Mais uma frota de viaturas de luxo foi apreendida pelas Alfândegas de Moçambique.
E a marca Range Rover continua a liderar a lista das viaturas preferidas pelos
partidos políticos, num negócio que promete ainda desvendar muitos esquemas.
A campanha das Alfândegas de Moçambique contra o negócio de importação de viaturas de luxo, sob pretexto de
pertencerem a partidos políticos, continua e com novas apreensões. E a marca
Range Rover continua a liderar a lista das viaturas preferidas pelos partidos,
aliás, pelos “patrões” dos partidos, que em nome destes mandam importar viaturas
para gozar de isenção aduaneira.
É que 18 dias depois de “O país” ter publicado a apreensão de um lote de
seis viaturas de luxo, eis que mais uma frota de quatro viaturas, também de
luxo, foram apreendidas. Senão vejamos: um Range Rover, modelo Evoque, de cor
branca, com a chapa de inscrição ABF959MC, foi apreendido na manhã desta
segunda-feira; um Range Rover Supercharg, de cor cinzenta, registado com a
chapa de inscrição MLW 48-82, também foi apreendido no dia 7 de Agosto
corrente.
A lista das apreensões é composta ainda por um Land Rover Discovery, cor
preta, com a chapa de inscrição MLW 90-11, recolhido pelas Alfândegas há
sensivelmente uma semana e meia, concretamente no dia 13 de Agosto.
Outrossim, integra a lista das viaturas, estacionadas num dos parques das
Alfândegas e sob fortes medidas de segurança, um BMW de cor verde, modelo M3,
com a chapa de inscrição MLW 89-76, aprendida no dia 7 de Agosto.
Entretanto, uma fonte das Alfândegas de Moçambique, que se escusou a
revelar os nomes dos partidos políticos envolvidos neste negócio de venda de
viaturas de luxo, garantiu ao “O país” que a campanha prossegue e mais viaturas
poderão ser apreendidas nos próximos dias.
A fonte avançou ainda que se trata de um processo que envolve as entidades
de justiça, visto estar provado que a importação destas viaturas não está a
obedecer ao previsto na lei.
Facto curioso é que existe pelo menos um partido que desde o início deste
ano já importou mais de 100 viaturas, todas elas “top de gama”, mas que,
curiosamente, estão na posse ou circulam com pessoas que não têm nada haver com
o partido em causa.
Mas a questão que se coloca, neste momento, e que as Alfândegas ainda não
se mostram disposta a revelar quais os partidos que estão envolvidos neste
esquema fraudulento aos cofres do Estado moçambicano.
Fonte: O País online – 22.08.2012
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