A responsabilidade social da Indústria Extractiva em Moçambique carece de
estratégias, politicas, legislação e regulamentos específicos do Governo, onde
são identificadas as suas áreas de actuação.
A questão da responsabilidade da indústria extractiva resulta das recentes
descobertas de hidrocarbonetos na Bacia do Rovuma, norte do país, e as grandes
reservas carboníferas na província central de Tete.
O assunto foi tónica dominante de um encontro havido hoje em Maputo,
visando debater os aspectos ligados as políticas de responsabilidade social, a
sua contribuição para melhorar o desenvolvimento social, humano, técnico,
económico, nas áreas onde as empresas têm impacto, garantindo o bem-estar nas
comunidades.
O encontro, cujo lema foi “Recursos Minerais rumo ao Desenvolvimento
Socio-Económico”, organizado pelo Ministério dos Recursos Minerais (MIREM) e
financiado pelo Canadá, trouxe ao mesmo átrio empresários e académicos para
reflectir sobre o assunto.
Na óptica do académico Firmino Mucavel, presente na reunião, há uma
necessidade de formular normas, procedimentos, valores locais sobre como
desenvolver as instituições locais, trazendo elementos normativos, tendo em
conto o desenvolvimento de acordo com os contextos.
“Temos de responder as expectativas tendo em conta as diferentes tipologias
de empresas e coordenar os estudos com as instituições de investigação, de
ensino básico, médio ou superior, equacionando com a leitura de outros estudos
feitos anteriormente” disse Mucavele.
No entanto, um estudo feito 2011 junto de 10 empresas com licença para
operar no ramo extractivo, das quais seis na área de mineração e quatro na área
de hidrocarbonetos, mostra que 66 por centos da sociedade solicita serviços
ligados a construção civil, transportes, combustível.
João Viseu, porta-voz do encontro, apontou como desafios para o sector
privado, a falta de quadros nacionais qualificados para resolver os problemas
das empresas bem como a falta de entendimento dos operários para melhor uso de
equipamento de segurança no trabalho.
Fonte: Rádio Moçambique – 11.07.2012
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