segunda-feira, dezembro 21, 2020
segunda-feira, dezembro 07, 2020
Visão de Samora Machel sobre a Polícia (Repeticão)
O polícia deve ser um elemento político, altamente educado e cortês. Sabem o que é cortesia? (Não!) Vou dar um exemplo: um polícia não pode dar um pontapé a ninguém! (RISOS E APLAUSOS). O polícia que dá um pontapé a um cidadão, e particularmente a uma senhora ou a um jovem, não tem ética, não tem brio profissional, não respeita a farda que enverga, não dignifica o seu boné que tem o emblema da República Popular de Moçambique. (APLAUSOS MUITO PROLONGADOS). Esse polícia não sabe o que representa a farda que enverga.
Um polícia espancar as
pessoas é o cúmulo da vergonha! (APLAUSOS). Este elemento não serve para a
estrutura do Estado. Ele, embora fardado, não representa o nosso poder popular.
A Polícia no nosso
País chama-se Polícia Popular de Moçambique. É
popular porque não é uma elite, vem de vocês, do povo.
O nosso polícia não
tem privilégios. O seu privilégio é servir bem a República Popular de
Moçambique, é zelar pela aplicação da Constituição, é fazer respeitar as leis,
educar os cidadãos.
Para o nosso polícia,
o estudo, a educação, a aprendizagem, devem ser permanentes. Ele deve aprender
constantemente a evolução da ciência da Polícia, de todo o Mundo. O polícia
deve preocupar-se em conhecer as leis para as fazer respeitar, conhecer a
Constituição para a saber defender. Ele deve respeitar o sofrimento dos outros.
Deve saber representar a autoridade, representar o vosso poder, o poder
popular, este poder do nosso povo do Rovuma ao Maputo, que muito lutou para o
conquistar.
Mas, o que assistimos
hoje é o contrário do que acabei de dizer. Em todas as nossas cidades, a
Polícia comporta-se pior que a Polícia colonial! (RISOS E APLAUSOS MUITO
PROLONGADOS).
A Polícia, no mundo, é assim: não vive confortavelmente, renuncia ao conforto. O polícia não deve ter uma cama com um colchão fofo. Todos eles dormem numa tarimba, mesmo o Comandante. O Comandante-Geral da Polícia, em toda a parte do Mundo, dorme na tarimba para ter sempre a coluna vertebral bem esticada! (RISOS E APLAUSOS PROLONGADOS). É que o colchão de luxo dobra a coluna, e então, o polícia dobra a farda, dobra o poder também! Se o polícia anda com as costas curvadas, que polícia é este? Que imagem nos transmite?
O polícia que anda com as pernas tortas, esse não é polícia. O polícia que mete o dedo no nariz e limpa o dedo na farda, não é polícia! (APLAUSOS PROLONGADOS E RISOS).
O polícia anda sempre
com a coluna vertebral bem esticada, com um passo bem cadenciado! Esse, sim, é
um polícia!
Estes são problemas
nossos. Por que é que temos polícias assim? Porque não seleccionamos, porque
produzimos polícias em série, como se estivéssemos na época dos fenícios!
(RISOS E APLAUSOS PROLONGADOS).
Os elementos que vão
para a Polícia devem ser bem seleccionados, devem revelar boas qualidades,
devem ser inteligentes e bem constituídos fisicamente. Devem ter, pelo menos,
1,75 metro de altura, para representarem com evidência a autoridade. Imaginem:
se o polícia tem só 1 metro e meio, como vai pedir a documentação a um cidadão
com 1 metro e oitenta de altura? (RISOS E APLAUSOS)."
sexta-feira, dezembro 04, 2020
30 anos de democracia em Mocambique
A celebração de 30 anos da democracia em Moçambique tem que ser feita por uma reflexão profunda por cada moçambicano que se reconheça cidadão.
Os debates deviam se fazer não apenas nas televisões, mas também em locais como escolas porque lá estão os jovens e por lá todos os cidadãos passam e moldam a sua consciência de cidadania.
quinta-feira, novembro 26, 2020
A vida e obra do revolucionário Jerry John Rawlings
Jeremiah (Jerry) John Rawlings nasceu em 22 de junho de 1947 em Accra, na Gold Coast (hoje Gana), uma colônia britânica. Seus pais são Victoria Agbotui, nativa, e James Ramsey John, um químico de Castle Douglas, Escócia.
James Ramsey John era casado com outra pessoa na Inglaterra, com uma família que vivia em Newcastle e Londres. Rawlings frequenta a Escola Achimota em Accra. Ele é o único filho de sua mãe, ela própria de grupos étnicos, os Nzema e Ewe, de baixa importância numérica. Essa falta de uma linhagem importante provou ser uma vantagem política para Rawlings, pois o libertou das pressões familiares e tribais. Rawlings se casa com Nana Konadu Agyeman, que conhece no Achimota College. Eles têm três filhas.
Em 1968, ele ingressou na academia militar ganense em Teshie. Tendo se tornado um tenente voador na Força Aérea de Gana, Jerry Rawlings liderou uma primeira tentativa de golpe em 15 de maio de 1979. Sua tentativa falhou. Ele está parado. Três semanas depois, libertado por outros oficiais, ele organizou um novo golpe em 4 de junho de 1979, que derrubou o regime de Fred Akuffo e o levou ao poder. Em 24 de setembro de 1979, ele cedeu o poder a um governo civil, liderado pelo presidente Limann.
Insatisfeito com o poder civil, que considera corrupto, ele recupera o controle do país em 31 de dezembro de 1981 com um novo golpe de Estado que derruba o regime de Limann. Ele então se tornou o presidente do Conselho Provisório de Defesa Nacional. Em 1992, Rawlings renunciou ao exército, estabeleceu um sistema multipartidário e fundou o Congresso Nacional Democrático. Ele compromete o país com um processo de democratização. Não pretende ser marxismo ou capitalismo, mas, diante de uma crise econômica, aplica a partir de 1983 uma política econômica liberal, respondendo aos anseios do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
Foi eleito presidente em 7 de dezembro de 1992 e assumiu o cargo em 7 de janeiro de 1993. A IV (Quarta) República de Gana foi proclamada. Em 7 de dezembro de 1996, foi reeleito Presidente da República de Gana. Iniciou seu segundo mandato em 7 de janeiro de 1997. Após dois mandatos, limite previsto pela Constituição de Gana, Rawlings endossou a candidatura de seu vice-presidente, John Atta Mills, à presidência em 2000, em nome de seu partido. Mas em 7 de dezembro de 2000, o candidato da oposição do Novo Partido Patriótico (NPP), John Kufuor, foi eleito presidente. A alternância foi pacífica, Rawlings por sua vez foi para a oposição. Em 28 de dezembro de 2008, o candidato do Congresso Nacional Democrata John Atta-Mills foi eleito presidente desta vez, marcando uma nova alternância política. Mais uma vez, essa alternância é pacífica.
Ele morreu em 12 de novembro de 2020, de uma curta doença, em um hospital em Accra, aos 73 anos, deixando para trás 5 filhos e um povo afetado de Gana. Fontes não oficiais atribuem a causa de sua morte ao COVID-19. Como um lembrete, ele havia enterrado sua mãe algumas semanas antes. Sua esposa, Nana Konadu Agyeman Rawlings, 72, é candidata às eleições presidenciais de dezembro de 2020 em Gana, em nome do Partido Democrático Nacional (NDP).
Fonte: Retido na sua íntegra do https://pt.teles-relay.com/2020/11/13/la-vie-et-loeuvre-du-revolutionnaire-jerry-john-rawlings/
Ou https://pt.teles-relay.com/2020/11/13/la-vie-et-loeuvre-du-revolutionnaire-jerry-john-rawlings/Teles & Relay (
quarta-feira, novembro 25, 2020
AINDA SOBRE A NOMEAÇÃO DE UM MEMBRO DE PARTIDO DA OPOSICÃO (RENAMO) A MINISTRO DO GOVERNO DA FRELIMO
Voltando a este assunto e é mesmo aqui onde eu queria chegar. Muitas vezes não percebo é de como concidadãos académicos acham que a nomeação de um membro de um partido da oposicão a MINISTRO é sinal de despartidarização do Estado. Não percebo a base dessa convicção. Eu nunca acreditei sequer de um governo da unidade nacional como qualquer caminho para o fortalecimento de um estado de direito democrático. Ministro é um posto político e este é reservado ao partido que governa que vai fazer com o seu manifesto. Em todos estados democráticos é assim. Isto é diferente dos demais postos, que são ténicos ou administrativos como PCA, directores de instituicões públicas, chefes de departamentos de todos os níveis, reitores, etc, etc, Muitos dessses postos, em países democráticos são por concurso público. SIMPLES COMO É.
sábado, novembro 21, 2020
domingo, agosto 23, 2020
Discurso do Papa aos jovens moçambicanos - texto integral
domingo, julho 26, 2020
União Africana (UA) versus Democracia
domingo, julho 05, 2020
Reflectindo sobre a guerra em Cabo Delgado
sábado, maio 16, 2020
O guião para a negação
terça-feira, abril 07, 2020
Passividade e propaganda em Mocimboa da Praia
Depois de escutar áudios nos grupos das redes sociais como whatsapp, ler e ver vídeos em certos murais do facebook como Pinnacle News e Carta de Mocambique, tenho constantemente aberto os sites dos jornais tradicionais como o Jornal de Notícias, Domingo e O País, e nas noites assistir a TVM e STV, para certificar sobre os conteúdos relativos aos ataques dos insurgentes em Cabo Delgado.
Voz da Guizumba era o termo dado pelo governo para que ninguém gostasse de ouvi-la, porQue era a uma voz da "hiena". Mas o que realmente acontecia? Todos nós corriamos para a Voz de África Livre quando fossem às 20 horas.
Ainda bem, que as redes sociais agora não estejam ao servico dos insurgentes ou pelo menos eu assim não creia. Antes pelo contrário, creio que as redes sociais, pretendem contribuir na alerta das FDS e á populacão em geral para tomar posicão e preocacões. Se será que este papel das redes sociais é capitalizado pelas FDS? E se não se faz, porque será?
sábado, março 07, 2020
Eleições em África são uma mera formalidade, segundo o ativista dos direitos humanos
Segundo Tsonga, o sufrágio universal na maioria dos países africanos carateriza-se pela negação, muitas vezes violenta, do direito da população à livre escolha dos seus governantes.
"Geralmente, quem nos governa não é quem escolhemos, é quem tem as forças de segurança e os recursos do Estado para se perpetuar no poder", referiu Tsonga.
Como resultado da viciação dos processos eleitorais, prosseguiu, vários Estados africanos são dirigidos por "elites predadoras e antidemocráticas", que delapidam os recursos dos países.
"Nuns casos, são elites predadoras e antidemocráticas indiferentes ao desenvolvimento dos seus países, como é o caso do Zimbabué, noutros casos são elites antidemocráticas, mas que promovem o desenvolvimento dos seus países, como é o caso do Ruanda", disse.
Citando diversos estudos, Arnold Tsonga assinalou que há uma aliança entre os grupos que controlam o poder político em África e os investidores estrangeiros, que resulta numa sangria dos recursos naturais do continente.
O presidente da Rede dos Defensores dos Direitos Humanos da África Austral referiu que para manterem os seus privilégios, as cliques que estão no poder intensificam o controlo das forças de defesa e segurança, do judiciário e do setor empresarial.
Nesse contexto, prosseguiu, as eleições são usadas como um expediente para legitimar oligarquias
"Enquanto não tivermos uma cultura de alternância política por meios democráticos, a vida dos defensores dos direitos humanos e as liberdades duramente conquistadas estarão sempre em perigo", defendeu.
Fonte: Notícias Sapo - 07.03.2020