sábado, novembro 06, 2010

Kikwete re-eleito presidente na Tanzânia

O presidente tanzaniano Jakaya Kikwete foi re-eleito após as eleições de domingo passado. O actual chefe de estado bateu a oposição ao reunir 61% dos votos, segundo dados oficiais.
A comissão Eleitoral voltou a rejeitar alegações de irregularidades na contagem.
Kikwete, de 60 anos de idade, tem sido elogiado pelo novo impulso que deu à economia da Tanzânia, mas os críticos do presidente acusam-no de não ter conseguido lidar com a pobreza generalizada no país.
A economia da Tanzânia é a segunda maior da África Oriental, apesar de mais de metade da população viver abaixo do limiar da pobreza, segundo dados do Fundo Monetário Internacional.
O principal líder da oposição e candidato adversário, Willibrod Slaa, exigiu uma recontagem dos votos mas as autoridades eleitorais dizem os casos de irregularidades não são suficientes para alterar o resultado final.
Jakaya Kikwete, que presidiu à União Africana em 2008, vai cumprir assim o seu segundo e último mandato.

Fonte: BBC - 06.11.2010

Reflectindo: O sublinhado é meu e aqui quero questionar se é que se reconhece que houve irregularidade e isso deve ser fraude (estamos acostumados às denominacões) porquê recusar-se a recontagem que alviaria a milhares de almas tanzanianas? Será que o discurso das autoridades eleitorais convence aos eleitores que a fraude não foi suficiente para alterar o resultado? É apenas o resultado final que está em causa e nunca a credibilidade das eleicões em si e das autoridades eleitorais? Desta maneira, não estarão as autoridades a estragar também a vitória de Kikwete?

2 comentários:

V. Dias disse...

Quando a democracia é de plástico dá nisso.

Zicomo

Reflectindo disse...

Democracia de plástico dá para rir. Mas é como tenho pensado enquanto não acreditarmos na democracia nunca procuraremos regras claras da democracia. Recorreremos sempre eleicões para satisfazer os doadores e nunca os eleitores.
Nada era difícil recontar os votos para que a vitória de Jakaya Kikwete fosse MAIS PURA como a água.

Afirmar-se que os casos de irregularidades não eram suficientes para alterar o resultado final só me recorda as fraudes eleitorais em Mocambique. Até aqui ninguém me explicou o mal da recontagem dos votos, se bem que os que a propõem, dizem que é para saber com clareza o verdadeiro vencedor. Por exemplo, tenho a máxima certeza que Joaquim Chissano e toda a Frelimo não saibam até aqui se foi Chissano ou Dhlakama o verdadeiro vencedor das eleicões de 1999.