Muitos
moçambicanos e não menos os que não eram crianças na altura da independência,
sabem da insustentabilidade do que se evocou ao criarem-se centros de
prisioneiros políticos como M’telela para os considerados reaccionários. Aos que
se formavam nos centros de formação de professores se inculcava que Simango foi
isto, Gwengere foi aquilo, Joana Simeão aquilo. Hoje, aquelas razões que
evocaram são insustetáveis por razões óbvias. Afinal, os ditos “reaccionários”
parece que eram os sonhadores.
Se sonhavam numa
sociedade multipartidária, num sufrágio universal, hoje é o que vivemos ou pelo
menos simulamos e não o comunismo dos “revolucionários” o qual até na URSS ou
RDA por onde foram buscado já foi esquecido; Imaginemos se as coisas em
Moçambique fossem feitas como em Namíbia;
Se os ditos
reaccionários sonhavam numa economia de mercado livre, hoje é o que pretendemos
ser, só que os “revolucionários” ultrapassaram isso, e estão no estado do
capitalismo selvagem, próprio do feudalismo...
Qual é o
objectivo do discurso actual de ódio, como o lugar do traidor é na cova? Só
quem não acompanhou este tipo de discurso desde 2009 proferido pelo chefe da
propaganda Edson Macuácua, ou aquele discurso do Presidente da Frelimo a dizer
que a história do partido deles estava sendo atacada, é capaz de não saber
interpretar isto. É que se os familiares das vítimas de M’telela recorrerem à
justiça internacional como o filho de Zitha fez, eles lançarão uma campanha de
propaganda, acusando os outros de quererem o poder para ódio, vingança. Portanto,
trata-se de simples provocação.
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