O antigo administrador de Eráti, província de Nampula, Agostinho Chilua, foi detido esta Segunda-feira sob acusação de desvio de fundos de desenvolvimento distrital, vulgo sete milhões de meticais.
A directora do gabinete provincial de combate à corrupção em Nampula, Hermínia de Braca, disse que as investigações concluiram que houve uso indevido dos referidos fundos.
Hermínia da Braca adiantou que pesam sobre Agostinho Chilua os crimes de desvio de fundos, participação económica ilícita em negócios.
A detenção do antigo administrador do distrito de Eráti, Agostinho Chilua, resultou de uma denúncia popular.
Fonte: Rádio Moçambique - 22/11/2010
8 comentários:
Depois dizem que não ha combate a corrupção.
Leonel
Caro, Leonel,
E este é o sinal de combate à corrupção? Ou é suficiente para provar que há combate à corrupção?
Reflectindo, essa é a prova de que estão a combater a corrupção sem olhar para as pessoas. Ministros, PCAs, Directores, Administradores e outros quadros seniores estão indo a barra do tribunal.
Leonel
Caro Leonel
Que o povo está empenhado no combate à corrupcão, não há dúvidas. E veja que Nampula, três administradores já estão fora. Mas há muita coisa que podemos interrogar. Os PCAs, Ministros já foram detidos? Todos os envolvidos no caso dos Aeroportos ~por ex. foram julgados? E o caso da Direccão Provincial dos Antigos Combatentes de Maputo, da Direccão Provincial da Agricultura do Niassa?
Meu amigo, há muita coisa...
Caro Leonel
Depois do que li no O País sobre este caso, dá para debatermos ainda sobre a essência do combate à corrupcão. Como o caso dos Aeroportos, parece-me que aqui é graças à ZANGA DAS COMADRES.
Caro Amigo,
estas a pedir que todos casos sejam resolvidos da noite para o dia?
O Ministro ja foi condenado e assiste-lhe o direito ao recurso. Não vais dizer que não ha combate a corrupção pelo simples facto do cidadão Mumguambe ter accionado um direito constitucional?
Infelizmente, a minha lógica de combater a corrupção não se resume, simplesmente, a prender pessoas.
No caso do ex-administrador de Angoche, que foi expulso do aparelho do estado, não consideras combate a corrupção?
O julgamento do caso das Finanças na Matola não é um exemplo de combate a corrupção? A prisão do director provincial da juventude e desportos de Niassa não se enquadra no âmbito do combate a corrupção?
Não achas tendencioso reduzir o cambate a corrupção, a resolução dos casos da Direccão Provincial dos Antigos Combatentes de Maputo e da Direccão Provincial da Agricultura do Niassa?
Leonel
Carol Leonel
Quando ao comentar-se sobre esta notícias é e só se insiste que nos convença como prova de combate à corrupção, então, Agostinho Chelua passa a ser um simples sacrificado, para iludir particularmente aos doares. E seria isso para que interesse?
Eu não estou a querer ver Chelua solto antes pelo contrário que todos os corruptos, ladrões sejam detidos e julgados como ele.
Quando se reporta um caso destes, sou da opinião que é necessário reflectir para ver se não é o que acontece com os vulgos sete biliões em muitos distritos. Vezes sem conta, tem havido gente que defende que é impossível que os administradores distritais usem individualmente parte dos sete biliões, mas em todas as províncias têm havido queixas públicas quase com provas, embora raras vezes haja investigação. Essas queixas têm se feito ao Presidente da República nas suas visitas aos distritos, caso que tem nos preocupado.
Há um outro caso. Apesar de existência de inspectores em todos os sectores e auditorias, raras vezes senão nunca, os delapidadores dos bens públicos são responsabilizados por iniciativa daqueles. O caso Agostinho Chelua é interessante por ter sido graças à denúncia por duas vezes do artesão, seu sócio, que o caso chegou a esta fase. É por esta razão que digo que é graças à zanga das comadres. Identicamente se passou com o caso dos Aeroportos. Não foi?
Ora, pelo que me recordo, em Nampula, há pelo menos dois casos que ainda não têm resposta. Sobre o caso do ex-administrador de Angoche, já escrevi bastante neste blog, ver aqui por isso dispenso escrever mais. Mas posso afirmar que nem que seja sacrificar, as denúncias populares em Nampula, dão algum efeito.
Mas deixe-me continuar. Anteriormente perguntei se os PCAs e o Ministro havia sido detidos. Continuo a questionar isso mesmo, pois Agostinho Chelua está detido e daí para ser julgado; Almerino Manhenje foi detido para ser julgado. E no caso Aeroportos o que aconteceu e acontece? Eles accionam o direito constitucional e podemos imaginar se tivermos em conta algum processo independente já morreu. Não achas lógico? Será que as detenções são para uma imagem de fora?
No caso Aeroportos está implicada a Frelimo que usufruiu uma parte significante daquele furto. Um caso escandaloso e lá ninguém assumiu a responsabilidade, pelo contrário houve promoções. Quem pode acreditar que o partido no poder não sabia que Cambaza estava a roubar nos Aeroportos para doar todo aquele dinheiro para a reabilitação da escola central da Frelimo?
O Amigo Leonel me faz a seguinte pergunta: estas a pedir que todos casos sejam resolvidos da noite para o dia?
Aqui acho que Leonel não sabe que os casos, que são só alguns, não são de hoje, que já têm barbas brancas. Portanto mais do que eu alongar vou remeter-te alguns links, os quais poderás seguir, o caso da Direcção Provincial dos Antigos Combatentes de Maputo aqui e da Direcção Provincial da Agricultura do Niassa aqui.
Para além de tantos casos de desvio de dinheiro, há os casos eleitorais (corrupção também) que já vão a centenas de infractores (desvios e inutilização de votos, desvio de bens públicos) e que a partir de 2003 têm tido nomes, mas ninguém os toca, a menos que a corrupção não tenha beneficiado ao partido no poder, a Frelimo. Portanto, meu amigo, há aqui selecção de casos.
Continua
Caro Leonel,
Caro Leonel, para mim também, o combate à corrupção não se resume a detenções, antes pelo contrário, é para mim importante que se criem dificuldades ao alcance dos fundos e os motivos para a corrupção, tais como ser promovido na função pública por ter praticado fraude eleitoral. O nível de corrupção dum país não se mede pelo número de corruptos presos, mas pela ética e moral dos cidadãos desse país – é pela consciência dos cidadãos em geral.
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