A União Europeia (UE), um dos mediadores do diálogo político, indicados pelo Governo, condenou, ontem, os assassinatos em série, visando fundamentalmente membros dos partidos da Frelimo e da Renamo, e diz que a violência não vai resolver as diferenças entre as partes.
Falando numa conferência de imprensa, que teve lugar, esta terça-feira, no âmbito da semana da União Europeia, o embaixador residente desta organização, Sven Kühn Von Burgsdorff, reiterou que apenas uma solução pacífica, política e negociada pode tirar o país da crise político-militar. “Pensamos que a via militar e a violência não vão resolver este conflito e são nocivos à paz”, comentou o diplomata.
Sem aliar, directamente, os assassinatos em curso, a perseguições políticas, Sven Kühn Von Burgsdorff remeteu a solução do conflito militar em curso ao diálogo, para o qual defendeu a necessidade de mais confiança entre os partidos políticos.
De acordo com o embaixador, a via militar, tal como os últimos assassinatos, que se têm verificado ultimamente, distanciam ainda mais as partes em confronto e são reflexo da falta de confiança. “Acreditamos que criar mais confiança entre os actores políticos e sociais é indispensável, é a coisa mais importante, neste momento. Por isso, pensamos que a cessação das hostilidades entre ambas partes é uma condição preliminar”, disse o diplomata, acrescentando que para uma solução duradoura é fundamental envolver toda a sociedade.
Fonte: O País – 02.11.2016
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