quinta-feira, dezembro 30, 2021

The good, the bad and the alarming: Hichilema’s first 100 days in Zambia

Today marks exactly 100 days since Hakainde Hichilema was inaugurated as president of Zambia. After a decade and half in opposition, the leader of the United Party for National Development (UPND) defeated the incumbent Edgar Lungu in elections on 12 August 2021. He took office 12 days later.

See here the article: Hichilema.

President Hakainde Hichilema 100 days in power by the Information and Me...



The good, the bad and the alarming: Hichilema’s first 100 days in Zambia


https://africanarguments.org/2021/12/the-good-the-bad-and-the-alarming-hichilemas-first-100-days-in-zambia/

(AO VIVO) UNITA, PRA-JA E BD enfrentarão juntos o MPLA em 2022


Quem queira que aprenda.

domingo, outubro 03, 2021

São Tomé e Príncipe é o país africano com menos crime organizado

São Tomé e Príncipe é o terceiro país do mundo – e o primeiro entre os africanos – com menor criminalidade, segundo o Índice Global de Crime Organizado, da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional, publicado hoje.

De acordo com o relatório hoje publicado, com dados referentes a 2020, São Tomé e Príncipe obteve uma média de 1,78 pontos no índice de criminalidade organizada, que se apresenta numa escala entre um e dez, e que tem Moçambique como o sétimo país com maior pontuação entre os 54 de África.

quinta-feira, setembro 30, 2021

As consequências do compadrio

Em parte são muitos de nós e ouso em dizer que a maioria dos moçambicanos a serem julgados na BO. Se queremos ver o Estado Moçambicano fora da crise em que se encontra, temos também que reflectir quanto à nossa própria atitude, à nossa própria convicção sobre como o Estado Moçambicano deve ser gerido,
Na minha opinião, a relação entre os que estão sendo julgados agora revela a maneira como o Estado Moçambicano está sendo gerido desde os meados da década 80 e que está piorando em cada cinco anos, isto é, depois de cada eleição.
Os que estão sendo julgados na BO têm relações de parentesco, de amizade para não falar de camaradagem para tratar assuntos sérios de Estado, incluindo os que supostamente deviam ser assuntos de Segurança de Estado.
Primeiro, até nem interessa se algumas pessoas trabalha(va)m ou não neste e naquele sector. O mérito é ser familiar, amigo...
Segundo, mesmo que todos trabalhassem ou trabalhem no mesmo sector, ninguém tinha ou tem receio de ser denunciado por qualquer funcionário que se apercebesse ou apercebe da bolada. A nossa pergunta devia ser de como isso pode acontecer. Só pode ser que não havia ou não há denúncia que afectasse ou afecte aos defraudadores. A postura de alguns réus também revela isso.
Terceiro, mesmo da maneira como transacções de grandes valores fluíam ou fluem nos bancos é revelador.
Infelizmente, desde o advento da economia de mercado, os assuntos de estado moçambicano têm sido tratados como se fossem familiares, de clube de amigos, para não ir ainda muito longe. A tal confiança política levou o nosso Estado a esta situacão vergonhosa. Os que governam ou muitos dos que governam sabem o podre dos seus superiores e muitas vezes os subalternos (inferiores) são autores materiais em cumprimento do que é ditado pelos seus superiores. Quando se simula justiça, alguns autores materiais podem servir de bode expiatório. Mas atenção, a punição dos autores materiais há que ser leve e se possível sem grandes prejuízos para que eles não revelem os podres dos seus superiores.

Nota: o grande problema é muitos de nós não verem esta consequência de um estado de compadrio.

quarta-feira, junho 16, 2021

OMR: peace requires elite pacts within Frelimo and in military

Ending the Cabo Delgado war requires elite pacts between the oligarchs and big beasts in Cabo Delgado and a similar pact in the military. This implicitly recognises that that big men in Cabo Delgado must be allowed to profit from resources and big men in the military must continue to profit from commissions and contracts, but that enough money must be released to solve local grievances about jobs and to allow enough for soldiers to be fed and adequately equipped.

This is the effect of recommendations of OMR (Observatorio do Meio Rural, Rural Obsservatory) in the summary of their 1 June webinar Military insecurity and the future of gas (Portuguese and English). It is very brave putting into a publication what many people recognise - that in Mozambique today it should be accepted that the big beasts and lower level cabritos (goats) must eat, but internal agreements need to be negotiated so that profits are shared in a way that not everything is eaten.

The two final seminar recommendations are: "Realization of a regime pact that goes beyond the government and Frelimo, considering the issue of Cabo Delgado as a national imperative. Realization of a pact between military forces, listening to the different military sensitivities on issues that go beyond its sphere, openly discussing issues of income, benefits and war deals, aspects that have constituted a clear obstacle on the military front." The first is a call fro two internal negotiations, between the oligarchs and big beasts of Cabo Delgado to agree a sharing system, while also leaving something for local people and job creation. The second puts on the table "openly discussing issues of income, benefits and war deals" and thus demands an agreement between the big men in military and security of how to share commissions, while leaving enough to buy food and equipment for soldiers, and end the bigger fight between army and police. It is perhaps the first time a serious report has put on the table elite deals to regulate greed.

The seminar report also has a good short summary of global gas producers and market, Mozambique gas including Temane (Inhambane), income, and the security crisis.

Comment: a possible model  The United States has a long history of managing what some call corruption. A relevant model was Seattle on the US west coast. The city wanted an image of high morality but many of its citizens wanted entertainment, so it developed its "tolerance policy." For 50 years (1920s through 1960s) the Seattle Police Department vice squad and patrol officers collected bribes to allow activities considered "vices" to continue. Officers openly collected payments of cash from prostitues, gambling operators, bar operators who served after hours or who catered to gay and lesbian customers, etc. Money was passed up the chain of command. From the local police officer on up, each person gave half of the money they received to their superior, up to the highest level. Most important, there was an established tariff for each activity and a detailed accounting system so that no one was cheated. The bribes set were low enough to ensure that the illegal businesses remained profitable. And as it was organised by the police, it kept out mafia and other criminal protection rackets.

Because New Orleans police were low paid, they had an organised system of hiring out off-duty police for extra patrolling or as guards. In Boston planning applications had to be approved by the fire department and they were careful not to allow anything dangerous, but they would only read the application if there was a $5 note after each page.

Nor is it just the US. The UK has its "cronies list" - a list of friends of the Conservative party who have priority in winning government contracts. Many places - and aid agencies - have informal rules that 10% or 15% kickbacks on contracts are allowed.

The crisis in Cabo Delgado is caused by the free market. The big beasts and cabritos can charge anything they like and impose onerous conditions. Police and soldiers can demand money, mobile phones and sexual favours because there is no agreed tariff. And there are paralysing fights, notably between police and army, instead of cooperation.

Ending the war in Cabo Delgado means recognising and, by agreement, regulating the illegal free market. Some form of the Seattle model could be agreed. Jh

Source: Mozambique, News Reports & Clippings – 10 june 2021

quinta-feira, abril 29, 2021

President of Malawi Dr Chakwera fires labour minister, arrests officials...

Only private food is reaching Palma

Frelimo Secretary General Roque Silva and a delegation visited Palma Sunday 18 April and addressed rallies. In Quitunda, the resettlement town at the gates of Afungi, he said Frelimo was giving 20 tonnes of food. But the private businesses sending food to Palma said the 20 tonnes had been taken from their 100 tonne delivery. But there are no reports of even the 20 tonnes being distributed.

Source: Mozambique, News Reports & Clippings - 26 April 2021

segunda-feira, abril 19, 2021

Cabo Verde: MpD proclama vitória nas eleições legislativas

1. Que estratégia teve o MpD para inverter a derrota nas últimas autárquicas? Ulisses Correia e Silva deverá ser reconduzido ao cargo de primeiro-ministro.
2. Que erros cometeu o PAICV para não consolidar a vitória das últimas autárquicas?
3. Cabo-Verde sempre a surpreender-me: Presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, pedirá demissão após derrota: "Penso que na política é preciso ser coerente".

segunda-feira, abril 12, 2021

Chinese miner stopped from destroying dunes

DingSheng, the company mining the heavy sands in Chibuto, Gaza, was stopped Friday from destroying the dunes on the coast at Chongoene. The company started to dig a road from main north-south N1 road to the shoreline, and clear dunes to build a warehouse. There were protests and a video went into circulation https://bit.ly/3a3UuXX, and on Friday (9 Apr) provincial authorities told DingShen to stop.

The province notes that DingShen plans to transport minerals from Chibuto to the sea and build a dock at this location, but it has so far not even asked for permission. Flattening the dunes is a "flagrant violation of the law", it said.

Source: Mozambique, News Reports & Clippings - 11 April 2021

In Palma: 87 known dead, 15,000 displaced

87 people are known dead, "80 Mozambicans and seven white people, probably foreigners," reported MediaFax (9 Apr). This does not include bodies in fresh graves 100 metres from the Afungi Hotel. The graves were shown to TV crews on Wednesday, and police commander Pedro da Silva told TV the buried bodies were all white and thus presumed foreign, tied with the hands behind their back, and beheaded. https://bit.ly/3dObNNS His description is not confirmed, and there are not that many foreigners reported missing.

UN Migration (IOM) reported Saturday (10 Apr) that 15,179 people have been registered as displaced from Palma, including 5198 in Mueda, 3637 in Nangade, 2784 in Montepuez, and 2210 in Pemba. Many thousands of displaced are still waiting in Quitanda village, just outside the gates of the Afungi gas camp (now under the control of the Mozambican army, after Total pulled out). Some Total contractors says they have Mozambicans employees in this group, who are not being allowed into Afungi to be evacuated.

Source: Mozambique, News Reports & Clippings - 11 April 2021

sexta-feira, abril 09, 2021

Do alerta aos partidos políticos em Moçambique

 Que se registe!

Quando notámos um silêncio fúnebre dos partidos políticos e não menos do Presidente da República perante o ataque terrorista e a ocupação da vila de Palma, nós como cidadãos reagimos veementemente. Usamos o espaço a que temos acesso para repudiarmos esse silêncio. Houve, claro, aqueles que criticaram uma parte para escamotear a insensibilidade da outra. Isso também é condenável por não contribuir na construção e fortalecimento do nosso estado de direito democrático.
Felizmente, o Presidente da Renamo como o Presidente da República pronunciaram-se publicamente. Mais uma vez, não sei se é por minha distracção, mas não ouvi a reação oficial e pública do Secretário-geral do MDM que é o substituto interino do malogrado Presidente. Se não o fez, há que fazê-lo porque é antes de tudo, o porta-voz oficial dos membros e simpatizantes do partido.
Nota: acompanhei o lamentável discurso narrativo do Dércio Alfazema no programa Noite Informativa da Stv. A estratégia dele foi de pedir os últimos dois minutos para narrar o que queria sem que os colegas do painel pudessem ripostar. Alfazema criticou à Graça Machel e ao Presidente da Renamo por terem criticado o silêncio do PR e depois a minimização do ataque terrorista em Palma. Alfazema tentou justificar que o Presidente da República estava a receber informações e a espera de um evento para se pronunciar. Para Alfazema isso é normal para um chefe de Estado. Eu fiquei estupefacto.
Acho algo útil ou benéfico e que NÃO PREJUDICA à pátria que tenho dito do que sempre foi público aqui. Um governo é informado pelo que se passa no país e no mundo, 24 por 24 horas. O mesmo acontece nos partidos que se afirmam como tal.
Em caso de um acontecimento catastrófico, o governo reúne-se com os líderes dos partidos políticos para discutir sobre a reação oficial da nação. É assim que uma nação sai mais UNIDA.

domingo, abril 04, 2021

Em Páscoa vou aprovar pedidos de amizade no facebook

 Faço isto hoje e amanhã. Mais uma vez pela felicidade da Páscoa.

Coisa que tenho que fazer hoje dia da Páscoa que até nem é pedir perdão, mas mostrar respeito, é tentar aprovar pedidos de amizade. São cerca de 900 pedidos. Sei que muitos deles seguem-me e pode ser por algo alheio, mas eu não devendo legalmente a ninguém, servindo positivamente (eu) às minhas pátrias (Moçambique e Suécia, tenham certeza nisso) e se na Suécia acordo por volta das 5:00 horas para até cerca das 17 horas usando todas as foras que tenho para contribuir na continuidade de um país robusto, (não estou aqui para usufruir o estado de bem-estar social, nem isso esteve na minha cabeça quando me emigrei) para Moçambique, eu USO o tempo reservado para o repouso de um funcionário para debates. Por outro lado, os assuntos da Suécia, eu discuto com outros cidadãos suecos como eu. EU DISCUTO com os meus concidadãos suecos. Faço posts, leio posts, artigos, às vezes logos longos, livros sobre Moçambique, assisto noticiários, reportagens, debates e muito mais sobre Mocambique, fora do meu tempo laboral. É muito que custa à saúde. Calha que num intervalzinho, ou sentando no comboio ou autocarro durante o dia, eu tenha que fazer uma olhadela sobre a terra que me viu nascer. Aliás, na menor possibilidade isso não dispenso. Mas também, vezes sem conta, recebo telefonemas relativos ao serviço, planifico aulas ou corrijo trabalhos dos meus alunos até, até, até, (24...)
MUITO DITO, mas eu queria dizer que não devo a ninguém, sobretudo a quem seja útil ás nações, à integridade, à humanidade, a bem. A esses devo CORRECCÃO dos meus erros que até lhes convido nos meus posts, em comentários nos posts de meus amigos ou nos grupos que faço parte.
Nota: 1) quem provar neste post que me segue é automaticamente aprovado.
Nota: 2) Vou melhorando o texto.

sexta-feira, abril 02, 2021

Sobre quem são os insurgentes que ataca Cabo Delgado...

Por António Antique

Compatriotas, o debate actual tem sido sobre quem são os tais insurgentes, quem os financiam, quem os apoiam, como e porquê. Na minha opinião, notem que falo de minha opinião pessoal. Estou apenas a emitir a minha opinião que pode errada, mas que assumindo-me cidadão moçambicano, sindo-me obrigado a expressá-la. Com gosto, estimulo e apelo opinião contrária à minha e sobretudo aquela que estimula debate e reflexão sobre a guerra em Mocambique, sim Mocambique porque Cabo Delgado é também Mocambique.

Ora, quando o IS assume o ataque sem provar-se a sua presenca em Palma, pode ser uma das formas de atrapalhar as FDS, em particular o SISE. É uma participação directa nos ataques? Claro que é, embora indirecta. É uma guerra de propaganda. Vou dar um exemplo: Assisti uma coisa por lá em 1989 ou 1990 quando um Mig despenhou na Baía de Nacala, logo ao levantar o voo da Base Aérea de Nacala. Aquilo calhou quando eu estava em frente da Classica, ao lado funcionava a DIC e eu ia renovar o meu BI. Na manhã seguinte a Renamo assumiu que teria o abatido. Isso não era verdade e para nós em Nacala, isso não precisou de nenhum perito para concluir que o Mig não tinha sido abatido... Já ia aos detalhes que bem gosto...

Pessoalmente, acho que todas as conspirações como aquelas de que os patrocinadores são as empresas multinacionais de prospecção e extracção de gás podem somente servir para distrair-nos na procura de uma solução da guerra. Sem com isso eu esteja a dizer que isso não faca parte da guerra. Se há quem ganha por essa conspiração, então, essa constitui uma outra frente, mas que deve ser combatida por uma outra arma.
O mesmo serve em relação aos estudos. Na minha opinião, se um estudo conclui algo que move aos jovens locais a fazerem parte dos insurgentes, uma correcção imediata devia ou deve ser uma outra frente de combate aos insurgentes.

IS Palma claims are fake news

Islamic State (IS) claimed credit for the attack on Palma, but the claim is clearly fake and, indeed, it seems likely that IS was never in contact with the insurgents about Palma.

The IS-aligned AMAQ news agency issued a statement 29 March claiming that IS had attacked Palma, and destroyed government offices and banks - which by then had been in the international media. And it included the photo below:
Jasmine Opperman (@Jasminechic00), senior researcher at ACLED, says "the photo is not from Palma, but from Mocimboa da Praia in 2020. A giveaway is the foliage. It looks like they took the photo at the road close to Mocimboa da Praia airport." AMAQ has also released a video said to be Palma, but that, too, is Mocimboa da Praia....
... The 24 March attack was well planned and coordinated. Insurgents robbed three international banks and a WFP warehouse, taking 90 tonnes of food. They seized at least 80 civilian vehicles, including two fuel bowsers, and stole army munitions in the highly-coordinated attack. This should keep the insurgents supplied for he near future. (Intelyse 30 March)

People who fled to Nangage told MediaFax (30 March) that killing was not random, and insurgents targeted civil servants. Similarly, the attack on the Amarula Hotel was not to attack foreigners, but because senior government staff, including the district administrator, had taken refuge there.

terça-feira, março 30, 2021

Frelimo lost its gas gamble

 By Joseph Hanlon

Frelimo bet the country on gas - and has just lost the bet.

The Frelimo leadership was dazzled by the gas, and believed Mozambique would be like Abu Dhabi, Qatar, or Kuwait. Gas would make the elite fabulously wealthy and also trickle down to ordinary people. Poverty and inequality are increasing, but there was no reason to spend money on rural development because the gas bonanza would end poverty. Of course, the elites could take their share early, as with the $2 bn secret debt in 2012. The gas bonanza would benefit everyone by 2020, delayed to 2025, and then to 2030. The people would believe the dreams.

But in Cabo Delgado they did not, and an insurgency began in 2017 - over growing poverty and inequality, as well as political and economic exclusion. There is very broad agreement that initially al Shabaab was local people with local leadership. There is a huge debate as to whether Islamic State now controls al Shabaab, but even advocates of that view accept that IS took over an existing local insurgency. Local people saw the development of ruby mines and the initial gas development, and realised there were no jobs for them; the gas and ruby money was not trickling down to them.

Three multinational giants control the gas - ENI (Italy) the far offshore section, ExxonMobil (US) the middle section, and Total (France, taking over from Anadarko) the section closest to the coast. ENI was first to start, with a small floating gas liquification platform ordered in 2017 but not yet in operation. Total began serious work on part of its gas production and liquification plant last year.

So work has begun on only a small part of the dreamed of gas bonanza. But in the last two years, the global market picture has changed. Gas is a fossil fuel coming under environmental pressure so predictions of demand 20 years from now are falling, while Russia and Saudi Arabia have upped production to try to capture what is left of the market. Many gas projects across the world have been abandoned. Collapsing markets have already combined with security questions about Cabo Delgado. ExxonMobil has made clear it is unlikely to go ahead; ENI has said nothing about anything more than the initial floating platform.

Insurgents reached the gates of Total on New Year's eve, and Total pulled out its staff. It said it would not employ a private army for protection. The Total CEO told President Filipe Nyusi personally that Total would only return if Mozambique would guarantee security in a 25 km cordon around the gas project on the Afungi Peninsula.

Last week Nyusi staked his personal prestige and that of the nation on a promise of security. Total agreed to go back to work. Two days later insurgents occupied Palma, within the security cordon, killing contract staff working on the project. Total says work "is obviously now suspended" and will only resume when government really can provide security.

It was Nyusi's last roll of the dice. The whole gas gamble was bet on a promise of security, and Nyusi - and Mozambique - lost the bet.

Will Total return? Not in the short term. It will take perhaps two years for US, Portuguese and other trainers to create a functioning army. Total has other interests in Africa; it has only spent a small part of the $20 bn project cost, and can still walk away. Even if it returns it will demand a much more favourable deal with Mozambique. ExxonMobil has already written off $20 bn of gas assets elsewhere in the world and will not go ahead in Cabo Delgado. It looks increasingly like ENI's floating platform will be the only gas production in Mozambique.

Mozambique is waking up to the realisation that billions of dollars flowing into the state budget and local pockets was only a dream. Frelimo bet the country on that dream. And last week it lost. jh

In Mozambique, News Reports & Clippings - 30 March 2021

sábado, março 20, 2021

Comissão de Reconciliação Nacional

Fico feliz quando os meus compatriotas não levam de ânimo leve a sugestão de criação de uma Comissão de Reconciliação Nacional. Parece ter chegado o momento e não se adiará se muitos se engajar.
Contudo, há que termos em conta que enquanto os ganhos em Comissão de Reconciliação para o país serão maiores, há os que ganham muito pela sua inexistência e lutarão para que essa comissão nunca existir.

sábado, fevereiro 27, 2021

Momentos de tristeza são também momentos de reflexão

Por António A. S. Kawaria

Tendo em conta a participação massiva das cerimónias fúnebres de Mahamudo Amurane, em 2017, de Afonso Dhlakama em 2018 e de Daviz Simango, hoje 27.02.2021, antecedidas de manifestação de dor e consternação de moçambicanos dentro e fora de Mocambique, é importante reflectir sobre::

1. Se toda aquela gente, em massa, é sem cor partidária e nem linha de pertença entre oposição e partido governamental, então, os moçambicanos convivem e querem conviver entre eles; inequivocamente os moçambicanos amam o multipartidarismo, o pensar diferente.

2. Se nós moçambicanos amamos o multipartidarismo e o pensar diferente, ACHO que é legítimo questionarmo-nos sobre os promotores das brigadas de morte, em tempo de campanhas eleitorais.

3. Se as massas que participaram nas cerimónias fúnebres daqueles três políticos forem a MAIORIA QUALIFICADA (acima de 2/3, quero eu dizer) de membros e simpatizantes de partidos da oposição, então, esse é também o verdadeiro reflexo (na minha opinião) da vontade do eleitorado moçambicano.

4. Se esse for mesmo o reflexo do eleitorado moçambicano, remata-se um aviso aos organizadores das eleições. Portanto, há que evitar o LEGALISMO para esmagar a maioria. CUIDADO!

5. Se as massas participantes das três cerimónias fúnebres for de mais de dois terços (2/3) de membros e simpatizantes de partidos da oposição, é claro que é uma manifestação de perda de seus líderes e pode até ser de UM LÍDER da oposição. Sendo assim, seria falta de qualquer prudência para quem é do partido no poder, continuar com "Quem não é da F é com ele". Na minha pobre análise, os moçambicanos estão QUERENDO um verdadeiro líder da oposição e um dia vai aparecer. VAI APARECER a curto ou longo prazo!

6. Se naquelas massas há também muitos membros do partido no poder, os moçambicanos estão precisando de uma APARTIDARIZACÄO do Estado, das instituições do Estado. Obrigá-los para ter cartão dum partido é criar ou alimentar ódio com consequências incalculáveis no futuro.
...
Nota: 1) as reticências são para dizer que reflictam comigo. Acrescente ou retirem algo da minha reflexão.
2) Referi-me de três políticos e dois deles presidentes de municípios, mas eu podia também incluir morte de alguns cidadãos e activistas sociais ou simples cidadãos ao serviço do Estado Moçambicano, sobretudo desde os anos 90. Falo da manifestação de dor e consternação pela morte de Carlos Cardoso, António Siba-Siba, Gilles Cistac, Anastácio Matavele, Juma Aiuba, entre outros.

quarta-feira, fevereiro 24, 2021

Benjamina Chaves faria tudo isso sem confia impunidade?

 Os carros eram ou foram apreendidas pelo SERNIC, algumas das quais retiradas directamente dos ladrões.

Ex-directora provincial do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Benjamina Chaves, é acusada de desvio de mais de 200 viaturas é conluio com magistrados do Ministério Público e "Como moeda de troca, recebiam algumas viaturas de alta cilindrada".
Os carros eram ou foram apreendidas pelo SERNIC, algumas das quais retiradas directamente dos ladrões.

terça-feira, fevereiro 23, 2021

Quotas partidárias nas vagas públicas?

 Então, um Conselho Municipal anuncia vagas publicamente segundo rege a lei e uma organização de massas de um partido tem que ter uma quota nessas vagas?

Nota: O screemshot é do mural da Fátima Mimbire



segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Descanse em paz companheiro Daviz (1)


Não sou pessoa de muitos formalismos. Isso até pode ser um meu lado fraco. Daviz aceitava essa minha maneira de ser. Lhe chamava de companheiro Daviz e me correspondia com sorriso e abraço: companheiro Antonio ou simplesmente António.

Portanto, enquanto partidários, nunca o chamei de Excelência Presidente do MDM porque sei que isso não existe.
Descanse em paz companheiro
A foto é da STV

segunda-feira, fevereiro 08, 2021

Bullying racista e xenófobo - Marcolino Moco

 "O jurista e antigo primeiro-ministro Marcolino Moco insurgiu-se contra o que chamou de “bullying racista e xenófobo” à volta do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, e usou a sua conta no facebook para defender “uma clarificação dos conceitos de angolanidade e cidadania angolana”. In VOA

Tenho dito que um dos grandes problemas com grande parte dos partidários no poder em muitos países africanos é o extremismo e recurso à xenofobia. Para eles os que fazem parte, os membros e simpatizantes dos partidos no poder são os únicos patriotas, cidadãos com "agendas nacionais". É que se os partidos no poder fossem a pátria. Mas a questão quem são na verdade os que roubam nos seus países?

https://www.voaportugues.com/a/personalidades-angolanas-atacam-refer%C3%AAncia-do-mpla-ao-l%C3%ADder-da-unita-como-estrangeiro/5769613.html


sábado, fevereiro 06, 2021

A questão dos extremos - africanistas vs extrema-direita

 Na minha constatação, ainda que possa ser errada, os "africanistas" são iguais aos da extrema direita da Europa.

Parece que nós africanos, e infelizmente a camada juvenil africana em geral e moçambicana em particular, UMA EXTREMA, estar sedente por guerra fria, aquela que para nós mais velhos não nos deixa com saudades. Isso por um lado.
Por outro lado, parece estarmos com um movimento juvenil africano extremista correspondente ao dos países europeus. Observem que aqui não falo de Ocidente onde este movimento é combatido. Nos antigos países socialistas o movimento dos extremistas é mais aberto e perigoso.
O grande problema de África é de os mais velhos conscientes do perigo do movimento "africanista" pela semelhança da guerra fria, se aproveitam dele para chegarem ao poder ou se manterem nele. Muitos dos "africanistas" são bracos dos partidos no poder, exceptuando na África do Sul. Mas o caso da África do Sul é bem conhecido. Se Julius Malema fosse mocambicano, teria continuado na FRELIMO.
Nota: Tudo isto vem a propósito de apoio de muitos jovens ao Presidente da Tanzania na sua postura sobre a Covid-19.

Recolher obrigatório nas cidades de Maputo e Matola vs agentes da polícia assassinos

Não há nenhuma explicação que agentes da polícia levem uma cidadã da sua barraca, em nome de recolher obrigatório, para assassiná-la. Minhas condolências à família enlutada.

1. Se é na sua barraca significa que a cidadã tinha identificacão e se havia cometido alguma infracão, ela podia ser julgada em tribunal e não merecia uma execucão extrajudicial.

2. Se não apenas um agente mas dois ou mais que assassinaram a cidadã e nenhum deles denunciou, eu suspeito que esses agentes estavam no seu modus operandi.

3. Enfim, o recolher obrigatório nas cidades de Maputo e Matola podia ter uma vantagem sob ponto de vista da segurança dos cidadãos, mas parece que é contrário.

sexta-feira, fevereiro 05, 2021

Ainda sobre o clubismo e nepotismo no Porto de Nacala

Os nepotistas que abocanharam o Porto de Nacala estão usando uma táctica apelidando de tribalistas os seus críticos. Afinal quem são os tribalistas?

1. É normal que numa empresa de infrastruturas públicas como o Porto de Nacala, e, num país com cerca de 27 milhões de habitantes, de há mais de 40 anos de independência, como muitos quadros com experiência, a sucessão de directores seja entre familiares? Afinal o Porto de Nacala é uma empresa familiar?

2. Como é possível aceitar que vagas de simples conferente de contentores sejam preenchidas por familiares (sobrinhos e primos) de chefes a partir de fora de Nacala ou mesmo província de Nampula? É para considerarmos isso de normal?

3. Não basta que a Frelimo exclua quem não é da Frelimo, mas também os que não são familiares dos chefes e do grande chefe?

4. Que fique claro, que nós e eu em particular sabemos que Agostinho Francisco Langa Júnior é um pau mandado. O dono do jogo é o chefe dele. Langa Jr como não é burro, tira proveito disso.

Nota: a) Não reclamávamos o mesmo quando o regime colonial trazia portugueses de Portugal para ocupar vaga em detrimento de um negro mocambicano? Éramos racistas por reclamarmos isso e até nos levar a uma luta armada para acabarmos com isso?

António A.S. Kawaria

quinta-feira, fevereiro 04, 2021

Democracia recua em África, Angola, Mocambique e Guiné-Bissau no grupo de regimes totalitários

Índice de Democracia 2020 da The Economist Intelligence Unit revela que Cabo Verde é o único lusófono com democracia e que houve retrocesso em todo o mundo…

Cabo Verde integra o grupo de seis “democracias imperfeitas”, juntamente com Botswana, África do Sul, Namíbia, Gana e Lesoto.

No lado oposto do Índice, estão 24 regimes totalitários, entre eles Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, grupo do qual constam este ano Mali e Burkina Faso.

Ler: https://www.voaportugues.com/a/democracia-recua-em-%C3%A1frica-angola-mocambique-e-guin%C3%A9-bissau-no-grupo-de-regimes-totalit%C3%A1rios/5763211.html


terça-feira, fevereiro 02, 2021

French navy already patrolling Mozambique Channel

 The French frigate Nivôse is already patrolling the Mozambique coast and on 24 January captured a dhow with 417 kg of methamphetamine and 27 kg of heroin, according to press in France, Reunion and Mayotte (26 Jan). The frigate carries a Panther helicopter which was used to stop the dhow.

Last October (this newsletter 504, 22 Oct) we reported that crystal meth is now being produced in Afghanistan and shipped via Mozambique along with the heroin. A common shrub known locally as oman that grows abundantly across northern and central Afghanistan contains a naturally occurring form of ephedrine, a key precursor required to produce methamphetamine. This lowered production costs, allowed local production of high quality crystal meth, and provides an important new income for Afghan peasant farmers.


Source: Mozambique News reports & clippings, 519 - 28 January 2021

segunda-feira, fevereiro 01, 2021

Privinvest informa ao tribunal inglês que pagou milhões de dólares a Filipe Nyusi, Manuel Chang e ao partido Frelimo

 A Privinvest – empresa que vendeu equipamentos e serviços de protecção costeira ao Governo moçambicano entre 2013 e 2014 – confessou que pagou um milhão de dólares a Filipe Nyusi, sete milhões de dólares a Manuel Chang e 10 milhões de dólares ao partido Frelimo, numa longa lista de altas hierarquias do Estado que receberam dinheiro ilícito das dívidas ocultas que afundaram o País. (CIP)
Ler na íntegra aqui: 

John Magufuli arrisca as vidas dos tanzanianos

Hoje em conversa com uma cidadã do país vizinho cujo Presidente nega a existência coronavirus. Ela acaba de regressar desse país vizinho e irmão.

Ela: ali está-se a morrer de verdade e a continuar a postura do presidente não se pode saber a consequência final. Ela continua, o pior é que muitos tanzanianos acreditam no que o presidente diz e não tomam nenhuma cautela.
Ainda segundo ela, testes só se fazem em hospitais públicos e os resultados são sempre negativos, mas muitos que de lá saem e fazem testes noutro país, podem ter resultados positivos.
Nota: sempre pensei que os ministros eram mais conselheiros dum Presidente da República porque eles se nomeiam por conhecerem bem a área. Contudo, pelo que se diz, na Tanzânia é o Presidente que aconselha o ministro da saúde... E se fosse no Brasil, com certeza o ministro se demitia.

domingo, janeiro 24, 2021

Will this trigger middle class worries?

By Joseph Hanlon

One of Frelimo's essential successes has been to keep the Maputo middle class satisfied, and thus able to ignore the war in Cabo Delgado, greed and poverty. The middle class sends their children to private schools and uses private health facilities, and has cars (even if only second hand imported Japanese ones) and water tanks to cover water rationing, as well as generators in case of electricity cuts - thus able to pump water into the tanks. So the Maputo middle class is not affected by declining quality of education or the increasing water shortages.

But in the past week the number of Covid-19 cases hospitalised in Maputo city has jumped from 120 to 192, with 51 people admitted to hospital in Maputo in the 24 hours to this morning. Both private and public hospitals are now full. Maputo central hospital has to put up tents for Covid-19 patients.

"Have you noticed that elites, including political leaders, are being ravaged by Covid 19? That these elites cannot find beds in private sector clinics? That these clinics are charging astronomical sums in deposits, up front (another deregulated jungle, this one)?," asks Marcelo Mosse, editor of Carta de Mocambique.

Will the Maputo middle classes suddenly notice that in a pandemic their health and survival depends on a public sector, which they have allowed to be run down, assuming only the poor would suffer. jh