A Ministra do Trabalho Helena Taipo afirma o seguinte, citado no o País online:
Americanos devem cumprir a lei em vigor no país
Taipo avançou ainda que “foi surpreendente ver o senhor Todd Chapman, na imprensa, a falar de uma provável ameaça de corte de financiamento.
Os Estados Unidos da América pretendem enviar a Moçambique 20 médicos para trabalharem em projectos ligados ao HIV/ Sida. Contudo, até aqui o pedido de envio dos referidos médicos ainda não teve o devido aval por parte do governo moçambicano que exige o cumprimento da lei para a entrada daqueles cidadãos no país.
O facto pode não ter agradado os americanos, pois o encarregado de Negócios em Moçambique, Todd Chapman, disse, há dias à imprensa, que o governo de Washington ameaça cortar o seu financiamento aos projectos no nosso país caso a entrada de médicos norte-americanos não seja autorizada pelas entidades nacionais.
Em reacção a esta posição, a ministra do Trabalho, Helena Taipo, disse, terça-feira que o governo moçambicano mantém a mesma posição plasmada na lei em relação ao trabalho migratório. Taipo avançou ainda que “foi surpreendente ver o senhor Todd Chapman, na imprensa, a falar de uma provável ameaça de corte de financiamento caso o governo não aceitar a vinda de médicos americanos. “Não entendo a razão disto, porque este é um assunto que debatemos em fórum próprio com o senhor Todd e outros diplomatas”, frisou aquela governante para a seguir acrescentar que “ os investimentos devem ser recíprocos e não de troca de emprego, o que queremos é que os americanos cumpram a lei. Não é a primeira vez que os americanos forçam uma questão e ameaçam cortar investimentos”, disse Taipo.
Contudo, Taipo diz que já tem em mãos a resposta do Ministério da Saúde. Esta, dá conta que no lugar da vinda de 20 médicos como inicialmente pediram os americanos, a instituição MISAU admitiu o envio de apenas 11 médicos perante a apresentação de comprovativos de que são realmente pessoas formadas em medicina.
Perante esta posição, a ministra do Trabalho avançou que a partir de agora tudo está nas mãos dos americanos. Quanto à alegada ameaça do corte de financiamento, Taipo, disse: “se a imposição do investimento é trazer mão-de-obra estrangeira, então não estamos a falar a mesma linguagem”.
No sua explanação, a titular da pasta de trabalho defendeu ainda que a contratação de estrangeiros para trabalharem em Moçambique obedece à quatro categorias, nomeadamente, por quotas, contratação de investimentos, curta duração ( 30 ou 90 dias) e finalmente a autorização, onde os critérios são muito mais rigorosos.
Helena Taipo reconhece que o estabelecimento de quotas por província pode não estar a agradar as ONG que operam no país.
Constato algumas contradições quanto ao que foi publicado no Jornal Notícias, sobretudo, nas seguintes afirmações:
Num outro desenvolvimento, Helena Taipo considera que o Encarregado de Negócios dos EUA teria se excedido muito ao dizer que o expediente de pedido de entrada de médicos americanos dura há um ano, tendo esclarecido que a papelada deu entrada em Novembro do ano passado.
“Quem está a demorar já não é o lado moçambicano mas sim dos EUA, porque o que nós queremos é que nos provem as qualificações destas pessoas. O que custa trazer um certificado para provar que são médicos? Se não há nada de mal que tragam a documentação destes 11 especialistas que foram aceites pelo Ministério da Saúde e o que devem fazer é provar que são mesmo da área”, disse Maria Taipo.
1. Afinal quando é que o Ministério recebeu resposta do Ministério da Saúde? Depois da conferência de imprensa?
2. A Ministra considera que o Encarregado de Negócios dos EUA excedeu ao dizer que expediente de pedido de entrada de médicos americanos durava um ano, mas será normal e segundo às regras que tenham passado quase seis meses (como ele afirma) sem que o expediente tenha sido despachado?
3. Porquê 11 médicos e não 20? Quem pagará os salários desses médicos, será Moçambique ou os EUA?
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