia de ódio”.

Antigo presidente da Gâmbia é acusado de saquear cofres do Estado

O novo Governo da Gâmbia acusa o antigo presidente, Yahya Jammeh, de ter saqueado, nas últimas duas semanas 500 milhões de Dalasis, moeda local, o correspondente a perto de 800 milhões de meticais dos cofres do Estado. A denúncia surge dias depois de Jammeh ter cedido o poder a Adama Barrow, na sequência de uma forte pressão para que o antigo estadista deixasse a presidência.
 “Cerca de 500 milhões de Dalasis foram levantados pelo antigo presidente. Trata-se de muito dinheiro”, afirma Mai Ahmad Fatty, conselheiro do novo presidente, Adama Barrow.
Yahya Jammeh teria mesmo tentado levar até as viaturas de luxo da presidência, fotografadas na madrugada desta segunda-feira no aeroporto da capital, Banjul. As novas autoridades bloquearam a saída dos veículos.
As acusações surgem num momento em que o novo presidente da Gâmbia, Adama Barrow, rejeita regressar imediatamente ao país, depois de ter tomado posse exilado no Senegal. Barrow evoca questões de segurança, tendo pedido aos principais responsáveis dos serviços do Estado gambiano que se aliem a ele.
As forças senegalesas, integradas numa operação apoiada pela União Africana e pelas Nações Unidas deverão permanecer no país para assegurar a transição pacífica do poder.

Fonte: O País – 23.01.2017

domingo, janeiro 22, 2017

Corrupção na Águas da Região de Maputo (1)

Domingo inicia hoje série de reportagens de investigação que apontam para incorreções em mapas de gestão na empresa Aguas da Região de Maputo que determinaram , em alguns casos, situações gravíssimas de corrupção. As nossas pesquisas têm como pontapé de saída o ano 2013, quando aquela empresa começou efectivamente a ser depenada, e assentam em documentação disponível e várias vezes analisada na Procuradoria-Geral da Republica, na Inspecção Geral de Finanças, no Tribunal Administrativo e até em tribunais.
Facto intrigante é que tantas instituições competentes não conseguem desferir golpe final a males que penalizam todos nós: afinal o deficiente abastecimento de água a Maputo, Matola e vila de Boane resulta de trapalhadas propositadas na gestão, tendo como finalidade o roubo de dinheiro de erário publico. Ler mais ( Jornal Domingo, 22.01.2017)

Moamba Major dam contract illegal

The contract for the Moamba Major dam is illegal, according to the Administrative Tribunal (TA), says @Verdade (19 Jan) The dam is now under construction and will provide more water for Maputo and Matola. The total cost is $466 mn, of which $320 is a loan from the Brazilian development bank (Banco Nacional de Desenvolvimento Economico do Brasil, BNDES) - which also is tied to the dam being building by a Brazilian company.
The TA says the contract was given to Grupo Andrade Gutierrez without a tender process and without the required review of the contract by the TA. A subcontractor of Gutierrez on the dam is Infra Engineering Mozambique, owned by three senior Frelimo figures: former tourism minister Fernando Sumbana Junior, former defence minister Tobias Dai (brother-in-law of Armando Guebuza) and Raimundo Pachinuapa. @ Verdade cites Brazilian federal police documents to say that a former Guiterrez official in Mozambique told the police that the contract to Guiterrez was conditional on using Infra as a subcontractor.
Andrade Gutierrez is one of the companies involved in the Brazilian Lavo Jato ("car wash") bribery scandal, but in November the Brazilian ambassador Rodrigo Soares assured Mozambique that the Brazilian $320 mn would continue to be dispersed. (AIM 10 Nov 2016)


In MOZAMBIQUE 355 News reports & clippings, 22 January 2017

sexta-feira, janeiro 20, 2017

Edil da Matola exonera André Chacha do cargo de vereador dos Transportes

De acordo com uma fonte do Conselho Municipal da Matola, André Chacha foi exonerado, ontem, sem no entanto o edil daquele município, Calisto Cossa, revelar as razões da demissão.
Na sexta-feira da semana passada, a bancada do MDM na Assembleia Municipal da Matola convocou uma conferência de imprensa na qual denunciava a condenação de André Chacha a oito anos de prisão, pelo Tribunal Superior de Recurso de Maputo, e exigia por isso, a demissão do então vereador dos Transportes no Município da Matola.
Entretanto, o “O País” sabe que a exigência do MDM está por detrás da demissão de André Chacha.
André Chacha reagiu aos pronunciamentos do MDM, dizendo que o seu processo ainda não transitou em julgado, uma vez que recorreu ao Tribunal Supremo e este ainda não se pronunciou sobre o caso. Entretanto, veio a ser respondida a exigência do MDM, com a demissão, esta quinta-feira, de André Chacha do Município da Matola.
Antes de ser vereador, André Chacha era membro eleito da Assembleia Municipal da Matola, restando saber se este órgão vai lhe aceitar de volta, depois deste ter sido exonerado do Município.

Fonte: O País – 20.01.2017

Yahya Jammeh aceita deixar o poder na Gâmbia

Depois de forte pressão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Jammeh aceitou retirar-se, avança a Associated Press citando fonte do Governo senegalês.
Na rede social Twitter, o Presidente Adama Barrow, vencedor das eleições de 1 de dezembro, anunciou também que Jammeh aceitou abandonar o poder.
"Gostaria de informar que Yahha Jammeh concordou em deixar o poder. Deverá deixar a Gâmbia hoje", escreveu Barrow.
Esta sexta-feira, os Presidentes da Mauritânea e da Guiné-Conacri, Mohamed Ould Abdel Aziz e Alpha Condé, respetivamente, estiveram em Banjul, num último esforço para convencer Yahya Jammeh a deixar o poder, que detém há 22 anos. Ler mais (Deutche – 20.01.2017)

quinta-feira, janeiro 19, 2017

Os esquadrões da morte pós-trégua

E porquê a morte do Mateus Filipe Chiranga, o delegado político do MDM não me surpreende?

Sempre suspeitei e eu sempre comentei que se houver algum pacto entre a Frelimo e a Renamo, os esquadrões da morte, os ditos desconhecidos, se direccionariam ao MDM ou a qualquer partido que fosse uma verdadeira ameaça ao partido no poder. É nisto que a sociedade moçambicana e internacional têm que virar a sua atenção.



Fonte: STV – 19.01.2017

DOIS PRESIDENTES PARA AQUELE PAÍS PEQUENO?


O novo presidente gambiano, Adama Barrow, prestou juramento na tarde desta quinta-feira, na embaixada da Gâmbia no Senegal, durante uma cerimónia oficial, após a expiração do mandato do chefe do Estado cessante Yahya Jammeh, que se recusa a ceder-lhe o poder, noticiou a AFP.
Barrow prestou juramento pouco antes das 17h00 locais, perante o presidente da Ordem dos advogados da Gâmbia Sherif Tambadou, na presença de inúmeras personalidades das organizações internacionais e regionais.

Fonte: Angola Press – 19.01.2017

FMI diz que há outro “monte de empréstimos” escondidos

O volume total da dívida de Moçambique terá atingido USD 11,6 mil milhões no ano passado, destes USD 9,8 mil milhões correspondem a dívida externa
O escândalo da dívida pública moçambicana continua a dar que falar no exterior. Desta feita um funcionário sénior do Fundo Monetário Internacional (FMI) deu a conhecer, há dias em Washington DC, nos Estados Unidos da América (EUA), que Moçambique tem mais um “monte de empréstimos” não tornado público. Sem, no entanto, revelar o valor total do dito “monte de empréstimos” que permanece escondido, Sean Nolan, vice-director de Política Estratégica do FMI, recorda que “Moçambique é um alto exemplo de coisas que deram erradas”, referindo-se às dívidas contraídas nos últimos dois anos do mandato do antigo Presidente da República Armando Emílio Guebuza, que empurraram o país para o abismo.
Oficialmente, o Executivo de Maputo reconhece uma dívida estimada em mais de dois biliões de dólares norte-americanos em empréstimo, contraída pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), Proindicus e Mozambique Asset Management (MAM), com garantia do Estado, porém o FMI diz que “há mais do que foi revelado até agora”.

quarta-feira, janeiro 18, 2017

Gâmbia: Senegal solicita apoio do Conselho de Segurança da ONU

O Senegal apresentou esta quarta-feira, em Nova Iorque, um projecto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para apoiar os esforços da CEDEAO visando a que o presidente cessante da Gâmbia Yahya Jammeh aceita a ceder o poder após a sua derrota eleitoral, segundo os diplomatas, citados pela AFP.
Contudo, o pedido não procura explicitamente obter a autorização do Conselho para o envio de tropas na Gâmbia, acrescentaram as mesmas fontes.
Yahya Jammeh, que dirige o país com uma mão de ferro desde há 22 anos e que inicialmente aceitou a vitória de Adama Barrow ao escrutínio de 01 de Dezembro, recusa-se a transmitir-lhe os poderes, tendo terça-feira, proclamado o estado de urgência para 90 dias.
O presidente eleito foi acolhido a 15 de Janeiro no Senegal, aguardando pela sua investidura.
A Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO, 15 países), que pressiona Jammeh a deixar o poder, advertiu em várias ocasiões que poderá recorrer à força como a última alternativa.

Empresários próximos ao partido Frelimo devem ao Tesouro milhões há 18 anos

Dez das 30 empresas que entre 1999 e 2002 pediram empréstimos ao Estado moçambicano até hoje não pagaram um único centavo. Em comum, além da dívida de mais de 231 milhões de meticais, têm o facto dos seus sócios serem membros ou próximos do partido Frelimo e representarem um dos primeiros grupos de empresários bafejados pela privatização caótica e apressada que aconteceu no âmbito do Programa de Reabilitação Económica. Ademais várias das empresas devedoras são participadas pelo próprio Estado.
A maior devedora do Tesouro é a Transportes, Investimentos e Serviços, Limitada(TSL). A empresa criada no ano de 2000 por Alsone Jorge Guambe e vários parentes (Carla Maria Pereira Arrides, Leonardo Arone Mate, Leocádia Rosita Alsone Guambe, Sindy Adelaide Alsone Guambe, Hermenegildo da Conceição Alsone Guambe, Alsone Júnior Jorge Guambe e Jorge Alsone Guambe) deve 67.255 mil meticais e nunca pagou nenhuma amortização, de acordo com o Relatório sobre a Conta Geral do Estado(CGE) de 2015 elaborado pelo Tribunal Administrativo(TA).
O @Verdade apurou que a empresa aparentemente familiar, que entretanto faliu, era próxima do antigo governante Pascoal Mocumbi. Antes de fundar a TSL, Alsone Jorge Guambe já se tinha aventurado no mundo empresarial, que entretanto se abrira em Moçambique desde a década 90, e, entre outros investimentos, associou-se ao então jovem membro do partido no Poder Fernando Sumbana Júnior.
Mais recentemente dirigia os destinos do Instituto Superior de Ensino Aberto à Distância de Moçambique. Ler mais (@Verdade – 18.01.2017).

Gâmbia: Presidente decreta estado de urgência contra intervenção externa

 O presidente gambiano, Yahya Jammeh, decretou estado de emergência na terça-feira, alegando que há "um nível de ingerência estrangeira excepcional e sem precedentes" no processo eleitoral do país, num pronunciamento transmitido pela televisão.
Na sua aparição, lamentou "a atmosfera hostil injustificada que ameaça a soberania, a paz e a estabilidade do país".
O anúncio foi feito a dois dias do fim do mandato de Jammeh, que está a ser pressionado a ceder o poder ao seu adversário das presidenciais Adama Barrow, actualmente no Senegal.
O país encontra-se em crise desde que Jammeh anunciou, a 09 de Dezembro, que não reconheceria os resultados das eleições eleitorais de 01 de Dezembro. Foi uma mudança de postura radical, já que, uma semana antes, chegou a felicitar Barrow pela vitória.

“Falha no pagamento da dívida empurra-nos para uma situação de falência”, António Francisco

O académico António Francisco não compreende como é que o Governo falha o pagamento de uma dívida renegociada há menos de um ano. António Francisco diz mesmo que se o país fosse uma empresa seria dissolvido, tal como o Nosso Banco.
António Francisco reagia, em entrevista ao nosso jornal, ao anúncio, desta segunda-feira, de que o Estado vai falhar o pagamento de uma prestação de cerca de 60 milhões de dólares relativos à dívida da Ematum.
“O que acho preocupante é que, de facto, o não pagamento desta dívida surge menos de um ano depois de ter sido renegociada e a gente tem que se perguntar que renegociação foi essa, porque quem tinha informação sobre as possibilidades do não pagamento era o Governo. Os credores não tinham e nem sabiam que havia outras dívidas ocultas, mas o Governo Sabia. Então, fez a renegociação, alterou os prazos, a taxa de juro e quando surge o primeiro pagamento diz que não está em condições”, questionou o académico.  

Chacha recorre ao Supremo e processo ainda não está fechado

O vereador dos Transportes no Município da Matola, André Chacha, reagiu, ontem, à exigência do MDM, segundo a qual este devia ser demitido do cargo que ocupa, devido à condenação de oito anos de prisão, pelo Tribunal Superior de Recurso de Maputo.
Através do seu advogado, Chacha disse que o argumento do MDM não tem cabimento, porque recorreu ao Tribunal Supremo e este ainda não se pronunciou. “O acórdão do Tribunal de Recurso obrigou-nos a recorrer ao Tribunal Supremo. Agora vamos ficar à espera da decisão do Supremo. Enquanto essa condenação não transitar em julgado, enquanto não for executada a sentença, o visado é inocente”, explicou o advogado de Chacha, Damião Cumbane, realçando que “não são poucas vezes em que decisões de primeira ou segunda instância são anuladas por tribunais de outros níveis”.

Dhlakama alerta que violações estão a diluir o peso da trégua em Moçambique

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, alerta que as "provocações em violações da trégua" em Moçambique estão a diluir o peso do cessar-fogo de dois meses, iniciado a 03 de janeiro, e apela para um compromisso do Governo.
Numa avaliação do primeiro período da trégua, o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) disse, em declarações por telefone à Lusa a partir da Gorongosa, que não houve registo de violações por confrontos militares, mas denunciou novos casos de raptos e assassínios de membros do seu partido, o que tem fragilizado o compromisso.
"Quero apelar para que haja colaboração de facto", afirmou o líder da oposição, referindo que já abordou o assunto com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para que "comece a aprender e a corresponder também com aquilo que a Renamo e o Dhlakama estão a fazer".
Além de vários casos denunciados nos primeiros dias da trégua pelo seu partido, o líder da Renamo disse que, na semana passada, quatro desmobilizados do braço armado da oposição, que se deslocavam desarmados dos distritos de Ile e Lugela para Morrotone, província da Zambézia, foram raptados após terem desembarcado de um autocarro próximo de uma base das Forças de Defesa e Segurança e estão desaparecidos desde então.

terça-feira, janeiro 17, 2017

Gâmbia: CEDEAO prepara intervenção militar caso Jammeh persiste em abandonar o poder

Os países da África Ocidental preparam uma intervenção militar na Gâmbia face a persistência do seu presidente, Yahya Jammeh, de abandonar o poder, numa altura em que o seu mandato expira quinta-feira, informou esta terça-feira o governo nigeriano, citado pela Prensa Latina.
Entre os Estados implicados nessa acção destacam-se a Nigéria e o Senegal, que dispõem já de forças conjuntas para um desdobramento das suas tropas em território gambiano caso Jammeh insiste em manter-se no poder.
"Tomou-se uma decisão de não permitir que o presidente cessante da Gâmbia permaneça no poder, e isso ocorrerá por meio de uma intervenção, a menos que renuncie", disse uma fonte militar, referindo-se ao governante.

Fonte: Angola Press – 17.01.2017

Gâmbia: Quatro novos ministros deixam o governo

Quatro novos ministros do presidente gambiano Yahya Jammeh, deixaram o governo, já assolado por uma série de demissões desde a sua recusa de ceder o poder ao seu sucessor eleito Adama Barrow a 19 de Janeiro, soube esta terça-feira a AFP de fonte próximo do poder.
Por outro lado, alguns oficiais que se recusaram a estabelecer aliança ao regime foram detidos nos últimos dias, segundo uma fonte securitária da oposição, que reclama pela sua libertação imediata.
A Gâmbia está mergulhada numa grave crise desde que Jammeh anunciou a 09 de Dezembro que não reconheceria mais os resultados da presidencial de 01 de Dezembro, uma semana após de ter portanto felecitado Barrow pela sua vitória.
Muitos ministros foram recentemente exonerados ou demitidos, numa altura em que Yahya Jammeh afirma querer continuar no poder enquanto a justiça não decidir sobre os seus recursos eleitorais, apesar das pressões internacionais para que o mesmo entregue o poder quinta-feira, tendo em vista a expiração do seu mandato.

MDM acusa Governo e Renamo de conspirarem contra o povo

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) entende que desde a cessação das hostilidades militares, por um período de dois meses, as “autoridades governamentais passeiam a sua classe nas antigas bases” da Renamo, o que sugere haver um complô entre as partes, pois, para além de que antes era impensável, ninguém sabe o que é que o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder do maior partido da oposição acordaram nas suas conversas telefónicas.
As declarações do daquele partido, com 17 assentos no Parlamento, surge dias depois de Maria Helena Taipo, governadora da província de Sofala, ter visitado as antigas bases da Renamo em Sathungira e Mazembe, no âmbito de trégua decretada a 03 de Janeiro corrente, por Afonso Dhlakama, no prosseguimento do contacto telefónico com o Chefe de Estado, cujo teor é publicamente desconhecido.
“Nós pensamos que vamos implantar aqui algumas indústrias e erguer outras infra-estruturas. Eu penso que, doravante, o governo vai sentar, reflectir e verificar o que é que falta e o que é que este povo aqui precisa (...)”, disse Helena Taipo, no fim da visita àquele local já ocupado pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS).

segunda-feira, janeiro 16, 2017

"Não é provável que Moçambique consiga ir aos mercados nos próximos anos"

O analista da NN Investment Partners Marco Ruijer considerou hoje que não é provável que Moçambique consiga aceder aos mercados financeiros nos próximos anos, acrescentando que os investidores não deverão conseguir recuperar a totalidade do dinheiro investido. 
"A situação assemelha-se a um possível incumprimento financeiro", disse o gestor à agência de informação financeira Bloomberg, comentando o anúncio de Moçambique, hoje de manhã, segundo o qual não iria pagar os quase 60 milhões de dólares da prestação de Janeiro relativa aos juros dos 726,5 milhões de dólares emitidos em dívida soberana em Abril.
"Não parece provável que Moçambique consiga facilmente voltar a aceder aos mercados financeiros nos próximos anos, o que pode indiciar um acordo ainda mais duro" para os credores, acrescentou o gestor de 7 mil milhões de dívida dos mercados emergentes e que recentemente vendeu os títulos moçambicanos que geria.