Um estudo da fundação privada alemã Bertelsmann, intitulado Índice de
Transformação 2012, indica que o estado democrático de Moçambique é deficitário
pois é afectado pelo domínio do partido no poder, a FRELIMO (Frente de
Libertação de Moçambique) e que os doadores internacionais estão preocupados
com a falta de progresso em melhorar o Estado de Direito e a boa governação.
Segundo o estudo, o resultado foi que "depois da exclusão parcial do
novo partido de oposição, Movimento Democrático de Moçambique (MDM), pela
Comissão Nacional Eleitoral das Eleições Gerais de 2009, muitos doadores
internacionais atrasaram a liberação de seus fundos no início de 2010".
O documento refere que há uma sobreposição entre o Estado, o partido e a
elite económica do país, e que os três (Estado, partido no poder e elite
económica) "caminham de mãos dadas com o enriquecimento pessoal a altos
níveis de corrupção".
Segundo o Índice de Transformação 2012, a situação económica e social de
Moçambique é "problemática", o funcionamento da economia é
considerado pobre, ocupando a posição 90 entre os 128 países analisados.
Assim, o estudo defende o activismo civil e a competitividade como meios
para o desenvolvimento do país. "As políticas económicas orientadas para o
crescimento de Moçambique e os doadores internacionais precisarão de estar
ajustados para focar na melhoria da segurança social e na criação de postos de
trabalho, para manter a estabilidade no país e prover as bases para um
desenvolvimento sócio-económico genuíno", sugere o índice.
Fonte: @Verdade - 08.08.2012
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