segunda-feira, julho 02, 2012

Cursos técnicos para estudantes a partir do próximo ano lectivo

A partir do próximo ano lectivo, os alunos finalistas do ensino secundário geral, nomeadamente 10ª e 12ª classes, vão frequentar cursos de curta duração leccionados nas escolas industriais e comerciais existentes no país. Neste momento, o Ministério da Educação está a estudar mecanismos para encontrar um modelo “nobre” que possa culminar em “casamento” entre o ensino secundário geral e técnico profissional, visando tornar a instrução profissionalizante num instrumento que garanta que os alunos visados possam frequentar os cursos leccionados no segundo sistema educacional.


A revelação foi feita sexta-feira pelo vice-ministro da Educação, Augusto Jone, à margem do encerramento da II Reunião Nacional do Ensino Secundário, que decorreu no distrito do Dondo, na província de Sofala.

Ao debruçar-se sobre o assunto, Jone revelou que as “máquinas” estão a ser preparadas de forma a que os alunos finalistas da 10ª e 12ª classes do ensino secundário geral frequentem os cursos das escolas industriais e comerciais a partir do próximo ano lectivo.

Ele deu a conhecer que o seu pelouro está neste momento a montar esquemas de funcionamento da nova modalidade de ensino. A anteceder este passo, de acordo com Augusto Jone, o ministério terminou com sucesso o mapeamento das escolas técnicas profissionais existentes no país, sua localização geográfica e os cursos ministrados.

“As direcções nacionais dos ensinos técnico profissional e secundário geral deverão juntos montar módulos para o efeito. Trata-se de cursos de curta duração, que possam capacitar os alunos da 10ª e 12ª classes a fazer uma actividade que seja socialmente útil. O que pretendemos é fazer com que os alunos da 10ª e 12ª classes, por exemplo, possam frequentar cursos de canalização, mestre de obras, contabilidade, serralharia e outros nas escolas industriais e comerciais existentes no país. São áreas de tamanha importância, as quais permitirão com que os alunos possam ganhar dinheiro no futuro” – disse o vice-ministro da Educação, anotando tratar-se de um mecanismo encontrado pelo seu pelouro visando desenvolver o ensino profissionalizante no país.

Quando perguntado sobre a existência de professores capacitados para este propósito, o vice-ministro da Educação respondeu que “podemos não ter docentes preparados especificamente para o efeito, mas um professor, depois de uma preparação universitária e média, pode receber uma capacitação nesse sentido. Em algum momento os professores podem partilhar experiências. Por exemplo, os professores de escola secundária que esteja próxima de um instituto comercial e industrial podem partilhar experiências”.

“Não precisamos especialização em todos os domínios, precisamos sim parcerias. Algumas áreas são transversais. O que pretendemos dizer é que as escolas devem esgotar toda a capacidade local e em algum momento se tiverem dificuldade de um professor de agropecuária, por exemplo, podem solicitar um técnico da agricultura que pode muito bem trabalhar nesta área” – explicou Augusto Jone.

Ainda sobre o mesmo assunto, o vice-ministro da Educação referenciou que o que se pretende no final é incutir no seio dos alunos a importância de cultura de trabalho de forma a não esperar pelo emprego do Estado.

“O ensino profissionalizante não pode ser visto apenas como a introdução de disciplinas como agropecuária, empreendedorismo e outras. O importante é como aliar as escolas secundárias com as técnicas profissionais próximas” – afiançou Jone, para quem o ensino profissionalizante pode ter relevância para os alunos nas classes terminais, os quais, tendo aulas à tarde, podem no período de manhã frequentar as escolas industriais e comerciais para aprender pacotes de contabilidade, electricidade e outros cursos técnicos.

“Isso significa que terminando a 12ª classe, por exemplo, e não conseguirão ingressar nas universidades, os alunos podem fazer uma actividade resultante da aprendizagem feita nas escolas técnicas” – revelou o nosso entrevistado.

EDUCAÇÃO MORAL, CÍVICA E AMBIENTAL

O vice-ministro da Educação, Augusto Jone, disse num outro desenvolvimento que paralelamente ao processo de ensino e aprendizagem no nível secundário geral, os professores afectos a este nível deverão doravante resgatar a educação moral, cívica e ambiental no acto da leccionação.
“A escola deve continuar a ser o complemento das actividades dos pais. Portanto, os valores morais devem ser tomados em consideração em todo o momento pelos professores. O respeito mútuo, a solidariedade, a justiça, o amor ao próximo devem ser cultivados porque são fundamentais para o desenvolvimento da personalidade humana” – referiu Augusto Jone, acrescentando que a componente ambiental visa incutir no seio das crianças a conservação do meio ambiente.

Fonte: Diário de Moçambique – 02.07.2012

5 comentários:

Anónimo disse...

Adorei a ideia vamos ver si vai dar serto

Anónimo disse...

qual e a nota minima e idade minima pra concorer a formacao de professores primarios com nivel medio(12classe) em mocanbique

Unknown disse...

qual e a nota minima e idade minima pra concorer a formacao de professores primarios com nivel medio(12classe) em mocanbique

Unknown disse...

gostei de saber queria saber se nao tem curso de electricidade

Anónimo disse...

Por que e por analogia o IIM nao passa para Instituto Industrial Superior de Maputo, como o Antigo instituto commercial do Maputo!