A presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), Maria Alice
Mabote, defende a necessidade de o partido Movimento Democrático de Moçambique
(MDM) promover maior formação da opinião pública para transmitir conhecimentos
relacionados com o processo eleitoral e saber exigir o cumprimento dos
manifestos eleitorais por parte dos partidos vencedores. Mabote manifestou esta
convicção na expectativa de se tentar evitar a manipulação dos eleitores pelo
partido no poder.
Aquela representante da sociedade civil que falava em Nampula no último
sábado(21) no decurso do seminário regional-norte de formação de quadros do MDM
em matérias de processos eleitorais, informação e marketing político, disse que
aquela formação política deve desde já iniciar a traçar novas estratégias,
porque segundo suas palavras, a população está cansada com as falsidades da
Frelimo e apenas olha para o MDM como o único partido capaz de mudar o actual
sistema de governação em que verifica-se total exclusão das comunidades nas
oportunidades de desenvolvimento.
A fonte afirmou que a participação vitoriosa do MDM nas autarquias do
próximo ano constitui factor determinante para Dvis Simango poder atingir a
ponta-vermelha. E para a concretização deste propósito, Alice Mabote instou os
dirigentes do partido ao nível da base a fazer a integração de toda a camada
social, sobretudo os intelectuais, camponeses, jovens (mulheres) e garantir
para que todos estejam envolvidos na materialização dos objectivos. “A integração
da mulher nos partidos políticos não deve ser uma miragem, pois os homens são
os primeiros prostitutos”, precisou.
Acrescentou que a comissão política deve estudar bem a questão de se
candidatar para as presidenciais. Se acharem que não será possível vencer as
eleições colocando Davis Simango como candidato, então há necessidade de se
escolher outra pessoa com uma credibilidade no seio da sociedade. E para
garantir essa credibilidade no seio da sociedade, comunidade internacional e os
doares apelou a prestação de contas através da auditoria interna e elaboração
de plano estratégico anual. “O que interessa aos moçambicanos é apenas a
mudança do sistema de governação”, explicou Alice Mabote referindo que a nível
da base deve haver pouca realização de comícios populares, mas sim de um
movimento que apelidou de “corrente de seis pessoas” que consiste em formar uma
ramificação de membros onde cada um tem o dever de mobilizar mais seis pessoas
de modo a garantir o seu voto ao candidato do MDM.
E para tal, é necessário realizar a educação cívica destinada aos cidaãos e
defender os seus direitos em casos de eventual violação por parte do Estado e
essa é única maneira de os partidos políticos serem conhecidos como entidades
que lutam pela causa da sociedade. Mabote deu a entender que a Frelimo tem
todos os meios para a realização da educação cívica, igualmente, transmitindo
informações sobre as suas actividades enganando a população que tudo que está a
fazer é certo. Por exemplo, referiu-se da presidência aberta de Armando
Guebuza, onde é usado o dinheiro do Estado para a realização de actividades
políticas. Por outro lado, aquele representante da sociedade civil disse que o
MDM continua a perder tempo em terrenos improdutivos, como a cidade de Pemba,
onde os camaradas não iriam entregar as pastas devido a história que a região
detém.
Fonte: @Verdade – 23.07.2012
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