MOGOVOLAS (MOÇAMBIQUE), 08 JUL (AIM) – A população do distrito de Mogovolas
queixou-se ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, de alegadamente estar a
ser excluída da exploração de pedras preciosas que abundam um pouco por aquelas
bandas da província nortenha de Nampula.
Paulino Saúte disse sabado no comício popular orientado por Guebuza, na sede do posto administrativo de Iuluti, no quadro da presidência aberta e inclusiva de seis dias a Nampula, iniciada Sexta-feira ultima, que foi a população quem descobriu as pedras preciosas de Maraca, mas ela foi escorraçada do local supostamente a favor de sul-africanos.
“Esta terra é rica em pedras preciosas. A população, quando as descobriu, começou a extrair com recurso a pás. Depois foi aconselhada a se organizar em associações mas, para o nosso espanto, a polícia escorraçou a população e queimou as respectivas palhotas, justificando que aquela terra tinha dono”, explicou Saúte.
Segundo ele, cidadãos sul-africanos se instalaram e vedaram o local, impedindo, igualmente, que a população cuide dos seus cajueiros que se encontram dentro da cercania.
Muito ovacionado, o queixoso manifestou, por outro lado, a sua admiração pelo facto de Guebuza não ter sido oferecido pelo menos uma amostra daquela riqueza.
Segundo Saúte, o distrito de Mogovolas ofereceu ao presidente muitos produtos que simbolizam o que esta parcela do país produz. “Mas não constou nenhuma amostra de pedras preciosas”, vincou a fonte, deixando transparecer que, para a população, há algo de anormal que estará a ocorrer em relação a exploração destes recursos minerais de alto valor comercial.
Entretanto, os informes da secretaria do posto administrativo de Iuluti e da província de Nampula, no geral, em poder da AIM, não se referem especificamente a produção de pedras preciosas.
O da província, apresentado pelo Governador, Filismino Tocoli, refere-se a produção de minerais diversos”, especificando apenas a produção de areias pesadas de Moma e a produção de minério de ferro (magnetite) em Lalaua.
O informe de Iuluti avança apenas que a inexistência da energia da rede nacional “retarda o desenvolvimento económico do respectivo Posto Administrativo, sobretudo aos investimentos nas áreas mineiral e comercial.
Fonte: AIM – 08.07.2012
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