Vários residentes na província moçambicana de Tete (centro) afirmaram que as crianças da região são obrigadas a atravessar a fronteira para estudar no Malawi, devido à falta de professores na zona, foi hoje noticiado.
Os mesmos residentes acrescentaram que os alunos da escolas de Tete têm aulas uma ou duas vezes por semana, o que obriga os encarregados de educação a matricular os educandos em estabelecimentos de ensino no Malawi.
De acordo com o Diário de Moçambique, a queixa foi apresentada ao governador da província, Alberto Vaquina, durante um comício popular.
"Os professores negam residir cá, em Nhaphale, porque alegam que não há água e uma vez casados, as mulheres não podem sofrer. Vendo esta situação, os pais das crianças não encontram outra saída, acabando por matricular os filhos nas escolas do vizinho Malawi", afirmou um residente.
Em resposta, o governador da província de Tete manifestou preocupação com a situação, instruindo as autoridades distritais a encontrar uma saída para o problema.
"Viver longe não implica que se deve faltar ao trabalho. O que queremos é que os professores cheguem a horas e lecionem", disse Alberto Vaquina.
Além da falta de escolas ou de professores em Moçambique, o interesse no ensino em língua inglesa também motiva os encarregados de educação a matricular os filhos nos países vizinhos, que têm o inglês como língua oficial por terem sido colónias do Reino Unido.
Fonte: Angola press – 21.09.2012
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