“Temos ainda muito ódio e o país não pode desenvolver com o ódio”
O novo presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, pretende organizar uma conferência de “verdade-reconciliação”, para que os guineenses possam dizer as suas “verdades” sobre os crimes cometidos ao longo da história da Guiné independente, ou seja, depois de mais de meio século, segundo noticiou a AFP. Numa declaração tornada pública sábado e transmitida pelos media locais, Condé diz ter insistido durante a sua campanha “sobre a noção do perdão, porque sabemos que o nosso país viveu várias etapas” desde o ano da sua independência em 1958. “Temos ainda muito ódio e o país não pode desenvolver com o ódio”, disse no termo de um encontro com dirigentes do Conselho nacional de transição (CNT), acrescentando esperar que, com ajuda dos religiosos, seja possível organizar uma conferência de “verdade-reconciliação”, para que os guineenses possam dizer as suas “verdades”.
O Tribunal Supremo confirmou, sexta-feira passada, a vitória de Alpha Condé, de 72 anos, que derrotou o seu opositor histórico Cellou Dalein Diallo, antigo primeiro-ministro. Condé nunca tinha ocupado nenhum cargo nos governos que o país conheceu, tendo sido vítima no governo de Ahmed Sékou Touré (1958-1984) e dos militares que se seguiram. (Redacção)
Fonte: O País online - 07.12.2010
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