A polícia deteve ontem o empresário Bakir Ayoob, acusado de ser um dos supostos mandantes dos sequestros aque se vêm registando nas cidades de Maputo e Matola. Trata-se do primeiro caso no qual o detido é um presumível mandante desde que a vaga de sequestros eclodiu em finais do ano passado.
Bakir Ayoob foi preso na manhã de ontem na sua própria residência, na capital do país, para o esclarecimento das informações nas mãos da Polícia que o apontam como um dos mandantes destes crimes, segundo indicações prestadas ontem pelo porta-voz do Comando-Geral da PRM, Pedro Cossa.
Ainda ontem as autoridades policiais apresentaram mais um grupo de três indivíduos, nomeadamente Arlindo Bernardo Timana, Manuel Valói e Inácio Paulino, indiciados de autoria material dos sequestros que, segundo a Polícia, confessaram durante o interrogatório ter agido a mando do empresário Bakir Ayoob.
Entretanto, Bakir Ayoob já indicou Máximo Dias para seu advogado neste caso. Solicitado a pronunciar-se, ainda na tarde de ontem, sobre o assunto, Máximo Dias disse que o seu constituinte ainda não havia sido ouvido pela Polícia, daí que não podia tecer qualquer comentário em torno da sua detenção.
A detenção de Bakir Ayoob foi efectuada no período da manhã, na sua residência, no bairro da Coop. O facto ocorreu quase à mesma hora que a PRM apresentava, na 18ª Esquadra, o trio Arlindo Bernardo Timana, Manuel Valói e Inácio Paulino. As autoridades atribuem a este grupo a autoria do sequestro da esposa do dono dos armazéns da “Delta Trading” e do proprietário da fábrica Incopal, localizada na Machava. Igualmente, são apontados como tendo realizado cinco outros casos de rapto.
Para além da apresentação dos autores materiais dos sequestros, a Polícia mostrou duas residências, uma na Matola Rio “D”, distrito de Boane, e outra no bairro Mahlampswene, no município da Matola, usadas pela quadrilha como cativeiro das vítimas.
Em declarações à Imprensa, Arlindo Bernardo Timana, apontado como o cabecilha da quadrilha, disse não saber porquê estava detido, pois nunca esteve envolvido em casos de sequestro. Manuel Valói e Inácio Paulino, outros membros do trio de raptores, escusaram-se a prestar declarações a jornalistas, alegadamente por não estarem associados aos crimes de que são acusados.
Segundo informações das forças policiais, com estas detenções aproxima-se a 20 o número de indivíduos que recolheram às celas indiciados de envolvimento nos casos de sequestros.
Fonte: Rádio Mocambique - 21.09.2012
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