“1º de Maio” em Gaza
Enquanto isso, a Polícia de choque (Força de Intervenção Rápida), na cidade de Quelimane, confrontou-se com taxistas e ciclistas impedindo-os de desfilarem.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), na vila municipal da Macia, na província de Gaza, deteve ontem, no decurso das comemorações do 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, cinco pessoas, todas elas membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), acusando-os de provocarem desacatos contra as autoridades e insultarem-as.
Foram detidos Agnaldo Rui Navalha, presidente da Liga Juvenil a nível da província de Gaza, Hermínio Mahanuque, dirigente da Liga Juvenil da Cidade de Xai-Xai, Manafe Mulhovo, chefe de Mobilização e Propaganda Provincial, Mércia Cossa e Verónica Jamisse, esta última de apenas 14 anos.
O MDM decidiu juntar-se à marcha dos trabalhadores, cujas cerimónias centrais, a nível da província de Gaza, tiveram lugar na vila da Macia.
Dos cinco detidos, quatro deles foram mais tarde restituídos à liberdade, permanecendo em cárcere Manafe Mulhovo, indiciado de ter proferido palavras injuriosas.
Na verdade, segundo apurou a nossa Reportagem, Manafe Mulhovo teria dito que “nas nossas casas as capoeiras são feitas de caniço, e que o povo moçambicano também vivia em casas de caniço por culpa do Governo, enquanto o MDM tem projectos de construir casas de bloco e cimento para moçambicanos”. Isso foi considerado pela Polícia como sendo um “insulto com direito a cadeia”.
Segundo Agnaldo Rui Navalha, presidente da Liga da Juventude do MDM em Gaza, ao decidir juntar-se à marcha dos trabalhadores, o partido escreveu para a administradora distrital da Macia, manifestando a intenção, tendo sido autorizado a fazê-lo, “mas sem insígnias e distintivos do partido MDM”, uma exigência que os elementos do MDM acharam ilegal. Ler mais
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