Um século e 76 anos de prisão para funcionários públicos envolvidos no desfalque de 2.8 milhões Mtn
Dezasseis funcionários públicos acusados do desfalque de 2.8 milhões de meticais condenados a um século e setenta e seis anos de prisão pelo Tribunal Judicial da Província do Maputo.
Como que a responder ao pedido do Ministério Público, o Tribunal Judicial da Província do Maputo condenou na manhã desta terça-feira última 16 funcionários públicos a cento e setenta e seis anos de prisão por, segundo o tribunal, ter ficado provado durante as audiências que estes orquestraram e participaram no esquema que resultou no rombo financeiro de 2.8 milhões de meticais dos cofres do Estado, na Província do Maputo, entre 2004 e 2006.
As penas que variam de três a vinte e um anos de prisão. E para o considerado cérebro da falcatrua, Mário Tique, então chefe da repartição de despesas, na Direcção Provincial das Finanças, a juíza fixou vinte e um anos de prisão, sendo que os outros técnicos das finanças que em sede de julgamento tentaram provar a sua inocência, não escaparam a condenação exemplar, tal como pedira o Ministério Público.
Para Ermelinda Barros, o tribunal fixou doze anos e sete meses de prisão, enquanto a sua colega Lízia Malhope vai ficar menos tempo, ou seja nove anos e seis meses de prisão.
As penas que se seguiram também transmitem uma lição aos que meteram ou pensam em meter a mão no cofre do Estado.
Eis a lista dos condenados:
Mário Tique - 21 anos de prisão
Clara Nhabanga - 16 anos de prisão
Celeste Boca - 16 anos de prisão
Alberto Nhama Mabore - 12 anos de prisão
Isac Mugabe - 12 anos de prisão
Américo Menete - 12 anos e 6 meses de prisão
Bernardo Juana - 9 anos de prisão
Mário Baptista - 9 anos de prisão
Moisés - 8 anos de prisão
Cristiano Rafael - 8 anos e 9 meses de prisão
Lizete Ouana - 8 anos e 3 meses de prisão
Noé Mate à data dos factos era director da Direcção da Mulher e Acção Social. Foi assessor de imprensa da ex-Ministra da Mulher e Acção Social, Virgilia Matabele. Em sede de julgamento apresentou vários argumentos para ver se livre da cadeia, argumentos que, no entanto não convenceram o tribunal que decidiu por uns oito anos e quatro meses de cadeia.
O Ministério Público quer ainda que os réus restituam os 2.8 milhões de meticais retirados ilicitamente dos cofres do Estado e que Mário Tique pague o valor dos falecidos réus Jorge Massingue e Fernando Tinga, uma vez que nas declarações feitas à Procuradoria e na Polícia de Investigação Criminal, os finados confessaram ter dividido o valor com Mário Tique.
Refira-se que dos trinta e cinco réus dezanove foram absolvidos.
Fonte: TIM - 01/12/2010
1 comentário:
Reflectindo,
Os Juízes são mesmo "trafulhas".
Vejamos 176 anos por 16 réus.Cada um em média 11 anos cada um.
O valor desviado foi de 2.800.000mts, equiv. a Euros 58 000, cada um 3 600,00 euros.
Quanto é que irá o Manhenge ser punido, se o valor até hoje ainda não conseguiram "somar", tiveram de importar novas calculadoras da China.
Deveria ser 1000 anos de prisão ao ALmerindo Manhenge!
Assim a nossa terra, NÃO!
com este caminhar, se por 3600 euros, dá 11 anos, que dizer dos corruptos do Governo, que "oferecem" presentes roubados
ao próprio Partidão.
Até e ainda por isso, são nomeados a seguir de ministros!
Uns são "premiados" com 11 anos de prisa, outros nomeados!
Onde irá a Justiça parar!
Fungulamasso
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