No segundo dia das manifestações, alguns agentes da PRM circulavam à paisana e em viaturas disfarçadas, disparando indiscriminadamente contra pessoas que circulavam nas vias públicas.
Mesmo assim, a Policia não conseguia dispersar os manifestantes.
No Benfica, policias fardados foram vistos na noite de quinta-feira pela população a carregar sacos de arroz e bidons de 25 litros de óleo alimentar para parte incerta. No primeiro dia das manifestações, ainda no Benfica, uma viatura da Polícia foi vista carregada de sacos de arroz, depois de agentes da lei e ordem terem dispersado manifestantes que saqueavam um armazém.
Ainda no Benfica, uma das zonas mais agitadas ao longo da Av. De Moçambique, dois policias ficaram sem munições no meio de manifestantes. Estes descobriram e partiram para cima deles. Só uma negociação – os manifestantes exigiram para que a Policia não disparasse - foi possível evitar que as armas ficassem nas mãos dos manifestantes.
Os prejuízos resultantes dos dois dias das manifestações são tão enormes e ultrapassam de longe os 122 milhões de meticais que o Conselho de Ministros comunicou ontem. No lugar de tomar medidas e dar respostas que os manifestantes exigiam, o CM apressou-se em fazer as contas da manifestação, quando no terreno o saque e vandalização de propriedades públicas e privadas prosseguiam. Algumas estradas vão precisar de obras de resselagem para corrigir os desníveis causados por pneus queimados. São disso exemplo as avenidas de Moçambique, de Angola, Acordos de Lusaka e EN4.
Fora a paralisação dos serviços, a manifestação afectou a FACIM que teve que encerrar as portas por dois dias. Alguns empresários internacionais que se dirigiam a feira ficaram retidos no Aeroporto Internacional de Maputo. Todos os voos foram cancelados. Os gestores da FACIM prorrogaram para dia 7 (próxima terça-feira) o término da feira.
As autoridades da educação deverão fazer um esforço para conseguir cumprir com os currículas escolares em face de três dias de aulas paralisadas.
Alguns hospitais da capital ressentiram-se da falta de pessoal que não conseguiu sai das casas para o trabalho.
Diferentemente do 5 de Fevereiro, as manifestações desta semana pararam sem uma resposta por parte do executivo.
Fonte: SAVANA, edicão de 03.09.2010 in Diário de um sociólogo
4 comentários:
Viriato,
Policia, governo, ministros , presidente, tribunal, so tem ladroes,
Esse estado tem maioria mais que absoluta de ladroes,
ja viste gulopotamo xiconhoca como rouba ? opah ate da pena ver, 'e doentio, nao escapa nada, aquelas quinhentinhas dos velhinhos que andaram a ser descontados toda vida, roubam essas xiconhocas.
Estas a perceber o problema, mano ?
'E gravissimo, voce quer ajudar, eles roubam, voce quer dar, tambem eles roubam, voce quer plantar, eles roubam, voce pensa, eles roubam, sao ladroes, so ladroes, ladroes, ladroes , ladroes por tudo quanto 'e sitio, demanha, atarde e anoite, a roubar.
xiconhocas pa, estou pensar em mudar de nacionalidade,
Viriato, vamos pro zimbabwe, teu pai adoptivo mugabe, 'e muito preferivel, 'e santo, comparado a esses nossos xiconhocas.
Eu não te dizia que Mugabe é mais santo que estes nossos? Porque os conheço. Ninguém, repito, ninguém pode ser ou gostar da Oposição se não conhece a quem se opõe. Ninguém. Eu conheço mal a Frelimo mas conheço bem o que são capazes de fazer.
A polícia anda faminta e eu não levo a mal. É o direiro deles. Este país foi hipotecado aos interesses dos frelimistas. Pronto, disse.
Zicomo
Hipotecado ??
Esta falido, vendido com o Povo nu ,
PRM 'e faminta porque os chefes deles roubaram-lhes tambem,
E invez de entenderem que o Povo esta sendo roubado como eles, disparam pro Povo.
Estao a matar o Povo que tambem sofre como eles.
Isto 'e o que entao ??
Claro que também apanhou boleia...
O vencimento baixo não é razão para um comportamento menos abonatório ou para dar um mau exemplo.
Penso que a Polícia faz o juramento de servir o país e o povo, de ser exemplar e de cumprir a lei.
O que é isto senão uma transgressão da lei?
Atirar em seres indefesos? A vida humana não tem mesmo valor nenhum neste nosso Moçambique. Quando se trata de actos perpetrados por agentes da Frelimo ou seus comparsas, sacode-se a água para debaixo do capote, e nada acontece, e a vida continua...
Um capitalismo selvagem...
Maria Helena
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