A Ásia poderá vir a ser o principal destino para o gás natural descoberto
na bacia sedimentar do Rovuma, em Cabo Delgado, cujas reservas de 100 biliões
de pés cúbicos deverão começar a ser exploradas em 2018, disse recentemente em Nampula
a ministra dos Recursos Minerais de Moçambique.
Citada pelo matutino Notícias, de Maputo, a ministra Esperança Bias disse
ainda que enquanto os mercados asiáticos oferecem 13 dólares por quilojoule a
Europa oferece apenas 8 dólares, preços que se deverão manter tendo em atenção
a procura pelo produto registada nos países asiáticos.
A ministra adiantou que países como a Coreia do Sul, cuja empresa Kogas é
um das maiores compradores de gás natural do mundo, pretendem estabelecer
acordos a nível governamental com Moçambique a fim de participarem na
exploração daquele recurso.
A Kogas está presente nas operações de pesquisa de gás em curso na bacia do
Rovuma no âmbito de uma parceria com a multinacional italiana ENI, que é também
a maior distribuidora de gás natural na Europa.
Dados disponíveis indicam que de Janeiro a Maio do ano em curso as empresas
envolvidas nos trabalhos de prospecção do gás natural na bacia do Rovuma,
localizada na província setentrional de Cabo Delgado, descobriram mais de 100
biliões de pés cúbicos de gás.
Além das empresas italiana ENI e a norte-americana Anadarko Petroleum,
também operam na bacia do Rovuma outras multinacionais, como a Petronas da
Malásia e Statoil da Noruega.
Estas duas últimas companhias preparam-se actualmente para iniciarem dentro
dos próximos meses furos que poderão ditar novas descobertas de gás ou petróleo
na bacia do Rovuma.
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