A cerca de um mês das eleições presidenciais de 7 de outubro, Hugo Chávez ameaça com a possibilidade de “uma guerra civil” em caso de derrota nas eleições, uma mudança de tom que, segundo os analistas, traduz a vontade do actual presidente do país em convencer os numerosos indecisos a votar em si nas próximas eleições presidenciais.
No poder desde 1999, Hugo Chávez continua a ser o favorito nas sondagens, que lhe atribuem entre 10 a 20 pontos de avanço perante o seu principal concorrente, Henrique Capriles Radonski, representante de uma coligação de partidos da oposição.
Mas esta margem encurtou no final do mês, e as mesmas sondagens apontam para que uma percentagem considerável de indecisos esteja a pensar em mudar a sua intenção de voto. Segundo os observadores, este contexto de maior incerteza levou Chávez a voltar a acenar com o espectro da “desestabilização do país”, e a assumir-se como garante da estabilidade.
Hugo Chávez tenta assim capitalizar votos, dizendo aos venezuelanos que a chegada de um governo de direita ao poder será “a sentença de morte dos programas sociais no país” destinados à habitação, saúde ou alimentação, que tem financiado graças às rendas petrolíferas.
Fonte: O País online – 06.09.2012