quarta-feira, maio 08, 2013

Órgãos estatais “pintados” com cores políticas

Porém, as reclamações da oposição vão além da CNE. Há anos que a FRELIMO é acusada de pintar os órgãos do Estado com as próprias cores políticas. Observadores independentes culparam a FRELIMO de utilizar meios do Estado durante a campanha eleitoral de 2009 ou de dar preferência a membros do partido ao distribuir cargos públicos.

Antes disso, também os bispos católicos em Moçambique, por exemplo, disseram estar preocupados com aquilo que chamavam de “coacção de cidadãos” a pertencer ao partido do poder, numa carta de 2008 citada pela imprensa. Segundo Fernando Lima, ainda hoje esse tipo de situações existe, embora de forma “mais sofisticada”.

O analista conta que “a prática é: uma pessoa é nomeada para uma determinada função no aparelho de Estado, numa empresa pública, e no dia seguinte tem uma ficha em cima da sua secretária, quando não é antes, para aderir ao partido FRELIMO.” Fernando Lima diz tratar-se de uma “situação corrente, que a esmagadora maioria dos directores no aparelho de Estado e nas empresas públicas conhece.” Escute aqui.

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