Iniciou, ontem, na cidade de Cuamba, província do Niassa, a conferência distrital sobre Democracia e Boa Governação, promovida pelo Parlamento Juvenil, inserida no programa “Distrito Pólo de Desenvolvimento Democrático”.
Intervindo na sessão de abertura, perante mais de 150 jovens, o presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, voltou a insistir na necessidade dos jovens serem obreiros da sua própria libertação, qualificando ainda de intolerável o nível de degradação política e social que se encontram mergulhados os distritos do Niassa. Aliás, Cuamba é mostra visível desse abandono, onde em mais de 15 anos de poder autárquico não tem sequer uma única estrada asfaltada.
“Queremos interromper o progresso da decadência da democracia e estabelecer um paradigma de engajamento social e político, conducente à apropriação dos processos de governação e estabelecer uma solidariedade nacional entre os distritos. Há que denunciar os níveis intoleráveis de pobreza e o clima de desintegração social. É, pois, chegada a oportunidade e a hora dos grandes actos da juventude. A mensagem que trazemos é de confiança e não de desespero. Uma mensagem de luta e não de resignação”, disse.
Num outro desenvolvimento, Muchanga disse ser urgente acabar com aquilo que denominou serem “guetos democráticos” e “favelas sociais” caracterizados pela “penúria, exclusão social e política, perseguições e pelo desprezo às ideias”.
“Estamos aqui para mostrar a força das ideias e dos ideais libertários, visando transformar a juventude num poder em Moçambique. Estamos disponíveis para uma grande revolução cívica assente em iniciativas democráticas”, referiu aquele líder juvenil.
Fonte: O País online - 17.07.2012
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