O Primeiro-ministro, Aires Ali, exonerou do seu cargo, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), cargo para o qual fora indicado em Fevereiro de 2010.
Um comunicado do do Gabinete do PM não indica as razões que o levaram a afastar o PCA do INSS, uma decisão que ocorre poucos dias depois de a Ministra do Trabalho, Helena Taipo, ter demitido a Directora-Geral da instituição, Rogéria Muianga.
Em finais de Junho, Inocêncio Matavele havia colocado o seu lugar à disposição num encontro que manteve com o Primeiro Ministro, após ter ocorrência de inúmeras irregularidades relatadas na imprensa, reportando graves irregularidades na gestão do chamado “Banco dos Pobres”, nomeadamente dos bens públicos e financeiros da instituição.
No que ficou chamado “Caso INSS”, o assunto foi despoletado quando a Ministra do Trabalho, Helena Taipo, ordenou o cancelamento de um concurso público lançado pela instituição dirigida por Matavele para o fornecimento de material de propaganda. Segundo foi reportado pela imprensa, a ministra Taipo terá constatado que a forma e os termos em que a empresa “Ntuzi Investimentos Limitada” ganhou o concurso estavam feridos de graves irregularidades e ocorreram de forma pouco transparente.
Sabe-se também da existência de um processo na justiça para apuramento dos factos relacionados com a compra de um imóvel para o PCA do INSS no valor de um milhão de dólares, para além da reabilitação de uma residência destinada à já demitida Directora-Geral no valor de 250 mil dólares, o equivalente a sete milhões de meticais.
Nessa altura, a agremiação que une o patronato, a CTA, veio a público condenar a forma como são geridos os bens do Instituto Nacional de Segurança Social, particularmente no quesito financeiro, sugerindo a urgência da revisão do Estatatuto Orgânico do INSS por forma a que o Ministério do Trabalho tenha maior constrolo da sua actuação.
“Tem sido recorrente que quadros afectos à instituição delapidem os cofres da empresa sem que nada os aconteça, incluive há processos na justiça contra elementos ligados ou que estiveram ligados à organização”, sustentou Adelino Buque, da CTA, em conversa com jornalistas.
Fonte: Rádio Mocambique - 10.08.2012
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