Moçambique vai beneficiar da ajuda da República Popular da China para a
definição de novas fórmulas e políticas para combater a pobreza, que afecta
mais do que a metade dos moçambicanos.
Com base nos
acordos bilaterais de cooperação, os dois países lançaram nesta segunda-feira
um Centro para a Cooperação na Redução da Pobreza, uma unidade cuja missão será
a elaboração de pesquisas e recomendações de políticas para combater a pobreza.
“Com o apoio da
companhia Kingho, uma empresa chinesa que tem participações aqui no país, o
centro vai tratar de questões ligadas a investigação e pesquisa e propor
medidas concretas para a redução da pobreza”, disse o Ministro da
Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, durante a cerimónia que marcou
o lançamento do centro.
Nos últimos dez
anos, o governo já implementou duas versões de estratégias de redução da
pobreza, contudo, os resultados continuam a ser questionados.
É que apesar dos
altos níveis de crescimento económico, considerados exemplares ao nível
mundial, em muitos pontos do país ainda há pessoas com problemas de comida,
habitação e assistência médica básica.
O Conselheiro do
Estado da República Popular da China ao nível do Gabinete de Combate a Pobreza,
Fan Xiaojian, disse que o seu país vai trazer a Moçambique, as experiências do
seu país, baseadas nos resultados já alcançados, como resultado das estratégias
e políticas para a redução da pobreza rural.
“Nós lutamos com
uma dureza extraordinária e conseguimos encontrar um caminho para a redução da
pobreza nas áreas rurais e é isso que queremos partilhar com Moçambique”, disse
o representante do governo chinês, na abertura de um “Seminário sobre as
Políticas de Redução da Pobreza em Moçambique e na China”.
A China tem sido o
principal parceiro económico de Moçambique dos últimos anos, e só nos últimos
dez dias já anunciou a disponibilização de créditos acima de dois mil milhões
de dólares, maioritariamente, para financiamento de infra-estruturas.
Fonte: Rádio Mocambique - 23.07.2012
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Questionado sobre o custo do projecto, Fan explicou “segundo o nosso plano actual, em três anos serão investidos serão investidos cerca de 7,5 milhões de yuans renmimbis, uma soma que corresponde a pouco mais de um milhão de dólares americanos”. ( AIM – 23.07.2012)
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