terça-feira, junho 15, 2010

Chama da unidade” é dispêndio de dinheiro

Critica Daviz Simango, em Nampula

Não cabe a um chefe de Estado ou partido definir uma geração numa determinada nação.
Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique, que se encontra desde a manhã de ontem em Nampula, mostrou-se indignado com a forma como o governo está a preparar as festividades do trigésimo quinto aniversário da Independência Nacional, que se assinala no próximo dia 25 de Junho. Para Simango, o governo está a gastar muito dinheiro para a circulação, em todo o país, da “chama da unidade”, valor que, no seu entender, devia ser aplicado em projectos de desenvolvimento social, económico e cultural que, de facto, promovem a unidade nacional e reduzem as assimetrias.
“A chama está a gastar muito dinheiro. Quantas ambulâncias, quantas escolas, quantos hospitais, quantas vidas seriam salvas com os custos que estamos a gastar com a chama? A chama em si não une o povo moçambicano, o que une o povo moçambicano é atitude dos moçambicanos. E essa atitude deve ser compartilhada por quem está no poder. Este que está no poder deve dar um sinal claro de abertura; tem que dar um sinal claro de despartidarização; tem que dar a mesma oportunidade aos antigos combatentes e aos jovens que lutaram pela democracia”, disse Simango, para depois acrescentar que a circulação da “chama da unidade” não passa de um exercício de cinismo, porque os principais mentores e protagonistas destas ideias “são, por outro lado, os principais promotores da exclusão, do divisionismo e do grupismo que atentam contra a unidade nacional”.
Num outro desenvolvimento, Simango disse, à semelhança do reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto, não perceber o que o Presidente da República, Armando Guebuza, pretende dizer com o termo “geração da viragem”. No seu entender, não cabe a um chefe de Estado ou partido definir uma geração numa determinada nação, mas sim o povo é que faz a sua história, e essa história encarrega-se de firmar as suas gerações.
Simango vai permanecer na província de Nampula até domingo, e prevê escalar todos os distritos daquela província. Fontes partidárias sublinham que este périplo de Daviz Simango por Nampula é uma oportunidade que ele encontrou, no âmbito da sua participação na reunião nacional dos municípios, que decorre entre hoje e amanhã na capital do norte.

Fonte: O País online - 15.06.2010

3 comentários:

Anónimo disse...

Os Budgets para o FY11, iniciado em 01Jun10 e terminus em 31May11, apontam para uma redução de 7.5 a 10.5% nas despesas de investimento e correntes , respectivamente, concorrendo as 100 maiores empresas do mundo, a uma "poupança" de cerca de 468 BNUSD, valor equivalente a cerca de 850 anos de auxílio ao OGE moçambicano, traduzido em apoio directo do G-19, no corrente ano.
O apontamento do Engº Daviz Simango, pode significar uma chamada de atenção e a realidade ao despesismo descontrolado do elenco governativo do PR AEGuebuza.
Actualmente, contenção nas despesas é a "PALAVRA DE ORDEM" em todo o PLANETA.
Excepto em....ADIVINHA?
Custa a crer, mesmo adivinhando.
´

Zacarias abdula

V. Dias disse...

Visto. Passa.

Zicomo

megamartig disse...

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