Lomé, Togo (PANA) – O ex-Presidente de Moçambique, Joachim Chisano, apelou segunda—feira em Lomé para um diálogo político na Côte d’Ivoire em bases sãs a fim de se resolver a crise provocada pelos resultados da segunda volta do escrutínio presidencial ocorrida a 28 de Novembro último.
«É preciso que o diálogo prevaleça para resolver o problema a fim de que não haja violência», declarou Chissano à imprensa na capital togolesa onde participou num colóquio internacional de dois dias sobre a paz e desenvolvimento em África iniciado no mesmo dia.
Ele congratulou-se naquela ocasião com o compromisso da comunidade internacional para resolver esta crise.
«Soluções de sáida de crise são possíveis se houver em ambas as partes a vontade política de ir ao diálogo», considerou Chissano, Presidente de Moçambique de 1986 a 2005.
«As discussões devem ser levadas a cabo em bases sãs e num ambiente são, pois a população já sofreu demais e quer agora a paz», acrescentou.
Fonte: Panapress - 06.12.2010
Reflectindo: a) No título original está o Presidente, mas eu acrescentei prefixo Ex para não deixar dúvidas. b) Na minha opinião, Chissano não foi bem claro para uma situação de muito embaraço para a nossa África como esta. Chissano tem que se lembrar do que acontece em Madagáscar onde é mediador.
5 comentários:
Reflectindo,
Meu irmão, a maneira como estás a cobrir este acontecimento deves ter amealhado bons inimigos. Acredite. Não desista de nos informar, a nós outros, intoxicados pela fumaça da Frelimo e da crise por essas bandas.
Onde anda o meu amigo Mutisse e o meu chará Viriato para analisar esta questão?
Zicomo
V. Dias
Sei que ha muitos que não gostem da cobertura que faço a este acto vergonhoso para o nosso continente.
Mutisse, Viriato Tembe entre outros estão a dar falta com os seus comentários.
Será este o treceiro país Africano com um governo de Unidade?
A Uniao Africana nada faz pela sua competencia.
Marvin
Marvin,
A própria Costa do Marfim vem do Governo da Unidade Nacional. O que de facto Gbagbo quer, é continuar a dírigí-lo e com consentimento da Comunidade Internacional.
Amigos Reflectindo e Viriato, eis-me aqui. Fiquei no solêncio porque estou a tentar digerir o que está a acontecer. Condenar é fácil. Compreender e ajudar mais difícil.
A situação na Costa de Marfim é mais complexa do que parece. Vou colocar um exemplo. Nós estamos a receber muitos refugiiados Somalis. Todas as semanas é descoberto um camião ou um barco com 100 ou 300 Somalis. E os que não são descobertos?
Imaginem agora que, daqui a 35 anos, o filho desse Somali ganha as eleições em Moçambique (suponhamos que a mulher veio grávida e deu à luz no dia da chegada). Imaginem que grande parte dos votos do Candidato a PR de origem Somali foram de outros Somalis que acompanharam a vaga migratória dos pais. Qual seria a vossa reacção? Iriam celebrar entusiasticamente a vitória do filho do Somali e a sua proclamação como PR?
Vejam, amigos, que não é só o Presidente derrotado que não quer entregar o Poder. Acredito até que, mesmo que quisesse, não poderia abdicar. Forças poderosas como o exército não querem o filho de Burkinabes como PR. Qual é a solução neste caso?
Como não tenho respostas, preferi me abster de comentar.
Que equilíbrio de deve procurar entre o poder do voto e a noção que nós temos da moçambicanidade (e no caso deles, da Marfinidade)?
Viriato Tembe
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