Gradualmente, de zona para zona de savana, as árvores deverão começar a
crescer e a densidade de árvores a aumentar. No fim do século, as zonas de
savana poderão estar ocupadas por cobertos florestais.
O recente trabalho publicado na Nature, da autoria de investigadores
do Biodiversity and Climate Research Centre e da Goethe
University Frankfurt, sugere que vastas áreas das savanas de África poderão vir
a ser florestas em 2100.
O aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera estará a
provocar o aumento da densidade de árvores em África. A partir de um
determinado nível crítico de concentração de dióxido de carbono a transição de
savana para floresta começará a efectivar-se. No entanto, o nível crítico de
concentração varia de zona para zona de savana, pelo que a transição deverá ir
acontecendo em diferentes alturas.
A evolução das condições atmosféricas vão provocando respostas do sistema
de savana que apresenta um estrato arbóreo e um estrato herbáceo em constante
competição pela dominância, mas com diferentes sensibilidades e respostas à
temperatura, ao fornecimento de dióxido de carbono e aos incêndios. Estas
respostas definem os diferentes equilíbrio dos sistemas, mas as alterações
climáticas estão a acelerar as transições.
A resposta da vegetação a uma maior concentração de CO2 não é tão efectiva
nas regiões do Norte do Globo melhor estudadas. Comparativamente com esses
sistemas, o sistema das savanas tem um défice de CO2 e as árvores responderão
directamente a uma disponibilização de maior concentração de dióxido de carbono.
Fonte: Rádio Moçambique – 03.07.2012
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