A futura linha-férrea que vai ligar o Porto moçambicano de Nacala,
província nortenha de Nampula, e a região central carbonífera de Moatize, em
Tete, que está a ser concebida basicamente para a exportação de carvão via
marítima, também será usada para o transporte de passageiros e carga diversa,
segundo garante a Vale Moçambique.
A garantia foi feita esta quinta-feira, em Nacala-a-Velha, pelo director-geral da empresa carbonífera Vale Moçambique, Ricardo Saad, perante o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, numa curta apresentação do projecto da construção deste importante caminho de ferro.
Saad referiu que a inclusão do transporte de passageiros e carga faz parte da responsabilidade social da empresa.
Esta linha-férrea terá uma extensão de 912 quilómetros, passando pelo
Malawi.
Basicamente, as obras consistirão da reabilitação da linha-férrea Nacala-Entre Lagos, província nortenha do Niassa (684 quilómetros) e a construção de raiz de um ramal que ligará Moatize ao Malawi.
Esta linha-férrea é parte de um projecto global que inclui a construção de raiz de um terminal de carvão na baía de Nacala, no valor total de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos.
Esta infra-estrutura terá uma capacidade de escoar cerca de 30 milhões de toneladas de carvão por ano.
Grande parte do carvão será exportada para China e Índia.
Saad referiu que este projecto possui licença ambiental aprovada pelas autoridades moçambicanas. “Este empreendimento está inserido naquele que é considerado um dos melhores portos de África Oriental pela profundidade das suas águas e protecção natural garantida pela baía, o que permitirá uma operação segura”, disse Saad.
O terminal de carvão está inserido na chamada Zona Económica Especial de Nacala (ZEEN) beneficiando por isso de incentivos fiscais e não fiscais, nomeadamente isenção de pagamento de impostos na importação de materiais de construção, equipamento acessórios, peças e outros bens.
Fonte: AIM – 13.07.2012
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