quinta-feira, maio 23, 2013

Sheik Abdul Carimo é novo presidente da CNE

O sheik muçulmano Abdul Carimo foi eleito hoje presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, arrecadando nove votos entre os 11 membros do órgão que tomaram posse na quarta-feira.

Segundo os resultados divulgados à imprensa por António Chipanga, vogal da CNE, Abdul Carimo venceu Paulo Cuinica, que obteve dois votos.

Abdul Carimo entrou na CNE em representação da sociedade civil, juntamente com Paulo Cuinica e Rabia Valgy, para a qual estão legalmente reservadas três vagas no órgão.

O novo presidente da CNE vai substituir Leopoldo da Costa, que vinha dirigindo a instituição desde as eleições municipais de 2008 e renunciou ao segundo mandato, devido a irregularidades no seu processo de candidatura.


Entretanto, o Presidente Armando Guebuza, exarou já o despacho presidencial que nomeia, Abdul Carimo para presidir CNE, órgão responsável pela supervisão dos recenseamentos e actos eleitorais em Moçambique.

A nova CNE vai dirigir as eleições municipais de novembro próximo e as gerais (presidenciais e legislativas) de 2014.

Nos termos da lei eleitoral moçambicana, a CNE está incompleta, uma vez que apenas foram empossados 11 dos seus 13 membros, dado que os dois membros da Renamo, principal partido da oposição, boicotaram o ato de investidura, em obediência à posição do partido de não integrar o órgão.

A Renamo condiciona a sua participação nas próximas eleições à incorporação na lei eleitoral da cláusula da paridade na CNE, que permita que os partidos com assento parlamentar tenham igual número de membros no órgão, como garantia de independência do mesmo.

Além dos três membros provenientes da sociedade civil e dos dois que devem ser indicados pela Renamo, a CNE é constituída por quatro representantes da Frelimo, partido no poder, um do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido, e dois magistrados.

Fonte: (Rádio Mocambique/AIM/Lusa - 23.05.2013

1 comentário:

Anónimo disse...

A eleição do presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), de Sheik Abdul Carimo, sem dúvida foi manipulada por Brazão Mazula e seus cúmplices. Mesmo o processo da nomeação, selecção e eleição dos outros candidatos foi uma violação grosseira da Lei. A injusta representação da sociedade civil e das mulheres é contra todas as Normas e Padrões da SADC, que prevêem um “processo eleitoral livre e transparente para todos os intervenientes, governo, partidos políticos, comissões eleitorais e a sociedade civil”, a participação de “candidatos independentes” e de “pelo menos 30% mulheres”.

Para mim, a nova CNE traga confiança nenhuma aos resultados de futuras eleições. A continuidade da fraude eleitoral é quase garantida. Será que os Países doadores querem suportar com o dinheiro dos contribuintes esta degradação da democracia?

do Oxalá