Pelo menos onze pessoas morreram na noite de sexta-feira para sábado na cidade líbia de Benghasi quando centenas de manifestantes atacaram e expulsaram do seu quartel-general o grupo extremista que Washington suspeita ser responsável por um atentado ao seu consulado.
Mais de 70 pessoas ficaram também feridas quando centenas de manifestantes expulsaram o grupo salafista Ansar al-Sharia da sua base no centro de Benghasi, no leste da Líbia.
O complexo militar foi saqueado e incendiado por homens armados que gritavam: “Digam ao Ansar al-Sharia que Benghasi vai ser o seu inferno”. Centenas de moradores da cidade protestavam contra as “milícias fora da lei”.
Um porta-voz do grupo salafista, citado pela Reuters, disse que o grupo evacuou as bases em Benghasi para "preservar a segurança na cidade". O Ansar al-Sharia nega envolvimento no ataque ao consulado americano que, a 11 de Setembro, custou a vida ao embaixador dos Estados Unidos, Christopher Stevens, e a outros três norte-americanos.
Depois disso, segundo a AFP, atacaram o quartel-general da brigada Raf Allah al-Sahati, um grupo islamista que se colocou sob a autoridade do Ministério da Defesa, tendo-se os combates prolongado por cerca de duas horas. O grupo manteve o controlo das suas instalações.
Este tipo de protestos não é de agora. Ontem, quase duas semanas depois do ataque ao consulado americano, milhares de líbios protestaram pacificamente em Bengasi contra as milícias armadas.
As autoridades líbias pediram aos manifestantes que não confundam brigadas "ilegítimas" com as que se colocaram sob a autoridade do Estado.
Fonte: Rádio Mocambique - 22.09.2012
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