“Moçambique é de facto um país da
moda. (...) Neste momento é o país que mais interesse suscita aos investidores
portugueses”, disse Diogo Gomes de Araújo, em entrevista à Lusa.
Para explicar esta preferência entre
as firmas que procuram a Sofid, sobretudo pequenas e médias empresas (PME), o
presidente da instituição financeira aponta a previsibilidade do mercado
moçambicano, assim como a forma “moderna, transparente e flexível” com que o
país promove o investimento directo estrangeiro.
“Quando investe em Moçambique, (o investidor)
sabe quais são as regras, quais os apoios, qual o tratamento que as autoridades
locais lhe vão dar, enquanto noutros países é mais incerto”, esclareceu.
Comparativamente com o mercado
angolano, por exemplo, o moçambicano dá mais flexibilidade ao investidor,
acrescentou Diogo Gomes de Araújo, exemplificando: “Uma pessoa que queira abrir
uma loja com cem mil euros em Moçambique pode fazê-lo. Em Angola, a nova lei do
investimento privado exige que o investimento seja superior a um milhão de
dólares”.
Além disso, lembrou, Angola teve a crise dos pagamentos em 2008, que assustou
as empresas.
Entre 2009 e 2010, a Sofid sentiu essa
mudança: “Deixou de ser tanto Angola o país do interesse dos empresários e
passou a ser Moçambique”, disse.
O responsável admitiu, no entanto,
que o facto de a Sofid ser a entidade gestora do Investimoz, o fundo português
de apoio ao investimento em Moçambique, pode também ser determinante na
quantidade de empresas que procuram a instituição com Moçambique em vista.
“Acredito que haja muitas empresas
que nos visitam por termos um instrumento de investimento específico para
aquele mercado e que é significativo. São 94 milhões de euros”, disse.
Depois de Moçambique, Angola surge em
segundo lugar, juntamente com o Brasil, entre os mercados mais procurados pelas
empresas que consultam a Sofid.
Os restantes países lusófonos “não têm tanta expressão e todos têm os seus constrangimentos”, disse o responsável da Sofid, exemplificando com a pequena dimensão e a insularidade de São Tomé e Príncipe e com a instabilidade da Guiné-Bissau – onde chegou a ser aprovado um projecto que não avançou porque o promotor desistiu devido à crise política.
Os restantes países lusófonos “não têm tanta expressão e todos têm os seus constrangimentos”, disse o responsável da Sofid, exemplificando com a pequena dimensão e a insularidade de São Tomé e Príncipe e com a instabilidade da Guiné-Bissau – onde chegou a ser aprovado um projecto que não avançou porque o promotor desistiu devido à crise política.
“No caso de Cabo Verde, pode haver
oportunidades no turismo e no urbanismo”, disse, referindo que a Sofid tem
alguns projectos em avaliação nessas áreas.
Quanto a Timor-Leste, apesar da insularidade, da imaturidade política e da distância, Diogo Gomes de Araújo vê oportunidades na constituição do fundo de petróleo: “Pode despertar uma série de oportunidades que podem ser aproveitadas pelas empresas portuguesas e, nesse caso, estaremos junto delas para as apoiar e para as financiar”.
Quanto a Timor-Leste, apesar da insularidade, da imaturidade política e da distância, Diogo Gomes de Araújo vê oportunidades na constituição do fundo de petróleo: “Pode despertar uma série de oportunidades que podem ser aproveitadas pelas empresas portuguesas e, nesse caso, estaremos junto delas para as apoiar e para as financiar”.
Além dos países lusófonos, a Sofid
tem projectos em países como Marrocos, Chile, Perú e Colômbia, assim como na
África do Sul, onde existe uma importante diáspora portuguesa.
Fonte: Diário de Moçambique – 06.07.2012
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