O empresário moçambicano acusado pelos Estados Unidos de ser um “barão da droga” tem 'ficha limpa no contexto jurídico moçambicano”, afirmou hoje em Maputo o ministro moçambicano do Interior, José Pacheco.
Momed Bachir Suleman é referenciado como um dos “Barões da Droga” na África Austral num relatório divulgado na terça-feira e enviado pela Casa Branca a várias instituições do Estado norte-americano, incluindo senado, congresso e serviços de segurança norte-americanos, no âmbito da lista anual do governo norte-americano, elaborada ao abrigo da Lei dos Barões da Droga.
Na sua primeira reação após a divulgação do relatório norte-americano, o Governo moçambicano, através do ministro do Interior, disse ter sido “colhido de surpresa pelas notícias”, pois tomou conhecimento das imputações a Momed Bachir Suleman através dos meios de comunicação social.
“Não fomos notificados das acusações que pendem sobre ele.
Não temos provas. Ele tem a sua ficha limpa no contexto jurídico moçambicano”, frisou José Pacheco, admitindo que “o Governo moçambicano está naturalmente preocupado, porque se trata de um cidadão moçambicano.
Segundo o ministro moçambicano do Interior, as acusações a Momed Bachir Suleman serão averiguadas pelos órgãos competentes do país, para o apuramento da sua veracidade.
“Preocupação” foi também a palavra usada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano, Henrique Banze, também em declarações aos jornalistas à margem da assinatura de um acordo com a União Europeia.
“Trata-se da credibilidade de Moçambique e do seu desempenho no plano internacional”, afirmou Henrique Banze, que garantiu que as acusações serão investigadas no país, tendo em conta que Moçambique tem leis que punem os crimes imputados ao empresário.
“Moçambique ratificou tratados sobre o tráfico de drogas e branqueamento de capitais”, enfatizou o vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros.
No relatório, elaborado com base em informações do Departamento do Tesouro norte-americano, é ordenado o congelamento de bens de Momed Bachir Suleman e do seu grupo empresarial, Grupo MBS, que eventualmente existam nos Estados Unidos.
Fonte: Rádio Mocambique - 04.06.2010
Sem comentários:
Enviar um comentário