O adjunto Comissário da Polícia da República de Moçambique, Carlos Rungo, desmentiu informações que afirmam que o seu filho está a contas com as autoridades policiais em conexão com a onda de sequestros que recentemente abalaram o país.
Em declarações ao semanário Savana, Rungo foi peremptório, dizendo que o filho, estudante de Direito, “nunca foi detido e muito menos notificado pela polícia por qualquer que seja o motivo”.
O porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, anunciou na passa terça-feira, a detenção de cinco indivíduos supostamente envolvidos na onda de sequestros que ocorreram nos últimos meses nas cidades de Maputo e Matola.
Segundo Cossa, um dos detidos é filho de um oficial superior da PRM cuja identidade não foi revelada. Porém, um semanário que se publica em Maputo, avançou com o nome de Carlitos Carlos Rungo, filho de Carlos Rungo, antigo director nacional da Polícia de Investigação Criminal.
Carlos Rungo, citado pelo Savana, considera que o artigo que liga o seu filho à onda de sequestros, não passa de uma campanha de difamação à sua pessoa, pondo em causa a sua carreira policial de 37 anos.
O oficial superior da PRM acha que houve má-fé da parte do jornal que publicou a informação, porque, na sua óptica, ele ou seu filho deviam ter sido ouvidos sobre o assunto.
“O mais grave é que o referido jornal diz que viu o meu filho numa das casas de pasto da cidade. Porque então não procurou ouvir dele o que estava a acontecer? O jornal não falou com o meu filho e muito menos comigo”, esclareceu Rungo.
Sobre os motivos por detrás destas notícias, Carlos Rungo, que é adjunto Comissário da Polícia, não põe de lado a eventualidade de se estar perante uma campanha difamatória tendo como origem a corporação policial, sustentando que num passado recente foi vítima de cabalas internas visando desacreditar a sua competência quando dirigia a investigação criminal.
Rungo disse ao semanário Savana que cabe agora à justiça dar o devido tratamento ao assunto porque, no seu entender, “há que se repor a verdade, porque o meu nome, do meu filho e da minha família foram manchados”.
Fonte: Rádio Mocambique - 21.07.2012
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