sábado, agosto 04, 2012

INSS: Rogéria Muianga exonerada de DG

A Ministra do Trabalho, Helena Taipo, determinou, ontem, em Maputo, a cessação imediata de funções da directora-geral do Instituto Nacional de Segurança Social, Rogéria Muianga, no quadro das medidas de reorganização accionadas na sequência de alegados casos de má gestão.


Um comunicado sobre a matéria distribuido ontem e citado pelo Notícias, não fornece detalhes sobre as eventuais provas ou evidências do envolvimento de Rogéria Muianga nos aludidos desmandos na gestão do INSS, fundamentando a decisão no disposto nas Normas de Organização e Direcção do Aparelho Estatal Central e pelo Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.

A decisão de Helena Taipo surge poucos dias depois do anúncio da submissão à Procuradoria-Geral da República (PGR) dos resultados do inquérito levado a cabo pela Inspecção das Finanças ao INSS, de modo a aferir o grau de envolvimento tanto de Rogéria Muianga como de Inocêncio Matavele, este último Presidente do Conselho de Administração daquela instituição, nos casos de gestão danosa do património do INSS.

Sobre este procedimento, o Ministro das Finanças, Manuel Chang, esclareceu que a inspecção levada a cabo pela sua instituição produziu resultados que indiciam os visados de acções passíveis de procedimentos disciplinar e criminal, para o que deixou claro que para cada caso será solicitada a intervenção das autoridades competentes.

Os problemas do INSS vieram à superfície com a intenção manifesta do Conselho de Administração da instituição de adquirir um imóvel para o respectivo presidente no valor de um milhão de dólares norte-americanos, bem como de um concurso problemático publicitado na comunicação social para a selecção de uma empresa fornecedora de material de propaganda do INSS no valor de 25 milhões de meticais.

Tal concurso, recorde-se, viria a ser ganho pela empresa Mtuzi Investimentos, Lda., apesar de as suas propostas serem superiores àquelas apresentadas por outras firmas que também concorreram.

Outra fonte de suspeição foi a adjudicação de uma empreitada avaliada em sete milhões de meticais para a reabilitação duma moradia, algures na cidade da Matola, destinada à directora-geral da instituição.

Fonte: Rádio Moçambique – 04.08.2012

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