Por Marcelo Mosse
A Leticia Klemens esta sendo combatida mas ela encaixa perfeitamente no antípodas do discurso inaugural. Se embrenha como uma mão na luva da nossa mediocridade geral. Alguém ainda não reparou neste cliché que marca a narrativa política da nova geração no poder? Dum lado, um discurso, umas ladainhas, escrito a preceito e, doutro, uma pratica assaz contraditória desse discurso? O ultimo grande nomeado de Nyusi foi o Governador Zandamela. Logo de seguida, ali mesmo no Palácio presidencial, ele já nos dava umas pitadas do que ele pensava eram as prioridades do banco central quando o pais se contorce em leito quase terminal.
A Leticia Klemens esta sendo combatida mas ela encaixa perfeitamente no antípodas do discurso inaugural. Se embrenha como uma mão na luva da nossa mediocridade geral. Alguém ainda não reparou neste cliché que marca a narrativa política da nova geração no poder? Dum lado, um discurso, umas ladainhas, escrito a preceito e, doutro, uma pratica assaz contraditória desse discurso? O ultimo grande nomeado de Nyusi foi o Governador Zandamela. Logo de seguida, ali mesmo no Palácio presidencial, ele já nos dava umas pitadas do que ele pensava eram as prioridades do banco central quando o pais se contorce em leito quase terminal.
Hoje, Letícia mostrou porque foi ela a bafejada. No discurso da sua posse, Nyusi disse que era preciso conduzir o sector com “ciência”. E o que a ministra fez? Disse aos jornalistas que estava com a agenda cheia e que não podia falar. Um cheque-mate em seu próprio pretensiosismo. Já houve tempos em que recusar um convite por manifesto desconhecimento do sector era um golpe de honra. Hoje estamos cagados para isso e, sem pudores, lá vamos fingindo que somos umas estrelas predestinadas…
Nomeação de braguilha? Não, ora essa! O presidente lá sabe o que faz. Sempre no sentido contrario ao discurso. Vejam sua obsessão com o conteúdo local e com a partilha dos benefícios do gás. E uma obsessão salutar. Mas a pratica foge disso. O gás do Rovuma, naquela quota reservada a projecto ca dentro do pais, acaba de ser lançado para concurso mas os TORs foram desenhados para investidor estrangeiro. Os moçambicanos que queiram que se atrelem ao estrangeiro e, se assim for, esse projeto ganha 5 pontos de preferência. Mas a Letícia sabe disso? Claro que não. Ela encarna a marioneta perfeita. Ler maismais (18.10.2016)
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