Cerca de cinco milhões de reservas de ferro-vanádio e titânico foram
descobertos e inventariados durante as actividades de prospecção e pesquisa
levadas a cabo pelo Ministério do Recursos Minerais na província de Tete,
segundo a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, na abertura do
Conselho Coordenador a decorrer em Moatize.
Segundo o jornal
Notícias, a titular da pasta dos Recursos Minerais revelou que neste momento
decorrem trabalhos de conclusão do estudo de pré-viabilidade a ser finalizado
ainda este ano, contemplando a construção de uma fábrica de fundição de ferro
na zona de Tenge, a cerca de 50 quilómetros da cidade de Tete.
“Em 2016 prevê-se,
então, o lançamento da indústria pesada de produção de ferro e aço em
Moçambique, com um investimento de 690 milhões de dólares norte americanos”,
disse Esperança Bias.
A ministra dos
Recursos Minerais assegurou que até finais deste ano serão concluídos os
estudos de viabilidade técnico-económica para a exploração dos fosfatos de
Evate no distrito do Monapo, na província de Nampula, e da sua utilização num
complexo químico para a produção de fertilizantes, que poderá vir a ser
construído em Nacala, através de um investimento de cerca de 3 biliões de
dólares norte-americanos.
Referindo-se sobre
a indústria extractiva do jazigo de carvão, Esperança Bias revelou que desde
2007 para cá foram atribuídas quatro concessões mineiras para a extracção de
carvão na província de Tete. O empreendimento de Moatize iniciou a produção e
exportação de carvão no segundo semestre de 2011 e até ao final do primeiro
trimestre deste ano, 2012, o valor da produção superou 2 milhões de toneladas.
“Este valor é mais
do que o triplo da produção anual desde sempre alcançada em Moçambique, no
tempo das extintas Companhia Carbonífera de Moçambique e Carbomoc, Empresa
Estatal. Este ano, testemunhámos a inauguração do empreendimento de Benga e
durante o primeiro trimestre de 2012 foram produzidas neste empreendimento
250.000 toneladas de carvão, das quais 34.000 foram exportadas”, referiu a
ministra dos Recursos Minerais do nosso país.
A pesquisa de
carvão, segundo a titular da pasta dos Recursos Minerais, está em fase avançada
em outras áreas tituladas com licenças de prospecção e pesquisa, a destacar
para novas concessões mineiras a serem atribuídas para os projectos do Zambeze
e Ncondedzi, assim como para as áreas de Revubue e Cahora Bassa.
O Estado, através
da Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM, S.A.), realizou este ano a
sua participação de 5 por cento como accionista no empreendimento de Moatize e
está presentemente a ser negociado o mesmo nível de participação na empresa do
empreendimento de Benga.
“É nosso objectivo
garantir uma participação moçambicana, mesmo se minoritária, nos grandes
empreendimentos do sector, incluindo de carvão e de hidrocarbonetos. Através
destes desenvolvimentos, Moçambique poderá, dentro de poucos anos, atingir uma
capacidade de produção anual de 50 milhões de toneladas, com um volume anual de
exportações de mais de 5 biliões de dólares norte-americanos”, indicou
Esperança Bias.
Fonte: Rádio Moçambique – 05.08.2012
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