sexta-feira, outubro 22, 2010

Zambézia lidera lista de províncias cada vez mais pobres

A pobreza é crescente e, em cinco anos, ficaram 20% mais pobres.

Zambézia, Sofala e Manica são as três províncias onde o alarme tem de soar. A pobreza é crescente e, em cinco anos, ficaram 20% mais pobres. Mesmo que o alarme só é agora, este números, inseridos no Inquérito ao Orçamento Familiar, mostram que vai ser quase impossível cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
 No Inquérito ao Orçamento Familiar 2008/2009, a maior conclusão que se tira é que os pobres estão mais pobres, sobretudo na zona centro, onde a pobreza aumentou em 14,2%, sendo que no sul aumentou em 8,2%.
Na província da Zambézia é onde a pobreza aumentou mais, com 26,2%, seguida de Sofala com 21,6% e Manica com 11,5%, todas com saldo negativo em relação ao inquérito de 2002/2003.
Tendo em conta estes números, será difícil Moçambique atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
No que diz respeito à desnutrição de crianças com menos de cinco anos, a desnutrição crónica reduziu 5,5%; a insuficiência de peso baixou 22,7% e a desnutrição aguda reduziu em 20,5%.

Mais optimismo

A percepção da situação económica pelos agregados familiares, comparativamente ao ano anterior, mostra que 40% dos inquiridos consideram que a situação está pior ou muito pior que no ano passado. Nas zonas rurais, houve uma maior dispersão de respostas, embora a maioria ainda considere que a situação económica não mudou em relação ao ano passado. A região Norte considera que a economia está um pouco melhor actualmente, enquanto o centro e o sul consideram que está na mesma.
As respostas dos chefes dos agregados familiares mudam à medida da sua profissão e, consequente, classe social. Assim, os chefes de agregados familiares que trabalham no Governo ou no sector público consideram que a situação está um pouco melhor agora, ao passo que a maioria dos chefes dos agregados familiares que trabalham no sector privado considera que a situação económica não mudou desde o ano passado. Os chefes dos agregados familiares empregados nas ONG e outras associações dizem que está um pouco melhor, enquanto os chefes de agregados familiares sem emprego consideram que a situação não mudou nada.
Em 2002/ 2003, 50% dos agregados familiares entrevistados opinou que a sua situação económica no último ano era pior ou muito pior, 21% considerou que era melhor ou muito melhor e 29% declarou que não se alterou.
É importante mencionar que existe uma congruência bastante clara entre a percepção das famílias sobre a sua situação económica e a tendência verificada nas receitas e despesas.
À medida que o nível de despesas aumenta, a opinião passa de pior ou muito pior para melhor ou muito melhor. Dos agregados familiares mais pobres, 59% responderam que a sua situação era péssima e somente 14% acharam que era melhor ou muito melhor. Por seu lado, 41% dos agregados familiares mais ricos declararam que a sua situação económica havia piorado ou era muito pior, enquanto 30% disseram que era melhor ou muito melhor. A diferença entre os dois dados indicava a percentagem dos agregados familiares que acharam que a situação não mudou.

Acesso à água

No que diz respeito ao tempo que os agregados familiares levam para chegar a uma fonte de água, a situação é bastante boa, já que a esmagadora maioria demora menos de 30 minutos. Ainda assim, o acesso à água ainda é muito melhor nas zonas urbanas do que nas rurais. A cidade de Maputo é a que tem melhor acesso à água, e a província de Cabo Delgado é a que tem o pior.

Acesso à saúde

No que diz respeito às unidades sanitárias, a situação piora. Ainda que maioria demore menos de 30 minutos para chegar a uma unidade, quase 30% dos inquiridos responderam que levavam mais de uma hora para chegar a um centro de saúde. Assim, a província de Cabo Delgado é a que tem o mais rápido acesso a uma unidade sanitária, enquanto os habitantes da província da Zambézia demoram mais tempo. Comparativamente, o acesso à água é muito melhor que o acesso à saúde.

Acesso à educação

No que diz respeito ao tempo que os agregados familiares levam para chegar a uma escola primária, a situação é bastante boa, com quase 70% dos inquiridos a demorar menos de 30 minutos, mas ainda com cerca de 10% a levar mais de uma hora. Nas zonas urbanas, há mais gente a demorar menos de 30 minutos para chegar à escola do que nas zonas rurais. Enquanto nas cidades, só 3,8% demora mais de uma hora a chegar à sala de aulas, na ruralidade, já 13,8% dos inquiridos disseram que levavam 60 minutos até à escola primária. No acesso à educação, os habitantes da cidade de Maputo ganham, enquanto os da Zambézia demoram mais tempo para ver o professor.

Acesso a um mercado

No acesso a um mercado, os residentes da cidade de Maputo também demoram menos tempo do que os das outras províncias, com uma maioria quase absoluta de menos de 30 minutos. Em Tete, mais de 35% dos inquiridos responderam que levavam mais de uma hora.
Na verdade, o acesso aos mercado é menos fácil globalmente, sobretudo comparativamente ao acesso à educação. Em termos totais de inquiridos pelo país, 66,2% responderam que demoravam menos de 30 minutos para chegar a um mercado, mas, ainda assim, mais de 15% assumiram que levavam mais de uma hora. Nas zonas rurais, a situação piora, com 20% dos inquiridos a admitirem demorar mais do que 60 minutos.

Acesso ao transporte

A maioria dos inquiridos demora menos de 30 minutos para chegar a uma paragem de autocarro, no entanto, uma percentagem significativa (16,5%) respondeu que chegava a levar mais de uma hora.

Polícia e saúde longe das famílias

A região centro é onde a situação é pior, com mais de 25% dos inquiridos a demorarem 60 minutos até a uma paragem de transporte. Na dicotomia entre ruralidade e zonas urbanas, as zonas rurais são sempre mais frágeis, e 22,7% dos inquiridos admitiram que demoravam mais de uma hora até a uma paragem de transporte, mostrando assim o isolamento de quem vive nas zonas rurais.
A cidade de Maputo é a zona onde menos tempo se leva até a uma paragem de transporte, e a província de Tete é onde se demora mais tempo, com 37,1% dos inquiridos a responderem que chegam a levar mais de 60 minutos.

Acesso a um posto policial

Da totalidade dos inquiridos, só 46% responderam que estão a menos de 30 minutos de um posto policial, e cerca de 25,7% - uma percentagem significativa – diz estar a mais de uma hora.
Na zona rural, a maioria demora mais de uma hora, e mesmo na zona urbana, só metade admite levar menos de 30 minutos.
A província do Niassa é a que demora menos tempo, com 68% dos inquiridos a dizerem que levam menos de 30 minutos até um posto policial. Mas na Zambézia, a situação é mais alarmante, com 45,8% a responderem que levam mais de uma hora até chegarem ao posto.

Fonte: O País online - 01.10.2010

46 comentários:

JOSÉ disse...

Como é possível? A Zambézia é a Província potencialmente mais rica!
O (des)Governo afirma que a pobreza está a diminuir e que os Objectivos do Milénio serão alcançados! Afinal...

V. Dias disse...

Pois é José. O Mutisse e o Neves tentam mostrar o contrário. Que vergonha. Este Governo ainda vai levar este país ao abismo. Não há uma única província que não tenha remendos, todo o país vive de remendos.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Isso significa que ainda nao esta no abismo, so esta rememdado.

Gostei dessa, Selecionador.

Estas numa versao optimista.

Abdul Karim disse...

'E Sexta- Feira !

Ismael Mussa disse...

70% dos recursos hidricos de mocambique estao no vale do zambeze mas estranhamente o Fundo de Desenvolvimento Agricola ( FDA) nao contempla a provincia da zambezia nos seus financiamentos. Seria interessante verificar o contributo da Zambezia na economia colonial. So o Gurue contribuia com mais de 80 milhoes de dolares na exportacao de produtos agricolas. E depois dizem que querem combater a pobreza absoluta e entretanto andam a distrair-nos com o debate em torno de quem de facto disparou o primeiro tiro.

V. Dias disse...

Enfim...

Zicomo

Reflectindo disse...

Na situação em que eles se encontram, postos a nu, têm que procurar diversão para que nos mantenham sob seu controle ou nos recapiturem para nos manterem sob o seu controle. É a Política do Pão e Circo como Egídio Vaz fez a questão de nos lembrar ou mesmo ensinar. Eu pelo menos, conheci o conceito a partir do texto de Egídio Vaz. Claro, posso estar a interpretá-lo da minha maneira ou duma forma livre.
Ora, frelimistas que nunca se desafiam e nem recuam nas mentiras quanto aos factos históricos, vêm agora a mostrarem-se capazes de o fazer - UMA GRANDE NOVA!
Entretanto, eu acho que deviamos deixá-los a fazer isso, pois que em si, isso liberta as mentes de alguns mocambicanos, nem que sejam poucos, e, ousarão em procurar factos como João Cabrita e Barnabé Ncomo o fizeram. Espero que jovens dentro da Frelimo aprendam questionar a história a bem da nacão mocambicana. E isso é o que pode nos unir. A MENTIRA NÃO NOS UNE.
Todos nós não nos retemos/retamos aí e nem só nesse assunto. Temos que ser flexíveis de maneiras que consigamos lancar tantas bolas ao ar ao mesmo tempo.

Viriato, quanto ao Mutisse, Neves, Mateus tens que saber que a Frelimo é para eles uma empresa deles e devem defender com garras e dentes. É mais por conveniência. Todos esses já mostraram isso com outros nomes (menos Mutisse que não mudou) por mim identicáveis. Eles nasceram Frelimo, cresceram Frelimo e vão morrer Frelimo. Estão sim formatados Frelimo e querem que todos sejam como eles. E só ver como há tanta agressão na terra deles, em Gaza, deles para quem não quer ser Frelimo (nascer, crescer e morrer Frelimo).
E quando resistes tanto das suas patranhas, eis que comecam a fazer-se de MENSAGEIROS para te transmitirem como se deves pensar, o que é bom dizer ou escrever, o que é bom ler. Tudo o que for contrário à mensagem é pecado.

V. Dias disse...

Um diplomata britânico devida a Moçambique deslocou-se a cidade de Nampula e Beira. No final da entrevista de dois dias, respondeu aos jornalistas assim: "estou satisfeito pela visita, isto mostra que as PROVÍNCIAS de Sofala e Nampula estão a crescer.

Santo Deus. Ele visitou as duas cidades por dois dias. Dois. E já diz que as duas PROVÍNCIAS, SOFALA E NAMPULA, estão a desenvolver. É claro que este tipo de relatórios engana o PR e seus acólitos. Desde quando as cidades capitais foram tão vulneráveis como o resto de terra (distritos, localidades, etc?

O Mutisse e o Neves já foram avisados. É bom terem cuidado com essa Frelimo. Espero que não se arrependam mais tarde. Pergunte ao Manhenje e outros. A Frelimo não tem amigo, nem reconhece os seus filhos quando precisa de seu sangue, pois são vampiros. Veja o que Pacheco fez aos manifestantes. É assim que eles ta,bém serão feitos. O antigo PGR não lhe faltou avisos vindo da parte de Aloni. O nosso irmão "xingondo" não quis ouvir e acabou na assadeira. Enfim...

Zicomo

Reflectindo disse...

Viriato,

Dizes algo que Heleno Muhorro, director do antigo centro de trânsito dos alunos para Cuba em Nampula. Ele dizia a Frelimo pune! Pelo estilo que Muhorro levava em Nampula nos finais de da década 70, admiro-me que nem hoje eu nem saiba se ele ainda vive. Apenas sei que ele mesmo provou que a Frelimo pune.

Contudo, eu não acredito que coisas semelhantes se passem a estes.

Aloni, sabia a quem dizia. Para um XINGONDO ser aceite 100 % na Frelimo, é preciso mostrar que prejudica outros xingondos sobretudo aqueles que mostram pensar diferente ou mostram indiferênca à Frelimo; não falar com eles, pelo menos não em público; ser "frelimomente" assimilado; ser simpático com os "verdadeiramente" "FRELIMOS". É fácil observar isso mesmo fora de Mocambique.
Claro, que há muitos não Xingondos que sofrem represálias por pensar independente, mas normalmente não passam por prova com o xingondo passa.

A propósito, dizem eles que não conhecem presos políticos mas Dr (Phd) David Aloni morreu condenado para nunca trabalhar numa empresa pública e por isso nunca conseguiu leccionar como sempre havia desejado. Não é assim ser um preso político?
Se os publicamente conhecidos presos políticos não tiverem sido restituídos à liberdade é possível dizer que em Mocambique não há presos políticos? Serão eles sérios que nos pedem a lista de presos políticos? Querem mesmo a lista?

V. Dias disse...

Para eles o "conceito" de presos políticos é outro. É ver para além do indesejado. Quantos políticos da oposição fazem parte do governo da Frelimo? E porquê? O que é que se fez a Mussa? A Aloni? A Pilale? A Pequenino? Não foi por serem políticos da Renamo? Aloni com aquele cérebro invulgar acabou como acabou. Nunca lhe foi dado emprego.

Eu não me vou alongar. Tenho exemplos de casa. Disseram ao meu pai, já falecido, ou mudava de "cor" e étnia, ou então lixava-se para sempre. Como pode uma pessoa ser 'changana' aos 60 anos? Como pode uma pessoa mudar de "cor" partidária depois de passar por uma certa maturidade de vida? Andam loucos eles. Dizia alguém que não se pode ser 'changana' mas pode-se gostar de 'changana'.

Não se trata aqui de ódio ou racismo, apenas estou a descascar os factos. Eu até tenho esposa 'changana'. Gosto da cultura 'changana', dos hábitos 'changanas', etc.

Mesmo entre eles há rixas. O Magune foi-se porque foi teimoso. Mabote idem. Não se pode pensar diferente. É só ver a mana Luísa como acabou. Naquela gente não basta o intelecto, mas sim a cor da farda da luta de libertação. Não foi por acaso que Machel também se foi.

Os meininos Mutisse e Neves acabaram de sair da incubadora. Estão imbuidos pelos dólares da desgraça alheia. O que não sabem é que cedo ou tarde vão pagar caro por isso. Por isso aconselho-lhes a ser mais académicos do que políticos. Deixem de vir aqui defender sistemas que sobrevivem da mentira. Quem avisa amigo é.

Eu por aqui me paro.

Zicomo

V. Dias disse...

Me desculpe, Reflectindo por estar a escrever com erros, estou sem óculos há 1 semana...além de mais, enquanto trabalho, escrevo para este espaço...

Zicomo

Reflectindo disse...

Para um xingondo provar vassalagem à Frelimo, age-se assim. O meu conterrâneo Aiuba Cuereneia é aqui um bom rapaz.
Por acaso, só quando caiu~, o ex-PGR revelou de como sofreu mesmo com os seus subordinados por ser xingondo.

Abdul Karim disse...

Selecionador,

Ha uma questao importante a considerar nos Jovens como Mutisse e Muhate, nao me refiro ao Neves porque nem o conheco, ja no caso do Mutisse e Muhate ao menos estao ai,

Mas voltando, a questao importante que me refiro, 'e a do ideal e consequentemente do idolo, ou ate do exemplo.

Quando olhamos para Mocambique, para dentro de nos, o exemplo do sucesso 'e dinheiro, e ele 'e conseguido apartir de ligacoes politicas com o poder,

Existe agora, nesta fase, em que as mentiras e podres da frelimo comecam a aparecer, algum sentimento de vergonha, digo algum, porque vergonha propriamente dita ainda nao existe,

Refiro-me isso pelo conselho que das relativamente a eles serem academicos, mas ai tambem nos estamos cheios de academicos lambe-botas, por outro lado a enixistencia de exemplos, idolos e ideais nobres, e tambem de sucesso limpo, origina a tambem ausencia de Valores na sociedade,

Conhece alguem em Mocambique que ficou rico sem estar ligado ao partido no poder ? ou que pela vida academica obteve sucesso que lhe permita viver com niveis de conforto acima da media ?

Entao como espera que Jovens como Mutisse ou Muhate aceitam nao ter ambicoes pra ter sucesso ? so se nao fossem Jovens. Ambicionar 'e caracteristica da Juventude, note que digo ambissao e nao ganancia.

Por outro lado, a ausencia dos exemplos de sucesso, idolos e ideais nobres nao ligados ao partido no poder sao eliminados ou banidos 'a partida, impedindo a juventude de crescer com outros ideais que nao sejam os do partido no poder, como forma do partido no poder garantir a sobrevivencia da sua ideologia e tambem a sua propria sobrevivencia.

Nessa optica o Mutisse e o Muhate ate estao bem, e a evoluir, pois nao me parecem ter como ideal o "pacheco do gatilho", como 'e o caso por exemplo o "ministro kalasnikov".

Abdul Karim disse...

Corrijo: ambiCao e nao ambiSSao.

'E Ambicao,

Se nao ha-de vir o Neves reclamar de meus erros ortograficos.

Jonathan McCharty disse...

Os verdadeiros tribalistas deste pais, que conhecem bem a sua mentalidade provinciana, nunca hao-de se meter em debates desta natureza!
Eles sabem como se comportam e, sabem que nos sabemos!!
Por isso, absolutamente, nada teem a refutar!

E, estas questoes estao todas inter-ligadas: a Zambezia e' a provincia que menos dinheiro recebe per capita!!

Isto nao e' novo! E' cultura sistematica da Frelimo! Alias, o Reflectindo publicou recentemente aqui neste blog, os textos em que Guebuza insultou os Zambezianos!

Onde andam os seus sequazes?? Ainda nao viram este texto??

Por ultimo, apenas congratular todos estes Mocambicanos, que dia e noite se preocupam pelas questoes REAIS em que o pais se encontra! Sao estes debates que teem inspirado muita gente nestas provincias ostracizadas, para que se levantem e defendam os seus interesses!!

Os tribalistas nunca farao isso por eles!

Esse e' o desafio de momento e, nao haja duvidas que estamos a caminhar para a sua materializacao!!

Bom weekend a todos!!

V. Dias disse...

Conhece alguem em Mocambique que ficou rico sem estar ligado ao partido no poder ? ou que pela vida academica obteve sucesso que lhe permita viver com niveis de conforto acima da media?

A resposta é, não.

Reflectindo disse...

Correccão:

Claro que há muitos não-Xingondos que também sofrem represálias por pensamento independente, mas normalmente não passam por prova como os xingondo passam.

Reflectindo disse...

Jonathan,

Eles não aparecem nestes temas e até recomendam-nos para só lermos o documento do MPD (do meu conterrâneo Aiuba Cuereneia).
Eles querem-nos a batermos palmas pela riqueza que ostentam.

Abdul Karim disse...

Entao Meu Caro Selecionador,

Talvez seja hora, de comecar investir seriamente ai.

Na criacao de exemplos, idolos, ideais nobres e de sucesso limpo e real.

Criar uma elite que para alem de ter ideiais nobres, os aplique de forma que tenha um fan club consideravel,maximizando os proveitos, um sistema de Valores paralelo, que seja sustentavel financeiramente, e abra caminho pra mais jovens, que faca escola, que seja etico.

E para tal, nada mais necessario que o uso racional de recursos e aplicacao de capital intelectual abolido pelo partido no poder, por forma a gerar opurtunidades aos excluidos do actual sistema, e assim multiplicar os dividendos, dividindo-os na aplicacao, investindo-os na multiplicacao, para eliminacao a pobreza do excluidos, considerando os "incluidos do sistema" serem todos abastados finaceiramente, logo nao precisarem de investimento algum.

V. Dias disse...

Portugal tem das suas. O país inteiro vive de remendos (a sua população nas barracas), ainda assim o país dá-se ao luxo de ter um sumarino à porta. Em Moçambique é a mesma coisa.

TEMOS MILHARES DE PESSOAS A MORRER A FOME (algumas zonas do nosso país está como Deus fez), GENTE A VESTIR SACOS EM MUTARARA, EM TETE, E O GOVERNO CARA SEM VERGONHA CRIA GABINETES PARA ENVIAR HOMENS À LUA. Vê se pode meu Deus.

Como dizia um padre português, em Portugal devido ao conservadorismo as pessoas incompetentes ficam no poder até se ir embora de livre e espontânea vontade (reforma). Moçambique não foge à regra. Temos gente que por debitar comentários a favor da Frelimo nas TV´s são resgatados da reforma para servirem o país. Piores exemplos de gente que nada fizeram a frente de coisas públicas. Estão lá...

Karim,

Não é o V. Dias sozinho que pode criar essa sociedade. Este é dever de gente com carisma de D. Simango, do Mussa, Dhlakama, etc. O problema é que essa gente nem sempre é bem assessorada. Nós, os pequeninos, já fazemos a nossa parte.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Selecionador,

Tu estas a ver na optica politica com empoderamento de partidos politicos da oposicao,concordo que isso 'e necessario, mas ficar eternamente 'a espera que isso um dia talvez aconteca, nao me parece muito boa opcao.

E eu estou a ver na optica "civil- nao politica", um sistema paralelo montado pela sociedade civil que benificie a sociedade civil com insidencia de investimentos em projectos de alivio 'a pobreza.

Deixar os politicos fazer o trabalho deles, deixar o pardido no poder com na sua decadencia e no atrazo deles, a sociedade "avancada" buscar solucoes para si propria, apartir de iniciativas privadas independentes, nao "linkadas" ao poder politico.

Construir uma rede dessas iniciativas privadas, que entre si gerem mais valias, e consequente opurtunidades para os menos favorecidos, e que estejam dissasociadas do poder politico, falo mesmo duma rede dos pequenos, altamente credivel e limpa.

Uma rede de pequenos, que crie e dispute o proveitamento de opurtinidades e conquente abertura das mesmas opurtunidades aos menos favorecidos.

V. Dias disse...

Meu caro amigo Karim,

Jesus Cristo quis fazer isso, criar uma sociedade igualitária num vale de lágrimas, e acabou na cruz.

Se alguém do alto do monte do moinho quiser criar uma sociedade assim, igualitária e salutar, então pode contar comigo. O problema é que a ambição, as guerras, fazem parte da essência do homem.

Sabe chamuale Karim, uma vez li num cartaz em Lisboa que "se o mundo fosse bom, o seu criador vivia nele". Só há um lugar bom, no paraiso. E para se chegar lá é preciso dormir mortalmente. Livre-se a Frelimo há-se se,pre aparecer um sistema com defeitos. Clarom os da Frelimo são dos piores. QUEM NÃO TEM EM CONTA A HONRA ALHEIA, dizia o cota Saraiva, NÃO PODE TER EM GRANDE CONTA A HONRA ALHEIA.

De facto. Pergunto se aí na índia há uma sociedade assim?

Zicomo

Abdul Karim disse...

Nao ha uma sociedade assim, mas tenta-se chegar la,

Nao 'e ser igualitaria como o "nosso sistema anterior" em que um cirurgiao deve ter o mesmo salario dum sapateiro e ambos camaradas,

'E um sistema que diminua a diferenca, um sistema que te leve a produzir, um sistema que te permita explorar opurtunidades,

Enfim, um sistema nada igual ao dos xiconhocas.

V. Dias disse...

correcção:

"há-se se,pre" Há-de sempre aparecer...

QUEM NÃO TEM EM CONTA A HONRA ALHEIA NÃO PODE TER EM GRANDE CONTA A SUA PRÓPRIA HONRA. SARAIVA

Zicomo

V. Dias disse...

A IDEIA DE IGUALDADE É EM SI INJUSTA.

HAVERÁ PROVAVELMENTE MAIS INJUSTIÇA EM CUBA DO QUE EM MOÇAMBIQUE.

O sistema antigo foi um fiasco. Este também é, não pela desigualdade, mas sim pelo elevado índice de analfabetos a gerir as coisas públicas. Temos mais primatas a prestar vassalagem ao papai Guebuza que académicos. Este país está refém de gente que pensa com a própria cabeça.

Repare que o aproximar que peder...não pode acontecer com esta vaga de gente. Dizem coisas com nexo agora, volta e meia lembra que precisa do sistema para abastecer a sua viatura, resultado: fica tudo perdido. Assim é que não vamos longe mesmo.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Entao se calhar 'e melhor deixar andar,

O unico problema sao baixas humanas inocentes que vao aumentando.

Porque de facto, os grandes xiconhocas sao mesmo impossiveis de se conviver, os pequeninos xiconhocas ate se podem tentar recuperar.

Concordo contigo, aproximar que perder, com os primatas fica impossivel. Nao sabem comportar-se.

V. Dias disse...

Os orangotangos acabam sozinhos. Sozinhos vão deixar o que não lhes pertence. Tentar tirá-los a força, do poder, não é a solução, creia-me chamuale.

Zicomo

PS: Vou ao dentista, falamos mais logo.

Abdul Karim disse...

Tudo Bem,

Vamos esperar eles cairem sozinhos,

Curte o dentista.

Abraco.

Jonathan McCharty disse...

Moçambique precisa de “Empreendedores”! E não há limite numérico para essa necessidade! É fundamental que dentre essa juventude, comece a surgir o que considero, o “espirito Silicon Valley”, em que há mais de três décadas, jovens recém-graduados nos Estados Unidos, movidos pela inovação e progresso, criaram com quantias irrisórias, da ordem de mil ou dois mil dólares, empresas que revolucionaram o mundo e hoje valem biliões de dóares americanos!

Existe cá entre nós uma crença errônea de que, para a realização de qualquer empreendimento, são necessárias avultadas somas monetárias, em primeira instância! Isso, de todo não corresponde à verdade! E, não há prova mais irrefutável que a história das grandes companhias que hoje conhecemos, muitas delas que começaram como simples “indústrias caseiras”!

Porquê então, o jovem graduado moçambicano, nada mais pensa senão arranjar um “bom emprego” e termina completamente as suas ambições por aí? Porquê este jovem se vê realizado quando consegue comprar um carro, eventualmente construir a sua casa, e não pensa mais além disso, sabendo-se que este país precisa ainda de quase tudo e que oportunidades superabundam em quase todos os sectores da economia? Porquê, na impossibilidade da realização dos seus sonhos a “curto-prazo” (como parece ser a norma), este jovem envereda pelas famosas “boladas” como um meio para “resolver a vida” e nunca passa pelos seus planos, e apoiando-se no seu know-how adquirido durante a formação académica ou que é capaz de adquirir conforme o caso, iniciar uma actividade complementar ou um empreendimento?
Porque que é que o agrónomo não pensa em abrir a sua farma? O veterinário iniciar a sua criação de gado bovino ou caprino? Porquê o jurista não abre o seu escritório de advogacia? Porquê o arquitecto não abre o seu atelier ou o engenheiro não vira empreiteiro? Porquê o oceanógrafo não cria a sua empresa pesqueira? Porquê o físico ou o químico não se tornam inventores ou promotores industriais?

Jonathan McCharty disse...

Este país precisa de absolutamente tudo! Urge que comecemos a produzir, que comecemos a criar um ambiente de negócios que assente em conhecimento, trabalho, princípios éticos, competitividade, inovação e iniciativa!

Dizendo honestamente, não acho que os “Empresários Três Pedras” aqui referidos tenham culpa da sua maneira de actuação! Esta é uma geração que “sacrificou” a sua juventude lutando pela libertação da pátria, de que agradecemos! Não tiveram oportunidades de formação e, como resultado da nossa história recente, se encontram hoje em posições estratégicas, na maior parte dos casos detendo “a faca e o queijo”, mas não sabendo para que um ou outro servem! A consequência directa disso é que temos carradas de empresários, mas o país quase nada produz! Até tomate temos que importar!

Jonathan McCharty disse...

Os meus 2 comentarios anteriores sao excertos de uma postagem que publiquei em Setembro de 2008 e penso que vao em linha com a "sociedade paralela", movida por si propria, que o Karim tem estado a propor e, parece, nao muito percebido!

Mocambique esta' a precisar urgentemente disso, de uma forca motriz que nasce de dentro, isenta de politiquices e senhora do seu proprio destino!

Abdul Karim disse...

Isso Jonathan,

No caso de "Sillicon Valey" eram jovens formados e com espaco pra criatividade.

So que nos temos 2 problemas:

1- excessivo controle do partido no poder, aos centros producao de saber, ao ponto de o Magnifico Reitor da UEM ser nomeado por alguem sem competencia cientifica para o efeito, o que aorigina um sistema de ensino nao orientado para o empreendedorismo e altamente deficitario em qualidade de base ao topo.

2- a enexistencia duma plataforma ou uma rede de iniciativas privadas, e de espaco para aproveitamento de ideias inovadoras e sustentaveis, que entre si gerem mais valias, e consequente opurtunidades para os menos favorecidos, e que estejam dissasociadas do poder politico, falo mesmo duma rede dos pequenos, altamente credivel e limpa, para alem de eficiente e eficaz no verdadeiro sentido de gestao e nao apenas no sentido "discursivo populista", pra convencer doadores e outros a desembolsarem somas pra "grossa".

Mas o Viriato tem razao tambem, "o aproximar que perder,... nao pode acontecer com esta vaga de gente,...", os xiconhocas vao sabotar e escangalhar, nao sabem fazer outra coisa.

Abdul Karim disse...

Mas SIM Jonathan 'e possivel fazer-se isso, com relativa facilidade,

So temos que estudar o timming e ai a opiniao do Viriato 'e muito valida.

Ele sugere uma paradinha, e eu concordo.

But, "lets keep the ideia at back of our minds, and whenever it's the right time, we move on with it"

O que dizes ?

Jonathan McCharty disse...

Karim,

Concordo com os 2 pontos que levantas!
Mas temos que comecar por algum lado, percebendo sempre que, "ninguem vai dar nada a ninguem".

Cada um vai ter que conquistar o seu proprio espaco! A tal sociedade civil robusta, esclarecida e independente vai ter que se "auto-gerar"!

Ha governos que, para o interesse nacional e desenvolvimento dos seus pais adoptam politicas e criam um ambiente propicio para o florescimento destas iniciativas, mas penso haver consenso que este governo da frelimo nao e' desse calibre!

Por isso e' que foco e incito estes jovens graduados a alargarem a sua visao e procurarem encontrar os meios para a materializacao do que pretendem para as suas vidas!

E, podemos fazer uma analogia com a luta pela democracia e liberdade neste pais! A recente entrevista de Raul Domingos e' um exemplo bastante elucidativo! Ele e muitos outros jovens nao eram generais ou estrategas militares, quando decidiram lutar pelos seus direitos! Ter conviccao e iniciativa sao os condimentos para o tipo de luta que se pretende!

Antes foi a luta pela democracia e, aqueles jovens nao ficaram a espera que a frelimo lhes desse as liberdades e o Estado de Direito que queriam para o seu pais....Eles foram a luta!!

Hoje a luta e' economica!! Ninguem vai dar nada a ninguem!! Deviamos nos ter levantado "ontem", por isso, nao vamos esperar "amanha"!! E' "hoje" que esta juventude tem que se erguer e comecar a criar as bases para o tipo de sociedade que almejamos!!

Porque o tipo de solo em que queremos construir este "edificio nacional" nao e' estavel, a geracao do Raul Domingos ja construiu as "fundacoes profundas (estacas)". Nos temos que executar as "sapatas (fundacoes superficiais)", para os nossos filhos e netos continuarem com o "arranha-ceu"!!

Abdul Karim disse...

Comecar por algum lado seria construir a rede privada,

Um network de personalidades com back grown limpo e um projecto comum de investimento sustentavel que permitisse investimento em novas iniciativas criativas e sustentaveis dos Jovens.

Isso pode significar um grupo de pequenos realizarem o capital do projecto comum ou usarem a credibelidade como forma de garantirem financiamento ao projecto comum.

Um Banco, com capital de risco, orientado para inovacao, com taxas bonificadas, ou ate com comparticipacao de risco como o Islamic Bank por exemplo, em que a base 'e comparticipacao no dividendos e riscos do projecto financiado.

Usando a base da Seleccao, o Castel-Branco pode opinar e se calhar apartir dai, dar-se o arranque a ideia.

A propria CIP pode opinar tambem, e ver-se se as opcoes,

Levar a ideia 'a discussao e vermos isso, nomearmos entre nos alguem numa inicial que faca o levantamento das opinioes a triagem dos potenciais acionistas do investimento comum.

O que dizes ?

O Jose ? o Viriato ? tem que opinar tambem,

Nos temos internamente condicoes pra fazer fluir.

Abdul Karim disse...

Podia ser o BSM - Banco Social de Mocambique, orientado para iniciativas inovadoras dos Jovens Nacionais

Compativel com Chatam House Report 2010, uma iniciativa inovadora da Seleccao Nacional de Mocambique- As Rolas.

Uma licao de "democracia financeira" ao poder politico exclusivo e absolutista instituido pela frelimo, uma concorrencia seria as "lavandarias do mercado", uma reducao na penalidade pobreza e ainda a defesa de uma Causa Justa e Humanitaria a Nivel Nacional.

Em inovacao, ao estilo "Silicon Valley" em Africa.

Abdul Karim disse...

As Rolas Voam ! As Rolas Voam ! As Rolas Voam !

'E A Seleccao Nacional De Mocambique !

A Voar !

Reflectindo disse...

O debate está sendo excelente e enquanto estou pensando em como capitalizar tudo isto, vou apenas mover o post para que os leitores o encontrem com facilidade.

Abdul Karim disse...

Isso Adjunto,

Capitalizar o produzido no neste debate, deve ser o next step SIM.

Voto a favor.

Reflectindo disse...

Já movi o post alterando a ordem da publicação. A vossa (Karim e Jonathan) contribuição sobre o empreendedorismo é das que precisamos em Moçambique, quiçá, é a que devia estar em foco quando se discute sobre os 7 biliões aos distritos.
Temos de facto que começar de algum lado.
O grande problema no nosso país é precisamente o que vocês estão a discutir. Embora Moçambique se diz ter economia de mercado, nada passa de “economia de empoderamento da elite do partido no poder”. Isso a todo o custo. Eles podem ter empresas e têm financiamento sem nenhum esforço. 7 bis foram também para dar oportunidade aos membros na zonas rurais.
Acredito que se a nossa economia fosse verdadeiramente de mercado, merecendo financiamento a quem tem espírito empreendedor sem isso ter a ver com politiquices (cartão partidário), o nosso país já teria mudado de posição na situação da pobreza.
Todas as falhas quanto à produção e produtividade mesmo nas empresas públicas deve-se a lei menor esforço, creio eu.
Sem me basear de algum estudo, e, esse é muito necessário, mas de alguma observação prática, costumo ver a diferença em diferentes períodos. Quanto a política de economia de mercado se introduziu em Mocambique, nos meados da década 80 a percepção era mais de um empreendedorismo. Só que me parece que a situação tenha começado a mudar depois das primeiras eleições multipartidárias. Por qualquer razão os partidos políticos (ou um partido político) moveram-se rapidamente para capturar e apropriarem-se dos com ideias empreendedoristas.

Em Nampula, acabei de ver um empreendimento verdadeiro, isto é, um empreendimento fora de um controle político. O empreendimento leva-me acreditar no que Karim e Jonathan crêem. Sendo do interesse público, talvez um dia eu possa publicar aqui sobre esse empreendimento.

De facto, sonho em um dia ser um empreendedor, avançando com as ideias que tinha quando por destino dirigi um sector de produção com mais de 50 trabalhadores.

Jonathan McCharty disse...

Amigo Karim,

Penso que estamos a ter convergencia sobre o que e' necessario para alavancar o desenvolvimento deste pais e, em minha opiniao, estamos inclusive a abarcar varias fases deste processo!

Neste prisma, julgo que a ideia por ti avancada, de "agregar as iniciativas", corresponderia ja' a uma fase de "maturacao e consolidacao" desta sociedade civil robusta, esclarecida e independente.

Uma sociedade como tal, antes de se tornar num vector e voz activa, precisa de ser economica e financeiramente independente!

E' nessa perspectiva que sugeri que deviamos comecar de algum lado!

Sou de opiniao que, nesta fase inicial, cada um de nos tem que definir a sua area de accao! O Reflectindo criar a sua farma, o Karim a sua empresa de transportes, o Viriato a sua empresa de turismo e, por ai adiante, so para dar alguns exemplos! Parte da afirmacao desta juventude esclarecida, passa por envisionar os meios para materializar estes planos e atingir os propositos desejados!

Desenvolvimento e' um processo faseado, mas sempre progressivo! Com estas "iniciativas simples" nao imagina onde cada um de nos pode chegar!!

Quando esta fase inicial estiver amadurecida, a consolidacao desta classe esclarecida sera' um processo natural!!

E' assim como mudam as nacoes e se desenvolvem as sociedades!!

Temos que comecar!! E, muitos de nos, de facto, ja' comecamos!! Como nao ha' limite numerico para a necessidade que este pais tem de "Empreendedores", mais vozes activas precisam se juntar a este "Trem de Desenvolvimento"!!

Nos e' que vamos construir este pais!!

Jonathan McCharty disse...

Relativamente a forma como cada, nas dificuldades e vicissitudes imensas desta vida pode comecar a materializar os seus planos e ideias empreendedores, passo a citar mais alguns excertos da supramencionada postagem publicada ha 2 anos:

"É um facto que a maior parte de nós provém de famílias menos abastadas e, consequentemente, não tem um “saco azul” para iniciar um empreendimento logo ao sair da carteira! Pode se perceber, por aí, a necessidade prévia de um emprego não só para ganhar alguma experiência, mas também para juntar recursos materiais e financeiros para os investimentos que pretendamos fazer!

Julgo que, em vez de ficarmos com os braços cruzados e esperar que um dia as coisas se emendem, ser este o raciocínio que falta a maior parte de nós! A iniciativa, a visão e, fundamentalmente, o desejo de se sacrificar pelo trabalho, para depois colher os seus frutos!

Um facto que se precisa ter em conta nisto tudo é que nós já não precisamos de inventar a roda! A maior parte das coisas que temos que fazer agora pelo nosso país, já foram realizadas por outros povos noutras épocas! Tal como referiu Machiavelli acima, é desses indivíduos e dessas nações que precisamos aprender! E para isso, não precisamos de um batalhão de cavalaria a assaltá-los, ou de uma frota marítima em viagem dos descobrimentos! Os meios tecnológicos hoje existentes, nos permitem obter as experiências e os feitos desses povos de forma rápida e nós nos podemos desenvolver de forma mais acelerada! Mas precisamos de incutir em nós, a cultura de trabalho!

Esse “click” precisa estalar nas nossas mentes e esta é a luta de libertação nacional que se nos impõe neste momento! "

Jonathan McCharty disse...

Reflectindo,

Este tipo de "reaccao" e a criacao de uma sociedade civil com as caracteristicas que propomos, surge exactamente pelo facto da mentalidade desta frelimo ser provinciana e mesquinha!

O grande problema desta gente e' mesmo falta de conhecimento, iniciativa e visao alargada, para desenvolver esta nacao. Por isso eles se comportam, como se comportam!

Como citas, procuram aliciar todo o Empreendedor para as suas hostes, para dar a ideia que essas ideias sao bem sucedidas "gracas a frelimo"!!

Ninguem, com o cerebro no lugar, precisa da frelimo para nada!! Alias, ela propria, tem provado sucessivamente que nao serve para nada!!

Por isso e' que insisto que, a sociedade que queremos deve se desvincular destas politiquices mesquinhas, que nao adicionam valor nenhum as iniciativas que sao geradas!!

A frelimo quer se associar aos empreendedores bem sucedidos, porque ela propria nao tem ideia como as coisas se fazem, como se gera desenvolvimento!

Por isso, vamos deixa-la definhar com a sua mentalidade grupista, mediana e tribalista! Como defendeu Darwin, as especies que nao se expoem a outras estruturas geneticas teem poucas hipoteses de evoluir.........O codigo genetico nao se altera!!

Abdul Karim disse...

Concordo Jonathan,

"Sou de opiniao que, nesta fase inicial, cada um de nos tem que definir a sua area de accao! O Reflectindo criar a sua farma, o Karim a sua empresa de transportes, o Viriato a sua empresa de turismo e, por ai adiante, so para dar alguns exemplos! Parte da afirmacao desta juventude esclarecida, passa por envisionar os meios para materializar estes planos e atingir os propositos desejados!"

Individualmete ja estou a fazer ha bastante tempo.

A ideia era de criar a rede de inicitivas privadas, porque na essencia uma rede cria-se com relacao fluida e pode gerar mais valias entre alas, e que nao tem que necessariamente estar integradas ou interligadas,

Agregar iniciativas pode se apenas termos iniciativas que agregadas deiam um projecto comum, de preferencia novo, pois individualmente cada um tem a sua vida e seus projectos desenhados 'a sua medida.

E foi nessa base que surge a Ideia o BSM, onde era possivel capitalizar a Selecao, criar um grupo economico de pequenos, e polos a jogar em sinergia, rentavel e como plataforma de suporte para projectos com viabelidade de Jovens que pretendam inovar, desenvolver, avancar.

Era uma Ideia para convergencia de inergias, pra uma Causa e ate um sonho teu, dum modelo a "Sillicon Valley" em Mocambique,

Se 'e viavel ou nao, nao sei, se a Seleccao deve capitalizada deste modo tambem nao sei,todos temos que opinar,

Mas a Seleccao 'e Nossa, como podemos capitaliza-la ou deixa-la pra uma outra opurtunidade.

Reflectindo disse...

Eu concordo com a ideia e de facto o importante é partindo de algum lado termos que começar a materializá-la.

Abdul Karim disse...

Na minha opiniao o primeiro step para materializa-la, seria todos os membros da seleccao serem contactados e por-se a ideia na mesa,

Os que poderem opinar no aqui, optimo, os outros deveriam ser contactados para dar a opiniao,

Ai teriamos varios pontos positivos, consolidavamos a Seleccao do ponto de vista de fluidez de comunicacao e teriamos um ponto comum de discussao a nivel financeiro que representa uma opurtunidade individual e colectiva para Selecao e seus membros do ponto vista empresarial, e com uma Causa Comum e Nobre.

Mas acima de tudo demonstravamos que nao estamos so pra fazer estilo, seria uma reaccao criativa, e extremamente avancada tomando em consideracao a origem da ideia, que 'e altamente moderna gerada num Blog Nacional, o que por si so, representa uma inovacao no uso das TIC's em Mocambique.

Apartir dai, acredito que fluiria naturalmente.