Os académicos e defensores dos direitos humanos signatários desta missiva recordaram, uma vez mais, os graves abusos e o desbaratar das riquezas da Guiné Equatorial pelo Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que deu 300 mil dólares à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura de modo a ter direito a um prémio que o prestigiasse.
A continuação da existência deste galardão, proposto há três anos e ainda não atribuído a ninguém, devido à celeuma que levantou, “contradiz a missão da UNESCO e é um insulto aos africanos que trabalham para melhorar a realidade dos seus países”, dizem o arcebispo emérito da Cidade do Cabo, a antiga primeira dama de Moçambique e da África do Sul e as demais pessoas que se associaram à contestação.
Há dois dias um grupo de escritores latino-americanos, entre os quais o prémio Nobel da Literatura Mario Vargas Llosa, peruano, também pediu o cancelamento definitivo de toda e qualquer associação entre uma instância da ONU e um ditador africano que mantém na miséria três quartos dos seus compatriotas.
Os Estados Unidos avançaram já também com uma proposta de resolução no mesmo sentido, dirigida à 185ª sessão do Conselho Executivo da UNESCO, que está a decorrer em Paris até 21 de Outubro.
Fonte: Jornal Notícias - 13.10.2010
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