Alguns cidadãos residentes no distrito de Rapale, em Nampula, acusam as entidades que superintendem o sector da Saúde, Mulher e Acção Social da prática de nepotismo no processo de ingresso para o preenchimento de vagas naquele sector.
Segundo dados em poder do nosso Jornal, o caso mais flagrante da situação acima mencionada aconteceu recentemente, quando a Direcção da Saúde, Mulher e Acção Social do distrito de Rapale terá supostamente “simulado” um concurso público de preenchimento de 30 vagas para auxiliar de serviços.
Para cidadãos como Helena António “não é verdade que todos os que concorreram às vagas ao nível do distrito de Rapale sejam burros. Veja que só foram aprovadas apenas três pessoas”.
Para ela, tudo foi feito para “inglês ver” e propiciar a colocação de parentes, amigos e quiçá favorecer outras pessoas a troco de valores monetários.
“Veja que até o posto de servente nós que não temos costas quentes pudemos ocupar?” -lamentou António.
Abílio Abuque Manuel, chefe dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher, Acção Social e porta-voz do Governo de Rapale, confirmou a realização de um concurso público para preenchimento de vagas de auxiliar de serviços no sector que dirige.
Segundo ele, não constitui verdade que o processo de apuramento dos candidatos tenha sido orientado no sentido de acautelar os interesses de parentes, amigos e outras pessoas próximas do pessoal em exercício naquele sector ao nível daquela unidade territorial.
“O concurso não era unicamente para a população residente no distrito de Rapale. Concorreram pessoas de outras partes da província e, possivelmente, de outros pontos do país e se passaram apenas três pessoas que são naturais de Rapale foram estas que conseguiram preencher os requisitos e não se tratou de simulação nenhuma” - justificou-se Manuel.
Fonte: Jornal Notícias – 29.05.2013
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