O Secretário para a Mobilização e Propaganda do partido Frelimo, Edson Macuácua, disse que a violação das regras de funcionamento do X Congresso, estabelecidas para garantir a ordem e bom desempenho da reunião, ditou a confiscação da edição de Segunda-feira ultima do diário “O país”.
Macuácua falava em conferência de imprensa realizada momentos após a sessão de Terça-feira da reunião magna do partido governamental que decorre na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique.
“Não se pode entrar na sala e distribuir-se documentos sem prévia autorização. É uma regra elementar em qualquer instituição”, disse Ele, adiantando que “todas as ofertas existentes devem ser canalizadas a entidades competentes com responsabilidade para autorizar a sua distribuição”.
Macuácua, igualmente Porta-voz do Congresso, acrescentou que qualquer objecto que entre na sala do congresso tem de passar primeiro pela segurança.
“Esses jornais não passaram por esse mecanismo, e podíamos estar convencidos de que se tratava de jornais, enquanto não”, sublinhou Ele, deixando claro que as regras do congresso estabelecem que todos os documentos são distribuídos pelo protocolo, depois de passarem pela segurança.
Quanto a preocupação de um jornalista segundo a qual os agentes de segurança “abriam as pastas de todos que entrassem no Complexo X Congresso e vasculhavam diversos haveres, retirando apenas o jornal “O País”, Macuácua respondeu que “se estão nas pastas é muito mais perigoso, não se sabe se são jornais ou não”.
Com efeito, o Grupo Soico, entidade proprietária do jornal “O País”, distribuiu a edição desta Segunda-feira aos participantes no X Congresso do partido no poder desde 1975, mas todos os jornais “teriam sido” confiscados pela segurança.
Na referida edição, a notícia de capa cita o antigo Presidente da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Eduardo Mulémbuè, a manifestar a sua disposição em se candidatar à Presidência da República, desde que fosse escolhido pelo seu partido para o efeito, no decurso do congresso de Pemba.
Contactado pelos jornalistas, o director editorial do Grupo Soico, Jeremias Langa, que se encontra a cobrir o congresso da Frelimo, acusou Edson Macuácua de ter dado ordens para se confiscar aquela edicao do jornal.
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