A primeira
exportação de minério de ferro produzido no distrito de Lalaua, província de
Nampula, terá lugar até ao final do ano, tendo como destino a China, com o
primeiro lote a ser constituído por cerca de 28 mil toneladas de magnetite de
ferro.
A concretizar-se, a exportação
marcará a entrada de Moçambique no mercado mundial do minério de ferro, um
produto com aplicação na indústria siderúrgica.
Rui Pinto, gestor da Damodar
Ferro Limitada, empresa de capitais indianos, disse que aquela firma está
actualmente empenhada no escoamento da produção, estimada em 23 mil toneladas
daquele produto.
De acordo com a fonte, cerca de
20 mil toneladas de minério de ferro encontram-se na zona mineira de Namarrepo
2, enquanto outras três mil toneladas estão acondicionadas na estação
ferroviária de Iapala, distrito de Ribáuè, onde funciona a logística do
empreendimento.
Os volumes do minério
armazenado na mina e no estaleiro de Iapala crescem continuamente, pois a
produção não tem registado interrupções. A capacidade instalada é de 75
toneladas por hora. Entretanto, a exiguidade de
equipamentos ferroviários, nomeadamente locomotivas e vagões apropriados para o
transporte de magnetite no Corredor de Desenvolvimento do Norte está a
comprometer o cumprimento das metas de escoamento da produção para o Porto de
Nacala a partir da estação ferroviária de Iapala.
A firma que explora as minas de
Lalaua equacionou a montagem de uma indústria local de processamento, ideia,
entretanto, posta de lado devido às limitações dos jazigos.
Outros dados referem que a
Damodar Ferro Limitada vai submeter nos próximos dias junto do Ministério dos
Recursos Minerais a documentação necessária para obtenção de autorização
visando a realização de pesquisas nos distritos de Memba e Alto Molócue nas
províncias de Nampula e Zambézia, onde há indícios de ocorrência de reservas de
minério de ferro.
A ministra do pelouro,
Esperança Bias, que visitou o empreendimento semana passada, sossegou à Damodar
Ferro Limitada que se a documentação entrar no seu gabinete terá o devido
encaminhamento, pois a prioridade é explorar os recursos naturais existentes,
mas de forma sustentável.
Fonte: Rádio
Moçambique – 17.07.2012
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