Tudo leva a acreditar que o discurso oficial usado como “cavalo de batalha” do Presidente Armando Guebuza, desde que tomou o poder em 2005 de luta contra a pobreza, está a se tornar uma miragem, a acreditar nas sucessivas evidências estatísticas que amiúde são tornadas públicas.
Dados mais recentes dão conta do aumento em cerca de 1,8 milhão de pessoas que caíram para subsistir
em níveis considerados “abaixo da linha da pobreza”.
Trata-se de um balanço final do próprio Governo sobre a incidência da pobreza em Moçambique, passado para a disponibilidade pública semana passada e a cuja cópia o Correio da manhã teve acesso.
Os moçambicanos a viverem “abaixo da linha da pobreza” passaram de 9,9 milhões, em 2003, para cerca de 11,7 milhões em 2009.
Numa tentativa de amainar o quadro, o mesmo Governo alega que o nível global de pobreza “caiu em 12,1%”, no mesmo período.
A justificação para o aumento do número é dada pelo Governo como se devendo ao crescimento da população em mais três milhões de pessoas, entre 2003 e 2009.
Emprego Relativamente ao emprego, o Governo vangloria-se com a pretensa “contínua subida de empregos”, afirmando, porém, que não se pode aferir o nível de enquadramento desses empregos, “quanto ao padrão de decência (emprego decente)”.
Em 2005, a taxa oficial de desemprego foi estimada em 18,7%. (F. Saveca)
Fonte: Correio da Manha - 17.11.2010 in Diário de um Sociólogo ver aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário