Orçamento vai à rectificação para acomodar acordo entre o governo e a Renamo. As contas estão feitas: a nova CNE e o novo STAE custam 35 milhões de dólares e empregam mais de 3 000 pessoas, divididas entre membros da Frelimo, Renamo e MDM.
O Ministério das Finanças está a concluir a proposta de revisão do Orçamento de Estado para 2014, mas os cálculos do custo da nova Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do novo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) estão fechados. São 35 milhões de dólares norte-americanos por ano para pagar salários e outras regalias aos novos funcionários da máquina pública.
Passam a ser funcionários do Aparelho do Estado mais de três mil pessoas divididas entre os partidos políticos com lugares na Assembleia da República, nomeadamente, a Frelimo, a Renamo e o MDM.
O director nacional do Orçamento, Rogério Nkomo, que revelou a informação no programa televisivo “O País Económico”, explicou ainda que o número de funcionários vai subir durante o período das eleições, uma vez que o acordo político entre o governo e a Renamo estabelece que parte dos funcionários operacionais seja também representante pelos partidos políticos. Trata-se de contratações de membros dos partidos que serão feitas durante o processo eleitoral, que vai do anúncio do recenseamento à eleição.
Reflectindo: Eu diria o preço das Fernandas Moçambique. Se durante os mais de 20 anos de processo de democrático a Frelimo mostrasse que não faz batota teriamos tido órgãos eleitorais profissionalizados e ninguém teria argumento que convencesse para estes serem partidarizados.