As provas já
foram anuladas e dentro de poucos dias os alunos tomarão conhecimento, nas
respectivas escolas, das novas datas para a realização das avaliações
finais do segundo trimestre. Esta foi a decisão tomada ontem pelo director
provincial da Educação e Cultura da Zambézia, José Luís Pereira.
Tal decisão foi
tomada pelo sector da Educação na Zambézia, na sequência de um motim e
barricadas perpetrados na última segunda-feira, pelos estudantes do ensino
secundário geral da Cidade de Quelimane, em protesto contra a anulação dos
resultados das provas semestrais sob alegação de fraude académica.
Perante as
incessantes manifestações, José Luís Pereira teve que dialogar com os alunos. Num
breve contacto com os manifestantes, o director provincial da Educação e
cultura pediu calma e ordem aos alunos, afirmando que o problema seria
resolvido esta semana depois de um encontro do colectivo da direcção e outro
com os directores e pedagógicos das escolas secundárias da capital provincial
da Zambézia.
Falando já com os
Jornalistas, José Luís Pereira explicou que a sua direcção não irá recuar da
decisão de anular as provas, uma vez que está a seguir rigorosamente o
regulamento, segundo o qual, se numa escola houver fraude a avaliação tem de
ser invalidada e realizar-se uma outra e, neste caso, reforçando as medidas de
controlo.
Pereira afirmou
que os valores monetários cobrados pelas direcções das escolas para reproduzir
as cópias dos enunciados serão devolvidos aos alunos e ainda esta semana haverá
um encontro entre o colectivo da direcção e os directores dos estabelecimentos
de ensino para discutir os mecanismos de ultrapassar o imbróglio.
Entretanto, os
alunos fincam pé e afirmam que se a decisão de anular os resultados prevalecer,
eles não voltarão à sala de aulas para fazer uma outra prova. Pedem à direcção
para investigar e punir severamente os funcionários e professores envolvidos
nesta fraude académica, pois são os únicos culpados desta situação.
“se eles queriam
anular as provas deviam tê-lo feito no segundo dia e não agora. As provas
estavam a circular por todo o que é canto de Quelimane e Nicoadala ; as pessoas
que estiveram na elaboração é que têm culpa”, disse Bernardino Bernardo, um dos
estudantes citados pelo jornal Noticias.
Fonte: Rádio
Moçambique – 04.07.2012
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