O líder da UNITA, Isaias Samakuva, disse hoje em Luanda que o maior contributo que o Presidente angolano devia prestar à Costa do Marfim era convidar o candidato derrotado, Laurent Gbagbo a vir a Luanda onde devia a aguardar pela tomada de posse do presidente eleito naquele país.
Falando por ocasião da cerimónia de cumprimentos de fim de ano, que ocorreu numa das unidades hoteleiras de Luanda, Samakuva insurgiu-se contra qualquer ingerência da Angola nos assuntos internos da Costa do Marfim.
Contudo, ele admitiu existirem semelhanças entre o processo eleitoral ocorrido recentemente na Costa do Marfim e as eleições de Angola de 1992 e de 2008. «Trata do adiamento sucessivo das eleições, da insistência em não publicar os resultados eleitorais, a manipulação da comunicação social, as campanhas de intimidação e de intolerância para com os adversários e a interferência do Chefe de Estado nas competências da Comissão Nacional eleitoral», revelou Samakuva.
Segundo o líder do maior partido da oposição, a única diferença é que Angola «manipulou o processo pré-eleitoral para vencer por antecipação e preparou a comunidade internacional para a sua manipulação».
A Costa do Marfim acrescentou, «manipulou os resultados pós eleitorais e não incluiu a comunidade internacional na sua manipulação».
O presidente da UNITA falou sobre a situação social de Angola, afirmando que “uma das maiores ameaças para o desenvolvimento do país, é a corrupção que enfraquece os sistemas fundamentais, distorce mercados, coíbe o crescimento do sector privado e convida as pessoas a aplicar as suas qualificações e energias em actividades não produtivas.»
Fonte: Voz da América - 28.12.2010
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