As eleições presidenciais da Guiné-Conackry foram ganhas por Alpha Condé, histórico opositor, com 72 anos, ao receber 52,52 porcento dos votos, segundo os resultados anunciados segunda-feira pela Comissão Eleitoral. Condé obteve 1 474 666 votos, em 24 das 28 circunscrições do país, contra os 1 333 666 registados pelo seu adversário, Cellou Dallein Diallo, correspondentes a 47,48 porcento, precisou o chefe da comissão, o general Siaka Sangaré, do Mali. A taxa de participação foi de 67 porcento.
O anúncio da vitória de Condé ocorreu num clima de tensão em Conackry, incluindo confrontos entre os jovens apoiantes de Diallo e as forças de segurança, que provocaram pelo menos um morto e dezenas de feridos.
Na primeira volta, realizada a 27 de Junho, Diallo conseguira recolher 43 porcento dos votos, contra 18 porcento de Condé.
O jogo das alianças e a importância do voto étnico estão a ser vistos como os factores explicativos para a vitória de Conde, que já convidou o seu adversário, para a “concórdia”, defendendo que “chegou a hora de estender a mão”, na primeira declaração feita após o anúncio da sua vitória.
Por seu lado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convidou a população a “aceitar os resultados da eleição” e a “resolver qualquer diferendo através das vias legais”.
No mesmo sentido, o secretário-geral da francofonia, Abdu Diouf, apelou, também através de comunicado, aos agora ex-candidatos às eleições presidenciais que “aceitem os resultados e recorram exclusivamente às vias legais se houver alguma contestação”.
Fonte: Jornal Notícias - 17.11.2010
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