Segundo o Boletim do Processo Político em Moçambique (AWEPA), o Ministro de Planificação e Desenolvimento, Aiuba Cuereneia, ameaçou aos munícipes de Nacala-Porto de retirarem-se os projectos de investimentos, caso o candidato da Frelimo, Ossufo Chale, não venha a ser o vencedor do escrutínio que hoje, dia 11 de Fevereiro, tem lugar naquela urbe.
As ameaças foram proferidas por aquele membro governamental, durante o lançamento de dois projectos de investimento do governo central que tiveram lugar poucas horas antes do início da campanha eleitoral. No lançamento estiveram presentes líderes comunitários, incluindo Dom Germano Crachane, o bispo da diocese de Nacala.
Ainda, neste lançamento, Ossufo Chale, o candidato da Frelimo, afirmou que os 47 milhões de dólares americanos doados pelos Estados Unidos da America para o Millennium Challenge Account (MCA), os quais são para o melhoramento do abastecimento de água, construção de uma nova barragem e melhoramento da drenagem, são em apoio à Frelimo. Veja aqui.
Recordem-se que o jornalista Mouzinho de Alburqueque de Nampula, a 27 de Novembro de 2008, já havia escrito o seguinte:
”Entretanto, os resultados destas eleições devem ser interpretados como um aviso à navegação. Como, por exemplo, em Nacala-Porto, onde a Renamo e o seu candidato perderam as eleições, algumas pessoas disseram ter optado em votar na Frelimo e no seu candidatado por estarem “fartas” da política penalizante do partido no poder em termos de concretização de projectos de desenvolvimento, que sempre “olhou” mal aquela cidade por ser governada pela oposição, e não por convicção ou por amor à camisola partidária.” Veja aqui.
Neste contexto, Cuereneia e Chale nada mais fizeram no lançamento dos dois projectos que confirmar o que alguns nacalanses haviam informado ao jornalista Alburquerque.
Assim vai a nossa democracia em Moçambique. Daqui há algumas horas, se é que não se declarou, dir-se-á que a 2.a volta em Nacala-Porto foi livre, justa e transparente.
As ameaças foram proferidas por aquele membro governamental, durante o lançamento de dois projectos de investimento do governo central que tiveram lugar poucas horas antes do início da campanha eleitoral. No lançamento estiveram presentes líderes comunitários, incluindo Dom Germano Crachane, o bispo da diocese de Nacala.
Ainda, neste lançamento, Ossufo Chale, o candidato da Frelimo, afirmou que os 47 milhões de dólares americanos doados pelos Estados Unidos da America para o Millennium Challenge Account (MCA), os quais são para o melhoramento do abastecimento de água, construção de uma nova barragem e melhoramento da drenagem, são em apoio à Frelimo. Veja aqui.
Recordem-se que o jornalista Mouzinho de Alburqueque de Nampula, a 27 de Novembro de 2008, já havia escrito o seguinte:
”Entretanto, os resultados destas eleições devem ser interpretados como um aviso à navegação. Como, por exemplo, em Nacala-Porto, onde a Renamo e o seu candidato perderam as eleições, algumas pessoas disseram ter optado em votar na Frelimo e no seu candidatado por estarem “fartas” da política penalizante do partido no poder em termos de concretização de projectos de desenvolvimento, que sempre “olhou” mal aquela cidade por ser governada pela oposição, e não por convicção ou por amor à camisola partidária.” Veja aqui.
Neste contexto, Cuereneia e Chale nada mais fizeram no lançamento dos dois projectos que confirmar o que alguns nacalanses haviam informado ao jornalista Alburquerque.
Assim vai a nossa democracia em Moçambique. Daqui há algumas horas, se é que não se declarou, dir-se-á que a 2.a volta em Nacala-Porto foi livre, justa e transparente.
6 comentários:
Como se o pais fosse da frelimo. Como se os investimentos fossem da frelimo. Como se nao ser da frelimo significasse ma gestao. Que saco!!!!
Reflectindo, Gaza não tem quase nenhum deputado da oposição! resultado disso é tudo que é dado ao País Gaza pode ser o último a receber! Não compreendo até hoje a razão de Felicio Zacarias e a cúpula terem saltado Gaza na reabilitação da EN1? Chibuto por causa do falido Projecto das arreias pesadas se beneficiou de uma estrada que lhe liga ao País julguei que o Trabalho teria sido facilitado se pensar numa estrada que liga Manjacaze ao País porque Fuel temótio já mostrou que com a ajuda do Governo é possível melhorar aquele Distrito. yento! para dizer que a penalização não só quando se vota contra mas também quando se vota em absoluto... hehehe...
Estamos fartos disso! São os moçambicanos que pagam os impostos,independemente da sua origem. Eles não perdem por esperar, o tempo das vacas gordas e corruptas tem dias contados! A ver vamos!
Nelson, essas são as perguntas que faco, as mesma que fiz quando o Vaquina, entendeu que devia falar mal do Daviz, falando dos fundos do governo central. Ou quando o Bulha queria inaugurar fontenária.
Só que vocês deram licão aos Cuereneias e acho que nunca mais farão isso na Beira ou farão com muito cuidado.
Infelizmente lá na minha cidade, em Nacala-Porto, desta vez dormiu-se muito, não sei porquê. Talvez devido a brincadeira inicial de Afonso Dhlakama e muitos ficaram indecisos. Normalmente lá age-se como "napareias", isto é, gente do litoral. Não se aceitam brincadeiras de mau gosto.
Amigo Chacate, este que dás é um bom exemplo de como a maioria da populacão moçambicana é vítima de não sei oquê. A verdade é que muitos mocambicanos são aproveitados pela elite predadora, infelizmente. Desde há muito que vi a situação de Gaza como a vês e eu disse sempre que um dia gazenses perderão a oportunidade que a democracia dá. Aliás a oportunidade já estão perdendo, o que digo é um dia eles não estarem nenhum assento numa eventual bancada da maioria na Assembleia da República. Aliás, até é muito importante ter deputados da oposição, pois que só estes podem reclamar por benefícios à região embora isso seja o mesmo que sujeitar-se a rótula de regionalista.
Não é concebível que os gazenses pensem que são uma pertença da Frelimo; eles não podiam se deixar reféns da Frelimo a ponto de nenhum outro partido lhes servir se bem que dela eles não ganham nada. Mas infelizmente, essa é a realidade. É o mesmo que se passa lá no Planalto dos Macondes. É o que se passa com a maioria dos antigos combatentes que só defende os predadores alocados nesse ministério. Essa maioria está lá no campo a viver pela caça e machambas familiares.
Falo por conhecimento a partir dos que vivem em Mpaco em Nacala-Porto. Porém, muitos deles preferem colarem-se à Frelimo prededora como se os demais partidos não fossem a causa pelo que ele lutaram durante dez anos e muitos deles vindos dos três movimentos de resistência. É autêntica falta de dominacão dos primeiros estatutos da Frente de Libertacão de Mocambique. Não obstante, alguns dos partidos existentes foram criados ou são liderados pelos antigos combatentes ou filhos dos antigos combatentes. Isso que alegra aos predadores.
Veja este exemplo: uma vez, um primo meu estava a jubilar por Margarida Talapa, natural de Memba ser uma grande deputada. E pode-se imaginar quem é esse que jubilava que vida tem. Eu apenas perguntei sobre que ganhos tinha o distrito de Memba por Margarida Talapa ser grande gente da Frelimo? Porquê a estrada directa de Memba para Mazua a qual o meu primo precisa bastante no transporte de feijões, milhos para ir vender em Nacala-Porto, já não existe? Falo de uma estrada que no tempo colonial estava em boas condições e passavam lá autocarros. Ele sabe muito bem disso...
Um outro exemplo é a terra onde Aiuba Cuereneia nasceu e cresceu – Mogincual. Neste momento a população daquela zona está a sofre de fome. Não foi há muito que populares de Mogincual acusaram o administrador do posto (o mais fácil) de lhes ignorar em termos de assistência alimentar e distribuição de insumos. Nunca ouvi algo que Cuereneia tenha feito por aquela gentinha.
Cuereneia deve entender (devia, pelo menos) que o desenvolvimento de Nacala-Porto beneficia também aos “Amuhicuares”, (naturais de Mogincual) que são muitos naquela cidade portuária. Cuereneia como ministro de planificação e desenvolvimento devia entender que Nacala-Porto é importante para todo o país e mesmo África Austral devido as sua condições naturais – a Baía de Nacala-Porto. Será que a escolha de Nacala para os dois projectos foi um gesto de favores.
Cara Gata, é tempo de conscienlizarmos o povo mocambicano para pedir contas aos governantes, exigir que governantes respeitem o povo, aos pagantes de impostos e devedores das dívidas que eles (governantes) contraim até apenas para o seu luxo. Isso temos que fazer a partir de agora e tem que ser sistemático.
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